GOLFISTAS DE MIRAMAR BRILHARAM NA TAÇA KENDALL

O Clube Golfe de Miramar, instituição a caminho das nove décadas de existência, esteve em particular destaque nos relvados do centenário Oporto (Espinho), ao conquistar os dois primeiros lugares da Taça Kendall, evento do calendário regular da Federação Portuguesa de Golfe e um dos torneios mais mediáticos da centenária colectividade espinhense.

Numa competição que bem pode considerar-se da elite amadora, face à exclusão dos praticantes menos credenciados e detentores dos “handicaps” mais altos (inscrição permitida apenas a quem tivesse “handicap” abaixo das 12 pancadas), o clube a que preside o histórico associado José Miguel Mendes Ribeiro, arrebatou nada menos do que cinco das posições do “top-ten”, o que espelha bem a qualidade competitiva que vem sendo promovida pela escola de formação liderada por dois ex-espinhenses – os irmãos Nélson e Sérgio Ribeiro.

No plano individual, e num universo de cerca de quatro dezenas de praticantes em representação dos anfitriões do Oporto (com 10 jogadores), Miramar (12), Paredes (7), Vilamoura (4), Vale de Janelas (2), Quinta do Fojo, Estoril, Costa de Prata, Paço do Lumiar e Quinta do Perú (Azeitão), o destaque maior vai para o amador miramarense Pedro Lencart da Silva (representa actualmente uma universidade norte-americana) e para o seu companheiro de clube, Diogo Mealha, os únicos que conseguiram superar o par do campo no conjunto das duas voltas terminando ambos com duas pancadas abaixo do par (71). No entanto, o triunfo viria a ser atribuído a Lencart por ter sido mais acertivo na parte final da volta de encerramento, embora com vantagem tangencial sobre Mealha (34-35).

Na volta inaugural da competição, quem sobressaiu foi o miramarense Diogo Mealha, o primeiro líder, ao concluir os primeiros 18 buracos com 69 pancadas (duas abaixo) seguido do espinhense Afonso Girão, com 70 (menos uma), enquanto Lencart foi quarto, com 73 (duas acima), a quatro “shots” de Mealha e atrás do seu companheiro Alberto Costa Marques terceiro com o “score” de 72 pancadas (+1).

Já João Maria Pontes, que não conseguiu melhor que o quinto lugar da primeira volta, com 74 pancadas (+3), manteve a mesma posição mas protagonizou a autoria do único “eagle” do torneio finalizando com apenas “3” pancadas, o último buraco do percurso (18), um par “5” com 455 metros de comprimento.

Na volta de encerramento, Pedro Lencart emergiu com um notável “67” que lhe permitiu neutralizar as seis pancadas desperdiçadas no dia anterior ascendendo ao primeiro lugar numa volta em que o miramarense Pedro Clare Neves obteve a segunda marca do dia (70) e em que Vasco Alves, Diogo Mealha e Gustavo Monteiro, todos com o par do campo (71) também brilharam repartindo ex-aequo a terceira posição.

Tratou-se, afinal, de uma competição de elevado nível qualitativo em que ficou expresso o bom nível de alguns praticantes. Nessa vertente, Miramar sobressaiu ao colocar cinco representantes seus nos seis primeiros lugares. Mas as posições mais expressivos foram, sem dúvida, para Lencart, Mealha e Girão, os únicos que desafiaram o par do campo sem vacilar.

Dois “hole-in-ones” distintos no 14.º Torneio Júnior do Fojo

Fazer “hole-in-one” (cumprir o buraco com uma só pancada) num percurso de 18 buracos de golfe não está ao alcance de todos por mais tentativas que se façam. Porém, a proeza torna-se ainda mais improvável quando acontece duas vezes no mesmo percurso fruto da conjugação de factores diversos.

Nos relvados da Quinta do Fojo, dirigido por Filomena Rito, foi precisamente isso que sucedeu durante o 14.º torneio do “RanKing” Júnior do clube localizado na freguesia de Canidelo e os autores da proeza foram precisamente os dois primeiros da classificação “gross”, Cândido Coelho e Pedro Sousa Machado, ambos com “homeclub” no vizinho Golfe de Miramar. Coelho teve a grata satisfação de impor os seus atributos em todas as fórmulas classificativas e isso permitiu-lhe ser “senhor” absoluto do torneio após ter ganho na classificação “stableford_net” e “gross” e cuja superioridade ficou também expressa em “stroke play”, a fórmula por que se rege a alta competição.

Alinhando com escassas duas pancadas de “handicap”, Cândido Coelho rubricou um “scorecard” bonificado com 42 pontos, seguido de Mesquita Guimarães Jr. com 41 e Pedro Machado, com 40; em “score” real, Coelho (40 pontos) e Machado (38) mantiveram as duas primeiras posições, sendo o terceiro lugar ocupado pelo anfitrião Gabriel Sardo, que não foi além dos 31 pontos.

Quanto ao “stroke play”, Cândido Coelho venceu com 56 pancadas para um par de 60 (4 abaixo) e brilhou com “hole-in-one” no buraco 12 (par 3), fazendo ainda sete “birdies” (uma abaixo) e seis pares, enquanto Pedro Machado entregou um cartão com 58 pancadas (2 abaixo) numa performance global de “hole-in-one” no buraco “6”, para além de sete “birdies” e seis pares. Já Gabriel Sardo, terceiro, não foi tão bem sucedido. Completou os 18 buracos com a marca de 65 pancadas (5 acima), mas conseguiu fazer “birdie” (uma abaixo) duas vezes e completar 10 buracos ao nível do par.

Frederico Alves e C. Coelho erguem Taça Cabral Machado

Como já vem sendo hábito, o Golfe da Quinta do Fojo levou a cabo mais uma iniciativa desportiva destinada a prestar homenagem a um dos seus associados que já partiram – Cabral Machado – e que aderiu à instituição desde a primeira hora. O evento deste ano, contou com a participação de cerca de quatro dezenas de golfistas amadores, em representação de Miramar, Oporto, Cantanhede, Citynorte, Clube Nortada, Vale Pisão e Vilamoura.

Beneficiando de 20 pancadas de “handicap”, Frederico Alves chegou aos 40 pontos, seguido de Joaquim M. Gomes (39), Cândido Coelho (38) e Gonçalo Mota (37), enquanto na classificação “gross” o vencedor foi Cândido Coelho (35 pontos), seguido de Gonçalo Mota (31) e Adriano Fonseca (Citynorte), com 27. Na classificação por pancadas (“stroke play”), Coelho venceu destacado com 61 pancadas (+1), Gonçalo Mota foi segundo com 65 (+5) e Adriano Fonseca terceiro com 69 (+9). Ao sue melhor nível, Cdido Coelho fez dois “birdies” e 13 pares e Gonçalo Mota completou um buraco a “birdie” e onze a par.