DIA DO TRABALHADOR

O Dia do Trabalhador, Dia Internacional do Trabalhador ou Primeiro de Maio é uma data comemorativa internacional, dedicada aos trabalhadores, celebrada anualmente no dia 1 de Maio em quase todos os países do mundo, sendo feriado em muitos deles.

Esta homenagem remonta ao dia 1 de Maio de 1886, quando uma greve foi iniciada na cidade norte-americana de Chicago com o objetivo de conquistar melhores condições de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária para 8 horas, quando o horário laboral normal naquela altura chegava a 17 horas.

Durante a manifestação houve confrontos com a polícia, resultando em prisões e mortes de trabalhadores, sendo que este acontecimento serviu de inspiração para muitas outras manifestações que culminaram na obtenção de uma série de direitos, previstos em leis e sancionados por Constituições, por todo o mundo.

Em Portugal e na cidade do Porto, há quarenta e três anos, o 1.º de Maio foi de luto e de solidariedade para com dois trabalhadores assassinados e dezenas feridos em resultado de uma carga policial ocorrida na noite e madrugada e quando os trabalhadores manifestavam a sua indignação contra a proibição, por parte do governador civil, de a União dos Sindicatos
do Porto CGTP festejar o Dia Internacional dos Trabalhadores na Praça Humberto Delgado, como era habitual.
No nosso País e mais uma vez, ouviram-se as vozes do 1 de Maio nas ruas em defesa dos salários e pensões, das carreiras, das condições de trabalho e dos serviços públicos, alertando o governo para a precariedade, a exploração e o empobrecimento.

Este ano, a CGTP, através das suas estruturas regionais, assinalou o 1º de Maio, com manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas em 43 localidades do continente e das regiões autónomas.
Sob o lema «Contra a exploração e empobrecimento–Mudança de Política» muitos milhares de trabalhadores, de reformados e de jovens sairam às ruas lutando por alternativas e reivindicando a dinamização da economia, emprego com direitos e combate à precariedade, incentivo à procura interna e dinamização da contratação colectiva e o reforço da protecção social, afirmando a propósito que se olharmos para as privatizações dos CTT, da ANA, da REN e da EDP, assiste-se a uma acentuada redução do investimento na economia nacional, despedimento de trabalhadores e retorno de dividendos para os privados, os quais já arrecadaram quase metade do que pagaram pelas respectivas empresas.

Neste 1º de Maio, as comemorações constituiram uma forte jornada de unidade e luta por uma sociedade mais justa e solidária, sem exploradores nem explorados.

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