DISCURSO DOS PREMIADOS – PARTE 2

Cristina Oliveira, Troféu Tradição & Inovação 2020

“Em primeiro lugar eu quero agradecer este Troféu ao Jornal AUDIÊNCIA. É um Troféu muito importante, principalmente para o nosso setor, falo de todos os cabeleireiros, porque por vezes não somos um setor muito reconhecido e fiquei bastante surpreendida quando este reconhecimento quer ao setor, quer ao meu trabalho, foi oferecido pelo Jornal AUDIÊNCIA. Como disseram, eu sou cabeleireira há 32 anos, era óbvio que o meu percurso e o meu sucesso se devesse à equipa que foi passando por mim e muitos deles ainda continuam ao meu lado, ao meu suporte familiar, que também é muito importante, e amigos. Tento sempre dar o meu melhor para inovar e para tentar evoluir na minha área profissional e também poder levar a nossa profissão de cabeleireiro ao mais alto nível. Quero agradecer mais uma vez por estar aqui. Quando me atribuíram este Troféu eu não pensei duas vezes, porque eu acho que o Jornal AUDIÊNCIA é uma referência para mim e tem acompanhado o meu percurso e eu não podia deixar de estar aqui e agradeço. É de louvar a coragem que eles tiveram em organizar este evento, por muito limitado que seja, para nos acolher, cá, na Ribeira Grande. Obrigada”.

 

Paula Sá, Troféu Cultura e Espetáculo 2020

“Muito obrigada, boa tarde. Eu não me sinto merecedora deste galardão. Contudo, agradeço ao Jornal AUDIÊNCIA, agradeço ao Ferreira Leite, agradeço, também, pela ousadia com que nestes tempos tão dolorosos, persistiu, teimou e foi louco o suficiente para nos trazer aqui todos, por isso quero agradecer ao Joaquim Ferreira Leite e a todos os seus colaboradores, também ao senhor presidente Alexandre Gaudêncio, que me recebeu. Espero vir cá mais vezes, estou encantada com esta ilha. No entanto, não posso perder a oportunidade de estar aqui junto de tão ilustres personalidades para demonstrar um bocadinho a minha inquietação em relação a estes tempos tão complicados, principalmente no setor da cultura, que foi muito afetado e achei pertinente ler, interpretar, um texto escrito por uma jovem escritora de 24 anos, com paralisia cerebral, que colabora também comigo nas nossas composições tanto de música, como de escrita, o qual passo a citar este manifesto aos artistas. Peço uns minutos da vossa atenção:

