Recandidato pelo PS, Ernesto Santos voltou a vencer as eleições autárquicas para a Junta de Freguesia de Campanhã com uns expressivos 43% dos votos e uma maioria absoluta que garantiu um total de 10 mandatos.
Naquela que é a maior freguesia do concelho do Porto, a noite eleitoral foi longa. Já passava da meia noite quando se começou, realmente, a ter certezas dos votos e de quem liderava a votação para a Junta de Freguesia de Campanhã. Sem querer antecipar uma vitória que já era quase certa, Ernesto Santos, presidente recandidato pelo PS, estava tranquilo enquanto esperava pelos resultados, mas sempre bem disposto, com a família, amigos e apoiantes a fazer-lhe companhia.
No final, Ernesto Santos acabou reeleito com 43% dos votos, uma maioria absoluta reforçada e mais um mandato, contabilizando assim 10 no total. Já o PSD ficou em segundo lugar com 20% e quatro mandatos, beneficiando do facto de o movimento Rui Moreira não ter feito qualquer candidatura em Campanhã.
O PCP-PEV foi o terceiro e manteve os dois mandatos, assim como o Bloco de Esquerda que manteve também o seu mandato. Contudo, entraram agora para a Junta dois novos partidos, o PAN, que conseguiu um mandato, e o Chega, que terminou em último lugar, mas que garantiu também um mandato.
Em declarações exclusivas ao AUDIÊNCIA, Ernesto Santos admitiu que estava confiante na vitória, mas que a maioria absoluta era sempre uma incógnita. “Embora pensasse que ganharia as eleições, nunca me passou pela cabeça outro resultado, mas a maioria nunca me convenci muito, esperei calmamente pelos resultados para que pudesse anunciar. O resultado é que os campanhenses acreditaram em mim e eu tudo farei por todos os campanhenses. Não serei o presidente do PS, serei o presidente de Campanhã”, garantiu.
Aproveitando o momento para agradecer a todos os campanhenses que nele votaram, Ernesto Santos assegurou que “governará para todos” e que “tudo fará pela freguesia”, assim como o fez durante os passados oito anos. “Trabalhamos e reivindicamos sempre para a freguesia. Pus sempre a freguesia em primeiro lugar, à frente de qualquer objetivo político porque não tenho outros que não sejam estes, em frente de objetivos pessoais também. Foi sempre por esta freguesia que lutei e continuarei a lutar. Farei o melhor que sei e posso por Campanhã e pelos campanhenses e pelo engrandecimento de Campanhã que nos últimos anos tem sentido e continuará a sentir. Serei sempre um reivindicador da resolução dos problemas de Campanhã”, acrescentou.
Questionado sobre a vitória de Rui Moreira, o reeleito presidente da Junta afirma que “não o surpreende a vitória, surpreende mais não ter a maioria absoluta”, algo que torna a governação mais fácil, mas que, ao mesmo tempo, é positivo, já que, no seu entender, “para a democracia as coligações e os acordos pós eleitorais, são importantes e reforçam a democracia”. Apesar disso, está confiante que a boa relação entre Câmara e Junta se manterá.
“Não tenho dúvida que o trabalho e sintonia vão continuar. É evidente que além da amizade pessoal que tenho com o Rui Moreira, ele sempre manifestou o seu apoio à minha pessoa, sempre elogiou o meu trabalho e isso orgulha-me de certa forma, porque não é fácil granjear a simpatia dos adversários”.
Para o autarca, o único senão destas eleições foi mesmo a abstenção, algo que Ernesto Santos gostaria que fosse menor. “Quem perde com a abstenção é sempre a democracia e seria bom que o povo português entendesse de uma vez por todas que é nas eleições que se decide o nosso destino”.
No final de mais uma campanha e de mais uma vitória, Ernesto Santos quis ainda agradecer “a todo o pessoal que incansavelmente durante dois meses fez a campanha ao meu lado”, sem esquecer a família, o seu grande pilar.
“Todo o staff, militantes, independentes que fizeram trabalho árduo por toda a freguesia, assim como a lista que me acompanha, uma lista com bastantes independentes e muitos jovens, ao contrário do que dizem que era uma candidatura acabada pela idade, não sou jovem mas tenho a capacidade de liderar todos esses homens e mulheres que estão comigo em qualquer circunstância. O meu agradecimento é também para a minha família, não obstante inicialmente não quererem que me recandidatasse por motivos de saúde, não deixaram nunca de me apoiar em todos os sentidos, fisicamente, monetariamente porque toda a campanha não tive um cêntimo que fosse do meu partido, todas as despesas recaíram sobre mim e alguns amigos que me apoiaram. E sobretudo a todos os campanhenses, pedir que tenham esperança num futuro melhor, ele vai surgir, está para breve dar o salto em Campanhã. E queria que as pessoas dessem esse salto comigo e com certeza vão dar”, reforçou.