Neste artigo, vamos rever as principais questões a ter em conta na escolha e instalação de um sistema de aquecimento. Planear ajuda a poupar dinheiro e o ambiente, mas também a evitar contratempos e dores de cabeça.
Em primeiro lugar, deve fazer a sua simulação na HARPa, a ferramenta online desenvolvida pelo projeto HARP, que calcula a etiqueta energética dos sistemas instalados e simula, para o seu agregado e a sua habitação, qual das tecnologias mais eficientes é a mais adequada. No relatório, fica também a saber a poupança estimada em termos económicos e ambientais.
Pode também ler mais sobre porque é tão importante os consumidores saberem mais sobre aquecimento doméstico e quais as tecnologias de aquecimento doméstico mais eficientes em menos de 1000 palavras, e descobrir como se adaptam a diferentes orçamentos, necessidades e espaços disponíveis, incluindo apartamentos.
Antes de comprar, enquanto faz a sua pesquisa e toma uma decisão, deve falar com profissionais. Leve o relatório da HARPa consigo e esclareça todas as perguntas. Só um profissional vai ser capaz de analisar detalhadamente o seu caso. As simulações dadas pelo nosso projeto são muito rigorosas, mas não sabem, por exemplo, se é exequível fazer as preparações e ligações necessárias para instalar aquele que seria o equipamento ideal.
É igualmente fundamental perceber o que precisa do seu sistema de aquecimento. Qual a área que tem de ser aquecida? Durante quanto tempo precisa de ter o aquecimento ligado? Quantas pessoas beneficiam do aquecimento? O número de habitantes e os seus hábitos são relevantes para garantir a capacidade adequada de preparação de água quente.
Um bom sistema de aquecimento implica um investimento considerável. Faça contas ao orçamento que tem para escolher sem pôr em causa outras necessidades essenciais. Verifique os apoios disponíveis, nomeadamente pelo Fundo Ambiental, que o podem ajudar a reduzir ou recuperar o seu investimento. Informe-se previamente acerca dos requisitos e condições de acesso, para ter a certeza de que é elegível.
Confirme se tem tudo o que precisa para a instalação dos seus equipamentos – ligação à água e/ou eletricidade, ligação ao exterior para a exaustão de gases e potência necessária no quadro elétrico. Melhorar a eficiência energética da sua casa pode ser importante para melhorar o desempenho dos novos equipamentos e reduzir o tempo de recuperação do investimento que irá fazer. É o caso de fugas ou infiltrações de ar ou da falta de isolamento térmico que põem em risco as poupanças esperadas, porque o calor vai ‘fugir’ e obrigar a uma sobre utilização dos equipamentos para chegar à mesma temperatura. Se precisar de fazer algumas destas adaptações ou trabalhos complementares, considere o trabalho e despesas envolvidas.
Antes de avançar, verifique a dimensão dos equipamentos e se tem o espaço necessário à sua instalação nos arrumos, varandas, telhados, marquises ou outros. Além disso, os equipamentos emitem sempre algum ruído. Peça a etiqueta energética e veja o ruído que emitem (em dB) e se causam incómodo ao ficarem próximos de zonas de descanso, como os quartos.
Finalmente, porque as nossas casas estão integradas em bairros e condomínios, verifique se há limitações ou condições a ter em conta. Para a instalação de unidades exteriores ou para passar cabos ou tubos por zonas comuns pode ter de pedir autorização ao condomínio ou à Câmara Municipal, nomeadamente se residir numa zona histórica.
Se ainda tem dúvidas sobre o que a HARPa pode fazer por si, veja o exemplo da família Inverno, que estava convencida que a sua caldeira de 25 anos era uma boa solução e descobriu que a conta mensal podia ser muito menor, bem como a emissão de gases, se fizessem o investimento certo.
Ponha já mãos à obra! Escolher e instalar um sistema de aquecimento eficiente não é uma tarefa para ser feita à pressa quando chega o inverno ou quando o aquecimento avaria. O tempo e o planeamento são fundamentais para poupar tempo, aumentar poupanças e reduzir imprevistos.
E não se esqueça, mesmo com um aquecimento eficiente, temos de ser energeticamente responsáveis. O facto de podermos aquecer as nossas casas de forma eficiente não significa que possamos ou devamos aquecer desnecessariamente. A temperatura de conforto recomendada no Inverno está entre os 19º e os 21º graus. Por cada grau de temperatura adicional, o nosso consumo de energia aumenta em média 7% e, com isso, a fatura da energia e a nossa pegada ambiental.
Se gosta mais de ouvir do que de ler, visite a nossa página aquecimentoeficiente.adene.pt e assista aos nossos vídeos e lives, disponíveis neste link.