ESCOLA DO PALHEIRINHO COMEMOROU 125 ANOS

Foi no dia 6 de dezembro de 1897 que a professora Quitéria Júlia de Souza, natural de Avintes, recebeu os primeiros alunos da Escola do Palheirinho. O estabelecimento escolar ficou ativo, como tal, 117 anos e, hoje, funciona como Casa da Cultura de Avintes. Para comemorar o passado, o presente, e o futuro do edifício, no dia 6 de dezembro de 2022, comemorou-se os 125 anos de funcionamento do mesmo. A simbólica cerimónia contou com a presença de Valentim Miranda, vereador da Câmara Municipal de Gaia, e Cipriano Castro, presidente da Junta de Freguesia de Avintes.

 

 

 

A Escola do Palheirinho comemorou, em dezembro de 2022, 125 anos desde que entrou em funcionamento, tendo estado ativa durante 117 destes. Para assinalar esta data significativa, foi constituído um grupo de trabalho, que preparou um programa comemorativo recheado, com atividades desde 4 de novembro a 6 de dezembro.

A abertura desta iniciativa contou com a inauguração da exposição patente na Casa da Cultura de Avintes e, nesse mesmo dia, aconteceu uma palestra sobre as requalificações do edifício, com o palestrante Francisco Barbosa da Costa. Depois, no dia 11 de novembro, ocorreu um magusto, com o objetivo de ser um convívio de ex-professores, alunos e funcionários do estabelecimento escolar, enquanto a 18 do mesmo mês teve lugar uma Mesa Redonda, sobre a importância dos professores do primeiro ciclo na educação e formação dos alunos, com moderação de Sérgio Afonso, diretor municipal de Políticas Sociais da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Por sua vez, no dia 25 de novembro, o grupo de trabalho levou a cabo a palestra/debate “Testemunhos de ex-alunos da Escola do Palheirinho”, que contou com a presença de Alberto Azevedo, presidente da direção da Abientes, ex-aluno e ex-residente na Escola do Palheirinho. No primeiro dia do mês de dezembro realizou-se o lançamento do postal, selo CTT e carimbo alusivo aos 125 anos da escola, numa parceria com o Clube de Colecionadores de Gaia, e, no dia 3 do mesmo mês, efetuou-se o fórum sob o tema “O ensino e a Escola do Palheirinho”. Por fim, no dia 6 de dezembro, decorreu a sessão comemorativa dos 125 anos da atividade escolar da instituição, momento que marcou o final das celebrações.

Neste encerramento do programa comemorativo, Manuel Franclim Cardoso, Provedor do Cidadão da Freguesia de Avintes, apareceu vestido de Francisco Marques Rodrigues Júnior, patrono da Escola do Palheirinho, e fez um pequeno discurso em seu nome, lembrando os tempos de edificação do estabelecimento. Por sua vez, Manuel Santos, um dos membros do grupo de trabalho, que conduziu a simbólica cerimónia, lembrou que os objetivos do extenso programa foram os de “comemorar os 125 anos do início da atividade escolar na Escola do Palheirinho; contribuir para o conhecimento do ensino em Avintes; honrar a contribuição de Francisco Marques Rodrigues Júnior na construção do edifício; valorizar o trabalho dos professores ao longo dos 117 anos de funcionamento da escola; e revitalizar a memória individual e coletiva dos antigos alunos desta escola”.

Rui Campos, diretor do Agrupamento de Escolas Gaia Nascente, disse que, apesar de não ter conhecido a Escola do Palheirinho em funcionamento, é “muito importante que se faça este tipo de celebração de natureza histórica, nomeadamente no domínio da educação”, salientando a relevância da instrução primária na vida de qualquer cidadão e destacando que “esta escola acabou por fazer parte da história do agrupamento”.

Já Cipriano Castro, presidente da Junta de Freguesia de Avintes, aproveitou a ocasião para assinalar que a Escola do Palheirinho “foi muito importante, ao longo dos anos, para a educação dos avintenses”. No entanto, o autarca destacou “a função que o edifício, hoje, tem. Ele deixou de ser escola e poderia ter sido muitas outras coisas, ou poderia ter, como algumas vezes acontece, ficado anos e anos a degradar-se e depois exigir obras de reabilitação, mas, felizmente, todos os edifícios, em Avintes, que deixaram de ser escolas, neste momento, estão aproveitados e úteis”, afirmando, ainda, que “estas comemorações também servem para prolongarmos e assinalarmos, para o futuro, a existência deste espaço, que funciona como Casa da Cultura, com várias valências, como salas de exposições, uma biblioteca e este miniauditório”. Cipriano agradeceu o apoio da Câmara nas obras do Centro Cívico de Avintes, onde também está o edifício da Escola do Palheirinho, mas deixou dois pedidos no ar: cadeiras novas para o auditório da Casa da Cultura, onde se realizou a cerimónia, e o avanço da tão ansiada obra do Teatro Almeida e Sousa.

Para terminar, Valentim Miranda, vereador da Câmara Municipal de Gaia, quis usar a sessão para fazer uma “referência especial ao professor primário”, afirmando que toda a gente tem uma afeição especial por essa figura, porque “afinal de contas, as escolas primárias são o arranque da nossa vida no ensino”. Além disso, ressaltou, também, o facto de o tecido cultural de Avintes ser muito rico. “Esta é uma terra de Gaia dotada de pessoas que tiveram a coragem e a vontade de estudar, de ir longe e desenvolver a sua terra, no âmbito cultural”. Valentim Miranda concluiu, prometendo transmitir ao presidente da Câmara o pedido das cadeiras para o auditório e frisando o investimento feito no centro cívico, desenhado e pensado para as pessoas.