BUGATTI CAFFÉ CONQUISTOU O IV CONCURSO DA FRANCESINHA

O presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, António Fonseca, aceitou o convite realizado pelo Jornal AUDIÊNCIA e escolheu a melhor iguaria portuense do IV Concurso da Francesinha. Após as degustações, o Bugatti Caffé foi nomeado, pela primeira vez, vencedor.

 António Fonseca é presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto e ex-autarca da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto. Apreciador de francesinhas, admitindo que as degusta desde os seus 17 anos e que bem conhece a sua evolução, aceitou o desafio lançado pelo Jornal AUDIÊNCIA para escolher a melhor iguaria do IV Concurso, tendo em consideração uma avaliação minuciosa da apresentação, propriedade dos ingredientes, confeção, pão, molho e das batatas fritas.

O roteiro de degustação das francesinhas finalistas começou em São Félix da Marinha, em Vila Nova de Gaia, no Tércio’s Fornaria, onde o líder do júri da grande final foi recebido por Hélder Tércio Conceição, que lhe apresentou uma francesinha de qualidade, confecionada no forno a lenha. “Eu gostei muito do Tércio’s. É um espaço agradável, acolhedor, muito bem higienizado, um estabelecimento familiar, que também tem outro tipo de oferta de restauração e, de facto, a francesinha não foi má, embora tenham existido alguns aspetos que não tenham correspondido àquilo que pretendíamos, na avaliação da melhor francesinha. Eu também apreciei bastante o molho e gostei, mas o pão estava um pouco duro e a carne não estava tão tenrinha”, ressaltou António Fonseca.

De seguida, passou pel’O Marques, junto à Praia Fluvial de Crestuma, também em Vila Nova de Gaia, onde foi recebido pelo proprietário Carlos Ribeiro, para provar uma francesinha tradicional, com um molho diferente do convencional.  “Relativamente a este espaço, posso dizer que é muito agradável, pois tem uma praia e particularidades que não se encontram nos centros das cidades. No que concerne à francesinha, de uma certa forma, pecou, aqui, em alguns aspetos, surpreendendo-me pela negativa, porque o ovo estrelado estava escondido por baixo do queijo e eu nunca pensei que ele lá estivesse, o que é mau, porque eu acho que esta comunicação ao cliente é crucial, porque há pessoas que não podem comer ovos, pelo que eu acho que é importante perguntar ao cliente se, de facto, pretende a francesinha com o ovo, que é a especialidade da casa. Isto faz com que, independentemente de outros aspetos da francesinha, não seja uma francesinha que eu, neste momento, seja fã dela”, asseverou o presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto.

O itinerário terminou no Bugatti Caffé, dos irmãos Eduardo e Albino Calheiros, que se situa no Porto e ofereceu ao júri da grande final uma francesinha feita como manda a tradição. No final da prova, António Fonseca evidenciou que “a única francesinha que se destacou, quer pela qualidade da carne, que parecia fiambre, quer pela qualidade do molho e de todos os outros ingredientes que a compõem, foi a do Bugatti”.

O resultado foi anunciado pelo presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, que designou, pela primeira vez, o Bugatti Caffé o derradeiro vencedor. O prémio atribuído contempla uma viagem à Ilha de São Miguel, tendo em vista a participação na XIX Gaia AUDIÊNCIA, na qual este estabelecimento será agraciado com o devido galardão.

Assegurando que o que distingue a francesinha dos irmãos Calheiros de tantas outras é “o molho, a qualidade dos ingredientes, além do atendimento cuidado e de muita proximidade”, o ex-presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto aconselhou “peçam sempre uma francesinha à Bugatti, pois é servida com carne do lombo, o que é importante. O que prevaleceu, aqui, foram as componentes e os elementos”.

Na ocasião, António Afonso fez, ainda, questão de salientar o facto de nunca ter entrado em nenhum dos estabelecimentos finalistas, antes do concurso, atestando que “isso faz com que eu esteja muito à vontade”. “É gratificante verificar que estabelecimentos fora dos centros das cidades têm algo que faz com que as pessoas andem quilómetros e não estejam preocupadas com a questão do estacionamento, para comerem bem, seja o que for, neste caso concreto francesinha”, sublinhou.

O Bugatti Caffé juntou-se, assim, ao Francesinha Café, liderado pelo chef Fernando Jorge Cardoso, que, depois de ter conquistado três edições consecutivas, triunfou na categoria Inovadora/Criativa do IV Concurso da Francesinha, promovido por este órgão de comunicação. No que concerne aos restantes participantes desta classificação, O Tosco, em Vila Nova de Gaia, e a Cervejaria Alypios, em Bragança, foram agraciados com uma menção honrosa, dada a qualidade dos produtos apresentados.