« [MANIFESTO PELOS ARTISTAS] Aconteceu, justamente aquilo que ninguém estava preparado para viver. Estado de Emergência decretado. Estamos confinados. Sujeitos a nós mesmos. Reféns da nossa própria existência, à força de uma quarentena assente na esperança de podermos voltar a humanizar-nos. Não sabemos quando. Até quando. A ansiedade escala. O medo pelo mundo escala. O medo dos nossos próprios recantos também, agora que o tempo é soberano em fazer com que os descubramos. Cada vez mais, revisitamo-nos. Cada vez mais, precisamos de tudo como antes. Ou antes, finalmente entendemos que talvez o mais importante não fosse aquilo que valorizávamos de sobremaneira. O tempo. Sempre nos disseram ser o bem mais precioso. Agora que o temos por excesso, percebemos que talvez não seja o tempo em si, mas antes, o que podemos, o que poderíamos, o que queremos voltar a poder fazer com ele. Estamos profundamente sedentos de humanismo. Talvez mais do que nunca, ligados pela tecnologia, mas a ansiar a pele. A consciencializarmo-nos que, quiçá primeiro que tudo, somos seres afetivos. Agora, mais do que nunca, refugiamo-nos no que nos faz esquecer de nós, fugitivos à soberania desse tal impiedoso tempo. Vemos filmes, assistimos a séries atrás de séries, lemos livros, ouvimos música, visitamos até exposições virtuais. Mais do que nunca, o nosso abrigo é aquilo que sempre tínhamos tomado por garantido: a arte. Mais do que nunca, o nosso pequeno pedaço de conforto é aquilo que outrora tantos julgavam supérfluo, desnecessário, e tantas vezes indigno de um lugar no mundo, quando havia coisas aparentemente tão mais vitais do que isso: a arte. É o que nos salva da realidade – a arte. É o que faz passar o tempo mais depressa – a arte. É o que nos oferece algo mais do que esta mera existência a que se torna tão difícil resistir – a arte. Pois é. O que era antes o parente pobre do mundo, é agora o que se torna prancha de salvação – a arte. As séries, os filmes, a música, as novelas, os documentários, … Os esforços titânicos que foram feitos por eles – os artistas. Os atores, os escritores, os músicos, os humoristas, os cantores, os bailarinos, os realizadores, os técnicos, os criativos, os figurinistas, os costureiros, os sonoplastas, todos esses. Todos esses, os que antes eram os boémios, todos esses que eram desnecessários, que queriam era “mama”, que deviam era encontrar “empregos a sério”, que não valiam os nossos impostos, que eram uns caprichosos a pedir direitos, que não valiam a pena, que não eram mais que uns hippies, uns relaxados, uns libertinos. Todos esses, os que tinham mais era que aprender o que era a vida. Pois é. Agora são esses, todos esses, que se tornam matéria prima de ajuda a aguentar a vida de todos os outros, a quebrar a jaula do tempo de todos os outros, a ajudá-los na sua fuga ao temível tempo, ócio, tédio, inércia, frustração, desespero. Agora são todos esses – os artistas, a arte – os que compensam a passagem dos dias, sem julgamento, que habitam a casa de quem os olhou de lado e lhes dão a mão, e lhes dão o ímpeto, e lhes fazem com que o tempo sirva também para acalentar alguma esperança. Agora são todos esses – os artistas, a arte – que nos elevam, na altura indefesa em que tão pouco podemos fazer. É a arte que permanece. É a arte que nos transporta. É a arte que nos dá outros mundos, que não deixa que nos percamos no abandono desconhecido dos dias. É a arte que, agora, nos vai mantendo mais humanos. Então, não se esqueçam depois. Não se esqueçam outra vez, que nem só desses tais “empregos a sério”, de reuniões, de rotinas apressadas e de futebol ao fim-de-semana vive o Homem. Não se esqueçam novamente que quem mais retorna o Homem ao seu humanismo é a Arte. Que não sirvamos só de tábua de salvação. Que esta fase sirva a todos para entender que nós, os da Arte, também somos vitais, tanto ou mais. Que não servimos só para estes tempos de aflição. Que nos expomos, a pele, a alma, o ofício, em prol de gente mais Gente. Num esforço, tantas vezes injustamente precário, de oferecer ao mundo aquilo que o mantem a rodar, com brilho nos olhos. A ARTE! Falando de Humanismo e União, por favor aproveitem e façam também essa mudança, agora há tempo para repensar. Valorizem aqueles em que se refugiam agora, também depois. Porque nós, os da ARTE, permanecemos até aqui. “Palhaços pobres”. Demos-vos a mão agora, foram vocês que a vieram buscar, porque nós cá estivemos antes e sempre, ainda que tantas vezes sozinhos, e fazemo-lo felizes por se notar que, afinal sim, o que fazemos, a ARTE, e o que somos, ARTISTAS, conta para o mundo, conta, e muito. Então, por favor, não nos voltem a largar depois! (Texto: Inês Marto)».

Obrigada”.

 

 

Lina Ramos, Troféu Solidariedade 2020

“Boa tarde a todos e viva a Trofa! É uma honra e é com muito orgulho que estou aqui a representar todas as crianças, todos, não só as crianças da Trofa, mas de todo o mundo, aquelas crianças desamparadas e que precisam de todos nós. O nosso lema da CPCJ a nível nacional é «serei o que me quiseres dar…que seja amor», mas também quero agradecer ao Jornal AUDIÊNCIA, ao nosso amigo e profissional Ferreira Leite, muito obrigada. Estávamos a ver que não chegávamos cá, mas chegamos. Muito obrigada, senhor presidente da Câmara Municipal e a todos, inclusive temos cá pessoas que tratam da nossa CPCJ de dia e de noite, sábados e domingos e estão aqui, também já receberam o prémio, também em nome deles, muito obrigada. E em nome da Câmara Municipal da Trofa, do senhor presidente da Câmara, Sérgio Humberto, estão todos convidados. Sabemos que temos aqui pessoas de Rio Tinto, somos vizinhos, é uma honra, para nós, estarmos cá. Portanto, quando nos quiserem convidar, teremos todo o gosto em estar cá e em recebê-los também, na Trofa, muito obrigada”.

