O Festival Cordas está nomeado para “Best Newcomer Festival Award” nos prémios a festivais do Transglobal World Music Chart. “Best Newcomer” é o prémio atribuído a um festival com menos de 5 anos de existência que mostra diversidade através de uma programação única com oportunidades para artistas não comerciais e responsabilidade social e ambiental.
A terceira edição do Festival Cordas está a decorrer na ilha do Pico até 16 de setembro. No evento de abertura, no passado dia 12, Terry Costa, diretor artístico da MiratecArts, entidade organizadora do evento, foi surpreendido por Carlos Ferreira da CBFwebRADIO, uma rádio exclusiva para música do mundo, e mais conhecido por ser um dos Gaiteiros de Lisboa, aqui no papel de representante de Portugal e observador para o prémio mundial. “Estou aqui para observar o que de melhor existe nos festivais de músicas do mundo,” diz Carlos Ferreira, que se sente a navegar na ilha montanha, “na beleza que a envolve e na simpatia de quem cá vive”.
A Transglobal World Music Chart lançou os prémios a festivais com o objetivo de aumentar a valorização da música das culturas do mundo, como uma ferramenta para o desenvolvimento de pessoas em muitas áreas da vida, bem como para a alegria e o prazer. Esses prémios consideram “world music”, “tradicional”, “raízes” ou qualquer outro nome, festivais de música, no campo de atividade relacionado à Transglobal World Music Chart.
Festival Cordas é um dos festivais mais singulares no mundo pela sua localidade, a ilha do Pico, mas também pelo foco dos seus artistas a se dedicarem à arte dos cordofones, assim, apresentando várias culturas através de instrumentos de corda. A MiratecArts também investe na diversidade do ser humano participante, ideais e histórias que têm para contar através da sua música, assim como também tem o cuidado em implementar ferramentas para melhorar a pegada ambiental.
Os palcos que acolhem os músicos de vários países incluem exterior, na paisagem idílica da ilha, e também interior: o Jardim Saudade na MiratecArts Galeria Costa, uma propriedade de mais de 24 mil metros quadrados dedicado à arte na natureza; o santuário dos dragoeiros no Museu do Vinho; lagoas, piscinas naturais, campos de lava e a cratera do vulcão e a montanha mais alta de Portugal.
Os palcos no interior incluem o Auditório no Museu dos Baleeiros com uma acústica impecável e que dá a sensação de estarmos no interior de um barco; e, o novo Auditório da Madalena, adjacente à maior biblioteca da ilha, onde este fim de semana acolhe a estreia em Portugal da finlandesa Maija Kauhanen com o kantele. A encerrar apresenta, domingo à noite, o programa “Violas dos Açores” com cinco tocadores representando no palco as ilhas de São Miguel, Terceira, Graciosa, São Jorge e Pico, mostrando, assim, o investimento em talento local, mais um dos propósitos para os prémios mundiais.