JOÃO PAULO CORREIA ASSUME UNIÃO DE FREGUESIAS COMO “UM DESAFIO PARA UMA EQUIPA E NÃO PARA UMA PESSOA SÓ”

O Auditório do Centro Paroquial de Mafamude foi o palco do ato de instalação dos novos órgãos autárquicos da Junta e Assembleia da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, para o quadriénio 2021-2025. No contexto das últimas eleições, ocorridas no passado dia 26 de setembro, João Paulo Correia viu renovada a confiança dos mafamudenses e vilarenses e iniciou, assim, no passado dia 18 de outubro, aquele que será o seu terceiro e último mandato à frente dos destinos da freguesia.

 

 

João Paulo Correia foi reeleito presidente da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, pelo Partido Socialista (PS), e, durante aquele que será o terceiro e o seu último mandato, vai liderar os destinos dos mafamudenses e vilarenses, juntamente com os vogais Alexandra Amaro, Carla Vieira, Daniela Vieira, Domingos Coelho, Jorge Pacheco e José Soares, que foram nomeados com 15 votos a favor e cinco em branco.

Na cerimónia de instalação dos novos órgãos autárquicos foi, ainda, eleita a Mesa da Assembleia da União de Freguesias, para o quadriénio 2021-2025. Neste contexto, Tiago Braga foi reeleito presidente, pelo PS, juntando-se a ele Célia Pereira e Luciana Reis, nas funções de primeira e segunda secretárias, respetivamente. Esta foi a única lista apresentada e foi aprovada com 17 votos a favor e dois brancos.

Concluídos os pontos da ordem de trabalhos, a plateia foi agraciada com as atuações musicais e dançantes dos alunos da Academia de Música de Vilar do Paraíso, que antecederam as intervenções políticas.

Assim, Mariana Teixeira, representante do PAN, inaugurou o momento dos discursos, afirmando que “estamos todos de parabéns, porque temos a coragem de nos expor, temos a coragem de lutar pelas nossas causas e pelos nossos princípios e fazer funcionar isto que é a democracia e que é tão importante para todos nós” e destacando que “procuraremos continuar a trazer para o atual panorama político, aquilo que são estas nossas causas, as pessoas, os animais e a natureza”.

Seguidamente, o representante do Chega, Alexandre Vila Real, fez questão de referir que “da minha parte poderão contar sempre com a maior dedicação, respeito e o empenho total no exercício das funções que me foram confiadas”, assegurando que “a nossa equipa tudo fará, para que todos tenham acesso a uma vida melhor”.

Por outro lado, André Ferreira, representante da Coligação Democrática Unitária (CDU), salientou que “podem contar com a forte oposição da CDU, para quaisquer propostas contrárias à alternativa que estas freguesias necessitam”, enfatizando o significado de um bom mandato e frisando, nomeadamente, que “é um mandato no qual se respeita a vontade das populações e que se avance, com seriedade, para a reposição das freguesias roubadas ao povo”.

Também a representante do Bloco de Esquerda (BE), Paula Valentim, dirigiu algumas palavras à plateia, ressaltando que “o mandato 2021-2025 terá em mãos novos desafios” e que “se há política de proximidade, devemos ter essa capacidade de ouvir os problemas de quem vive connosco, trabalha aqui. Também, não imaginamos uma Assembleia de Freguesia sem respeito mútuo, sem vontade de encontrar soluções, respeitando sempre as posições políticas, programáticas, ideológicas de cada representante”, pois é um local “onde o debate político é o espelho da vivacidade da União de freguesias”.

Já Veneranda Barbosa Carneiro, representante da Aliança Democrática, iniciou o seu discurso endereçando-se a João Paulo Correia, presidente da Junta de Freguesia de Mafamude e Vilar do Paraíso, dizendo que “certa estou de que o seu sucesso será o sucesso de Mafamude e Vilar do Paraíso”. Com a vontade de fazer propostas, a social-democrata explicou que “mantemos a convicção de contribuir ativamente, de forma viva e dinâmica e de com todos colaborar, na afirmação do que consideramos ser o melhor para estas freguesias”.