 

 

As Casas da Ribeira Grande – Troféu Gastronomia & Lazer 2020

Vanessa e João Pinheiro receberam o Troféu

João Pinheiro: “Primeiro quero agradecer ao Joaquim Ferreira Leite e ao Jornal AUDIÊNCIA pelo reconhecimento. É sempre bom recebê-lo, o que quer dizer que estamos a ir por um caminho bom e quando há reconhecimento dá-nos mais força para continuarmos a fazer o trabalho que temos feito até agora. O mérito não é só nosso. Este troféu é de toda uma equipa que desde 2014 vem desenvolvendo o trabalho, principalmente de base familiar, no caso os meus pais, mas também toda a equipa que está por trás a dar apoio. Tudo o que foi feito até agora, foi um projeto realizado com fundos pessoais, não teve nenhum apoio. Desde a pandemia até agora só fechamos uma vez. Estamos a aguentar-nos e esperemos aguentar durante muito mais tempo. Muito obrigada a todos”.

 

Roberto Melo, Troféu Sinal dos Tempos 2020

“Como é sabido é com muito trabalho que se faz, hoje em dia, o empreendedorismo. Muito obrigado ao Joaquim Ferreira Leite, ao Jornal AUDIÊNCIA, e ao senhor presidente da Câmara da Ribeira Grande. Muito obrigado”.

 

 

 

Fernando Vicente, Troféu Desporto 2020

“É com prazer e com muito orgulho que recebo este Troféu, significa que é mais um sonho que realizei, é mais um sonho que vou continuar porque tenho vários projetos na área da saúde e do desporto. Agradeço imenso e fico eternamente grato ao Jornal AUDIÊNCIA, pelo convite que o senhor Joaquim Ferreira Leite e que a senhora Maria dos Anjos Avelar me fizeram. É mais um Troféu para a minha coleção, fico eternamente grato e vou continuar a sonhar. Muito obrigado”.

 

 

 

Cooperativa de Solidariedade Social Viver Pedroso, Troféu Ideias & Projetos 2020

Filipe da Silva Lopes, presidente do Conselho de Administração

“Em primeiro lugar agradecer ao Joaquim Ferreira Leite esta distinção e cumprimentar o senhor presidente da Câmara. E é mais uma vez que estou aqui nesta ilha fenomenal, nos Açores, desta vez com estas condicionantes desta pandemia que nos assola a todos, mas mesmo assim e desta forma reforçar o agradecimento ao Ferreira Leite pela ousadia, pela coragem de fazer esta Gala nestas condições, mais minimalista, mas, mesmo assim, homenageando as personalidades e instituições que no ano de 2020 deram o seu contributo nas diferentes áreas. Esta Cooperativa surgiu de uma ideia. Eu sou presidente de Junta desde 2013 e detetei uma lacuna que existia no território, para dar resposta a um conjunto de projetos e necessidades de que a comunidade necessita e conseguimos com 29 cooperadores, desses 29, quatro são de instituições da freguesia e também mesmo IPSS para que possamos dar uma resposta maior e mais abrangente às necessidades da comunidade. Efetivamente, só recentemente é que conseguimos ter o estatuto de IPSS e também agradeço ao deputado na Assembleia da República, João Paulo Correia, pelo contributo para que esse estatuto chegasse o mais rápido possível, para que também agora consigamos estabelecer novos acordos quer com a Câmara Municipal, com a Segurança Social, para dar resposta à comunidade. É para isso que foi criada esta Cooperativa e é para isso que vamos trabalhar a partir de agora. Muito obrigado a todos”.