Realizou-se a 48a Festa do Ávante, a maior iniciativa política e sócio cultural do País, ultrapassando já as nossas fronteiras há muitos anos e que dedicou esta edição à comemoração dos 50 anos da Revolução de Abril.
Desde que o concerto de abertura da Festa do Avante é dedicado à música sinfónica são bem visíveis dois traços dominantes: a coerência dos programas e o assinalar de um facto, histórico ou musical, a ser sublinhado no calendário desse respectivo ano.
Desta vez, o concerto no Palco 25 de Abril realizado pela orquetra Sinfonieta de Lisboa conduzida pelo Maestro Vasco Pearce de Azeveo e tendo como convidada a Maestra Constança Simas, invocou o centenário dos nascimentos do compositor Joly Braga Santos e do compositor e guitarrista Carlos Paredes, este militante do PCP.
Como sempre erguida pelos militantes do PCP, da JCP e muitos outros democratas e amigos, após meses de trabalho e dedicação, a Festa do Ávante, continua a ser, volvidos 48 anos, a festa dos trabalhadores, do povo, da juventude, e volvidos 48 anos, sempre nos surge na trajectória da qualidade, que todos os anos vai assumindo, assim continuando a ser «a maior, a mais extraordinária, a mais entusiástica, a mais fraterna e humana, jamais realizada no nosso País», como, na sua primeira edição em 1976, a caracterizou Álvaro Cunhal.
Não há em Portugal outro evento que combine música clássica e hip-hop, fado e jazz, rock e música electrónica, blues e sonoridades populares portuguesas e que, ao mesmo tempo, tenha teatro e cinema, desporto, gastronomia e artesanato de cada uma das regiões do País, livros e discos, artes plásticas e ciência, escorregas, contos e jogos de água para as crianças, solidariedade internacionalista, debates e evocações este ano de Luís de Camões, Carlos Paredes e Amílcar Cabral, ou seja, em festa mas também em luta, por uma outra política que sirva os reais interesses do povo e do País e como tal é uma importante demonstração do que é o Partido e quem quiser conhecê-lo, na forma como funciona e se organiza, as suas propostas e o que defende, o seu projecto e ideal, tem na Festa do Ávante uma
magnífica oportunidade para o fazer.
Este ano, mais uma vez, esteve patente o seu funcionamento e ambiente, na militância, na solidariedade e fraternidade, no convívio tranquilo e solidário que se vive nela, e ainda na sua afirmação como grande festa nacional em que se valoriza o nosso País, a sua produção, a sua cultura, os seus trabalhadores, incluindo todos aqueles que o escolheram para aqui viver e trabalhar.
No comício de encerramento da 48a edição da Festa do Ávante, mulheres, jovens, trabalhadores, reformados, comunistas e amigos encheram o Palco 25 de Abril de amizade, camaradagem e determinação na luta pela transformação do mundo para melhor e mais solidário e como afirmou o Secretário Geral, Paulo Raimundo, levamos o brilho, a confiança e a determinação para a construção do futuro a que temos direito, assumindo o compromisso de que sempre com os trabalhadores e o povo, em luta e em festa, o PCP continuará a afirmar os valores de Abril e da Constituição, intervindo com confiança pela projecção desses valores no futuro de Portugal.