EDU©AÇÃO

Os Açores são a região mais pobre do país e com maior assimetria na distribuição de rendimentos e essa realidade tem fortes repercussões no desempenho dos alunos. A taxa de abandono escolar precoce na Região aumenta a contraciclo com Portugal Continental, pelo que a aposta na educação é fulcral. Porém, não é possível dissociar as políticas educativas das restantes áreas, nomeadamente a social, porque só na simbiose de esforços é que se conseguem resultados.

A autarquia da Ribeira Grande, ciente desta realidade, faz uma forte aposta na Educação. A edilidade aloca, anualmente, cerca de 600 mil euros na área educativa, que não servem apenas para uma “mera manutenção nesta área”, como referido pela oposição. Esta Câmara Municipal apoia os diversos projetos extracurriculares, desde o ensino musical às expressões dramáticas, às colaborações de entidades externas para, por exemplo, a dinamização de laboratórios experimentais e o incentivo à prática do desporto e das artes circenses. Para além disso, há o apoio à rede municipal dos Centros de Atividades de Tempos Livres, que tem um papel fundamental na promoção de aprendizagens não formais, cada vez mais valorizadas na sociedade. A par do exposto, já foi anunciado no Conselho Local de Educação (CLE) a preparação de um Plano Municipal de Combate ao Abandono e Absentismo Escolar, uma estratégia municipal que permitirá, por um lado, perceber o que se está a passar localmente, em cada freguesia, e, por outro, traçar linhas de atuação para combater esse flagelo.

Ainda na área da Educação, o Presidente da Câmara já anunciou que, para 2022, está prevista uma verba de 125 mil euros para atribuição de bolsas de estudo aos alunos que pretendam prosseguir estudos no ensino superior.

Com todas estas evidências, como podem acusar a Câmara Municipal da Ribeira Grande de um défice de investimento na Educação?

A verdade é que a área educacional neste concelho mereceu uma atenção especial tanto pela autarquia local como pela própria tutela da Educação, uma vez que foi o munícipe mais afetado pela pandemia, com mais tempo em Ensino à Distância. Esta realidade teve maior expressão na Vila de Rabo de Peixe. Após recente visita à unidade orgânica daquela Vila, foi referido que não há falta de docentes e há, inclusivamente, os docentes de apoio que as escolas daquele núcleo necessitam. Outra questão elogiada pelo presidente do órgão de gestão da escola foi a redução do número de alunos por turma, com um impacto positivo direto nas aprendizagens.

Há, portanto, um caminho que está a ser trilhado, com responsabilidades partilhadas e com trabalho colaborativo. Há, portanto, uma efetiva aposta na educação, no sentido de formar os jovens de hoje que serão os adultos de amanhã!