Os Jogos Juvenis de Gaia são um evento com muita tradição no concelho, tendo sido criados em 1982. Em 2015, após um período de interrupção, o executivo da autarquia gaiense recuperou este evento, que marcou várias gerações e voltou a trazer o desporto para todas as crianças e jovens.
O espírito deste evento, proporciona aos seus participantes de todas as uniões de freguesias do concelho, a experimentação e competição de várias modalidades desportivas, coletivas e individuais.
Nos meses de abril e maio, perto de 2 mil crianças, treinadores, dirigentes, autarcas, dinamizadores e familiares, participaram nesta festa do desporto em Gaia, que fomenta o interesse pelo exercício físico e o espírito entre todas as crianças participantes.
O objetivo também passa por difundir o desporto, como fator de união e integração no concelho de Vila Nova de Gaia.
Na edição deste ano são muitas as modalidades, nomeadamente andebol, atletismo, badminton, basquetebol, BTT, desporto adaptado, futebol, ginástica, natação, xadrez, remo indoor, ténis de mesa, voleibol, surf stand up, paddle e rugby.
O AUDIÊNCIA marcou presença na primeira jornada dos Jogos Juvenis de Gaia 2023 e acompanhou inúmeros jogos de futebol, no Estádio Municipal da Lavandeira, assim como excelentes partidas de ténis de mesa.
No jogo de futebol, que colocava frente a frente as equipas que representavam as Juntas de Freguesia de Canidelo e de Grijó e Sermonde, aconteceu um dos maiores momentos deste evento, recheado de fair play. Tratou-se de um golo de Dinis, de oito anos, natural de Grijó, que ficará para a história dos Jogos Juvenis de Gaia.
Na ocasião, os dois treinadores, Sérgio Neutel e Igor, pediram aos seus atletas que o primeiro golo fosse apontado pelo jovem Diniz, que é portador de uma deficiência e gosta muito de jogar futebol. Quando isto aconteceu, parecia que se tratava de golo da vitória, na final de uma Copa do Mundo, pois todos os atletas começaram a correram, em campo, para abraçar o goleador, que ficou radiante.
Os Jogos Juvenis de Gaia são vividos assim, de lindos momentos e gestos profundos. “Nunca se esqueçam que estamos a trabalhar com crianças, vencer é importante, mas devemos contribuir para a formação moral e cívica de cada um dos atletas, visando a construção do seu carácter e a consciencialização da sua condição de cidadãos e futuros elementos ativos na sociedade a que pertencem, sujeitos a direitos e deveres”, afirmou Artur Maia – coordenador de Ténis de Mesa.