Neste seguimento, o representante do Partido Socialista (PS), José Ferreira, ressaltou que “hoje estamos aqui para continuar a fazer mais e melhor pelas pessoas e pelo nosso território”, afiançando que “assim como prometemos e cumprimos no passado, estamos certos e cientes que, com a mesma ambição e determinação, alcançaremos os objetivos a que nos propomos, para os próximos quatro anos”.

Os discursos prosseguiram com Tiago Braga, presidente reeleito da Mesa da Assembleia da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, que admitiu sentir-se “verdadeiramente feliz” e enalteceu “o compromisso real de transformar a nossa terra”.

Garantindo que “o mandato que agora se inicia exigirá de nós total compromisso e dedicação, perante os desafios que se colocam nas autarquias locais”, o presidente da Assembleia da União de Freguesias esclareceu que “é de extrema necessidade que o debate político se faça nas ideias e se oriente às verdadeiras necessidades e expectativas dos nossos cidadãos. Essa é a nossa obrigação”, porque “o foco são as pessoas, os mafamudenses e os vilarenses. Esse é o nosso compromisso”.

A intervenção de João Paulo Correia, presidente reeleito da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso ficou marcada por uma visão da realidade atual da freguesia, como forma de salientar a relevância da realização de um trabalho de equipa, de modo a “assegurar a governação de uma Junta desta dimensão”.

“Mafamude e Vilar do Paraíso tem 53 mil habitantes, mais de 630 ruas, cerca de 100 instituições sem fins lucrativos, o maior parque escolar do país. Um desafio para uma equipa e não para uma pessoa só. Uma realidade territorial e populacional muito exigente”, reforçou o edil reeleito, elucidando que “as Juntas de Freguesia são, cada vez mais, os advogados sociais das suas populações e o mandato que hoje se inicia irá aprofundar este novo paradigma”.

Sublinhando que se avizinha um percurso ambicioso, João Paulo Correia deixou bem claro que será “um caminho que faremos em equipa, com humildade e transparência, em rede com os representantes das nossas instituições escolares, do movimento associativo de pais, da cultura, do recreio, do desporto, da ação social, do associativismo juvenil e do bem-estar animal. Dedicados e unidos por Mafamude e Vilar do Paraíso”.

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, concluiu os discursos políticos, e começou por afirmar que “Mafamude e Vilar do Paraíso é a freguesia que, hoje, encerra o ciclo de tomadas de posse”.

Relativamente à possível desagregação das freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, que foi evocada ao longo da noite, o autarca gaiense disse que “chegou o momento de, querendo, as Assembleias de Freguesias e as Juntas de Freguesia discutirem o assunto”. Mostrando-se disponível “para aquilo que o povo quiser, o presidente da Câmara Municipal de Gaia, aludiu que “o meu compromisso não depende da minha vontade, depende da vontade das pessoas”, mencionando estar “convencido de que é possível corrigir o erro que, cumprindo a lei, cometemos neste país”.

Asseverando que “temos muito para fazer”, Eduardo Vítor Rodrigues aproveitou a ocasião para “desejar para Mafamude e Vilar do Paraíso que a revolução continue, uma revolução tranquila, com incómodos, com certeza, mas com aqueles incómodos que são os bons incómodos, os incómodos promissores para o nosso futuro, que respeitam o ambiente e que beneficiam freguesias”, declarando que “eu estou aqui, não para construir caminho, mas para ajudar a construir Gaia”.

No final da sua intervenção, o edil dirigiu a palavra a João Paulo Correia, atestando que “tem um raciocínio estruturado, bem pensado para estas duas freguesias. Ele não precisa que lhe digam o que deve ser feito, quando muito, ele precisa que dialogue com ele, como eu preciso que dialogue comigo, não precisa de mais do que isso”.