Prometendo “colaborar na construção de uma comunidade melhor”, José Manuel Couto é o candidato à Assembleia da União de Freguesias de Serzedo e Perosinho pela Aliança Democrática, que junta o Partido Social-Democrata (PPD/PSD), o Centro Democrático Social (CDS) e o Partido Popular Monárquico (PPM). Com a forte convicção de que, nos últimos anos, faltou, ao atual executivo, “a capacidade de passar a uma nova fase e de cumprir, em pleno, a vontade de mudança”, o candidato ressaltou, em entrevista ao AUDIÊNCIA, que “há a necessidade urgente de melhorar” e, nesse sentido, propõe-se a “apoiar a promoção, divulgação e desenvolvimento da economia local e do tecido empresarial”, salientando que “as infraestruturas e mobilidade são o tema crítico para o futuro”.
Quais são as principais motivações e porque decidiu candidatar-se ao cargo de presidente da Assembleia da União de Freguesias de Serzedo e Perosinho?
Aceitei o desafio que me foi colocado, numa ótica de missão, com espírito de disponibilidade e entrega e com uma vontade férrea de colaborar na construção de uma comunidade melhor.
Como vê a evolução e o trabalho que o atual executivo tem realizado na União de Freguesias de Serzedo e Perosinho ao longo dos últimos oito anos? O que teria feito de diferente?
Estou, particularmente, à vontade nesta matéria, pois o que vou afirmar a seguir disse-o internamente e está escrito. No início do mandato de 2013-2017, fizemos um saneamento financeiro digno de registo, tivemos uma disponibilidade que todos nos reconheceram, nomeadamente, ao nível do atendimento público dos fregueses. A partir daí, por motivo que não interessa agora detalhar, faltou a capacidade de passar a uma nova fase e de cumprir, em pleno, a vontade de mudança e as expectativas que as populações, legitimamente, colocaram na equipa, em 2013. Todos nós sabemos, sejamos honestos, que, atualmente, o exercício da função de presidente da Junta de Freguesia tem enormes limitações e dependências, relativamente ao poder municipal. O que eu penso é que há a necessidade urgente de melhorar e o que me proponho, obviamente, a implementar, tem a ver com a proximidade e capacidade reivindicativa. O respeito por quem nos elege nunca pode ser esquecido e com a capacidade institucional, que é conferida pelo voto popular, nunca podemos sentir-nos pedintes, mas pugnar, requerer e reclamar, perante o poder camarário, pelos direitos dos nossos fregueses. Mesmo tendo em vista a coesão territorial, não pode continuar a existir desenvolvimento concelhio a uma, duas ou três velocidades. Há que discriminar, positivamente, as freguesias com maior atraso, como é o caso da União de Freguesias de Serzedo e Perosinho. Em finais de 2018, e considerando um conjunto de 12 indicadores, foi considerada a pior para se viver, de todas as freguesias da Área Metropolitana do Porto.
Se for eleito, o que anseia concretizar durante o seu primeiro mandato, em prol do desenvolvimento da população e da União de Freguesias? Pode mencionar alguns projetos que anseia implementar?
Com as carências enormes que a União de Freguesias tem, não podemos gerar a expetativa de que os problemas se resolvem num abrir e fechar de olhos. A criação de riqueza é fundamental e, por isso, temos de apoiar a promoção, divulgação e desenvolvimento da economia local e do tecido empresarial. As infraestruturas e mobilidade são o tema crítico para o futuro. Com uma rede viária num estado lamentável, torna-se difícil atrair quem queira investir. Se a reestruturação dos arruamentos da zona industrial da Rainha, com ligação à A29, é uma obra prometida há dois mandatos, existem múltiplas situações a merecer atenção urgente. O sistema de transportes, que é péssimo, corre o risco de piorar a curto prazo. Temos à disposição reduções tarifárias, mas não temos transportes para aceder. Terá de ser encontrado um sistema alternativo de proximidade, para assegurar a mobilidade das pessoas, nomeadamente para assegurar a deslocação a locais prioritários da Freguesia e a ligação à cidade de Gaia. Propomos a construção de um pavilhão gimnodesportivo, com um Centro Multimédia, em Corvadelo (Serzedo), para que, conjuntamente com o desenvolvimento do Centro Hípico e das zonas industriais, possam criar um polo de desenvolvimento, numa das zonas menos desenvolvidas da Freguesia, desenvolvendo e criando oportunidades para o pequeno comércio. A futura selagem do aterro sanitário, muito próximo geograficamente, criará uma oportunidade de excelência, para a criação de um espaço de lazer. A construção de um auditório em Perosinho, que sirva para utilização de todas as coletividades e seja gerador de uma agenda cultural, será o corolário de um trabalho de interligação, com longos anos, e faz todo o sentido, na ótica de desenvolvimento da comunidade.
Que mensagem gostaria de deixar à população?
Temos consciência das dificuldades, mas urge preparar o futuro, num contexto de União de Freguesias, sendo que esperamos que a desagregação, pela qual nos bateremos convictamente, seja uma realidade a curto prazo. Queremos transmitir a todos uma mensagem de otimismo, alento e confiança, nos tempos vindouros. O nosso desafio, a missão ambiciosa a que nos propomos, é termos a capacidade de combatermos o conformismo e sermos geradores de uma nova esperança. É assim que me apresento a todos: motivado, pronto a sentir mais e servir melhor Serzedo e Perosinho.
Lista candidata pela Aliança Democrática
- José Manuel Couto
- Sérgio Santos
- Sónia Tavares
- Ana Tavares
- Gil Martins
- Jorge Esteves
- Bruna Martins
- Leonardo Couto
- José Castro Silva
- Marta Quintas
- José Pedro Maia
- Andreia Macedo
- Francisco Leite