BUGATTI CAFFÉ: ONDE O EX-LÍBRIS DO PORTO É CONFECIONADO POR MÃOS MINHOTAS

O Bugatti Caffé foi visitado pelo júri do 3º Concurso da Francesinha, promovido pelo Jornal AUDIÊNCIA, no passado dia 25 de março, e apresentou uma iguaria portuense recheada com ingredientes de qualidade.

O Bugatti Caffé foi fundado em 1981, na Rua da Constituição, no Porto, e é um local de visita obrigatória para os amantes de francesinha. Eduardo Calheiros e Albino Calheiros são irmãos, minhotos e sócios-gerentes deste estabelecimento, que preserva a iguaria tradicional portuense.

Eduardo Calheiros contou ao AUDIÊNCIA que tudo começou há 22 anos e que “na altura, o Bugatti surgiu como uma oportunidade de negócio. Nós sempre quisemos preservar a ideia do Bugatti e mostrar às pessoas que ele continua a ser o café de elite que era em 1981. Nós somos naturais do Minho e apostamos na francesinha porque é a especialidade do Porto”.

A francesinha é a grande protagonista deste estabelecimento. “A nossa francesinha tem muitas particularidades, é feita na hora, na chapa e é composta por queijo, mortadela, bife, linguiça e salsicha. Nós procuramos ter sempre ingredientes de qualidade e compramos, por exemplo, a nossa salsicha e a nossa linguiça no Talho do Bolhão, que é o tradicional e nós utilizámos as carnes tradicionais de uma francesinha do Porto”, explicou Albino Calheiros, acrescentando que “em qualquer francesinha o segredo é o molho, no qual nós temos apostado, porque nós queremos enriquecer, cada vez mais, a nossa francesinha. Como tal, o nosso molho baseia-se numa receita antiga que, ao longo do tempo, foi sofrendo umas alterações de melhoramento, mas o segredo é do Bugatti e eu acredito que é único”.

Além da iguaria portuense, o Bugatti Caffé também tem outras especialidades como bife à Bugatti, o cachorro especial, a tosta mista especial, o pica-pau com as carnes e o molho da francesinha, o prego em prato, o prego em pão, o bife de peru com batatas fritas e as baguetes de vários condimentos. Neste seguimento, Eduardo Calheiros sublinhou que “nós também fazemos uma bela sangria branca e de frutos vermelhos, que combinam com todos os pratos que confecionamos, aliás, as pessoas comem muitas vezes a nossa francesinha acompanhada da nossa sangria, porque fica perfeito”.

Com uma decoração intimista e inalterada desde 1981, este estabelecimento prima pela conservação das madeiras, das mesas, dos candeeiros e do balcão. “A nossa decoração é única e fala por si”, mencionou Eduardo Calheiros, enaltecendo que “o que nos distingue é a nossa postura e o nosso atendimento. Nós gostamos de tratar o cliente como se fosse nosso convidado”.

O Bugatti Caffé participou no 1º e no 2º Concurso da Francesinha promovido pelo AUDIÊNCIA e agora está concorrer ao primeiro prémio da terceira edição. “O nosso objetivo é vencer. Nós não conseguimos ficar em primeiro lugar nas edições anteriores, mas isso fez com que tivéssemos mais força para melhorarmos a nossa francesinha. Ao longo dos anos fomos aperfeiçoando cada vez mais a nossa francesinha, sem fugirmos à tradição, porque nós queremos ser os melhores e vamos continuar a trabalhar nesse sentido. Se nesta edição não alcançarmos o primeiro lugar, isso vai obrigar-nos a continuarmos lutar até o conseguirmos”, garantiu Eduardo Calheiros.
Alberto Paiva, António Domingues e Tânia Durães foram os elementos constituintes do júri do concurso e avaliaram minuciosamente a apresentação da francesinha, a qualidade dos ingredientes, a confeção, o pão, o molho e as batatas fritas.

O presidente do júri, Alberto Paiva, disse ao AUDIÊNCIA que “a francesinha é bastante boa, o ambiente é agradável, o Bugatti marca presença na decoração, que é bastante peculiar e o atendimento foi de bastante proximidade. No entanto, a pontuação só será revelada no final do concurso”.

O AUDIÊNCIA aproveitou ainda a ocasião para saber qual é a opinião dos clientes do Bugatti Caffé sobre o espaço e a iguaria portuense. Neste seguimento, António Vasconcelos referiu que “eu já vim cá várias vezes, porque a francesinha é muito boa e o espaço é muito agradável”.

Por sua vez, Adriana Vasconcelos disse que “é a primeira vez que eu venho ao Bugatti Caffé e achei que a francesinha é muito boa, tem molho picante como eu gosto. O espaço também é aprazível e tem um nome muito original”.