Leonor e Tomás Guimarães Bessa, dois irmãos que fizeram toda a formação juvenil na Escola de Miramar, sob a direcção dos profissionais Nélson e Sérgio Ribeiro, estiveram em particular evidência na 30ª edição do Campeonato Nacional da PGA, patrocinado pela Solverde, que levou ao percurso Vidago Palace (par 72), cerca de meia centena de profissionais da modalidade, oriundos de todo o país. Os triunfos que ambos alcançaram nas suas categorias foram de tal forma convincentes, que não deixaram margem para dúvidas. Até porque, como amadores, os dois irmãos já tinham sido decisivos nos últimos títulos nacionais conquistados pela instituição miramarense.
Na vertente masculina, pode afirmar-se que Tomás Bessa foi arrasador, tendo cumprido as três voltas regulamentares com um notável “score” agregado de 204 pancadas (12 abaixo do par), com a particularidade de ter cumprido todas as voltas abaixo do par, ainda que tenha tido uma estreia algo modesta (70), num dia em que sobressaiu o amador miramarense, Daniel Rodrigues, que rubricou a notável marca de sete abaixo do par (65) que mais nenhum concorrente logrou alcançar. Depois, acertou no segundo dia rubricando um “scorecard” com 66 (6 abaixo), para terminar com quatro abaixo na volta de encerramento (68). No fim de contas, Tomás Bessa acertou na finalização a partir da segunda volta e isso permitiu-lhe terminar isolado no primeiro lugar, com 204 pancadas (12 abaixo) e uma vantagem de duas pancadas sobre o algarvio Ricardo Santos (10 abaixo), com os parciais de 67, 69 e 70. Além disso, o triunfo de Tomás Bessa é ainda mais relevante, dada a enorme experiência internacional de Ricardo Santos, seu principal opositor. Para além do citado Daniel Rodrigues, que concluiu na quinta posição e uma participação abaixo do par (-2), com os parciais de 65, 76 e 73, Pedro Cruz Silva, 8º classificado, foi o outro jogador de Miramar que ficou dentro do lote dos invencíveis, com 215 pancadas (1 abaixo), com os parciais de 69, 71 e 75).
Leonor e Susana
numa final nortenha
Na prova feminina, dada a reduzida participação no torneio, o despique restringiu-se a duas figuras nascidas no Golfe de Miramar – Leonor Guimarães Bessa e Susana Mendes Ribeiro, que tem dado boa conta de si, desde que enveredou pelo profissionalismo. Só que, desta vez, a menina que na adolescência se sentia mais atraída pela prática do voleibol, não conseguiu reunir o antídoto para contrariar a irreverência e a determinação de Leonor Bessa, ao ponto de perder terreno logo na primeira volta, com dois “scores” sucessivos de (68+68). E mesmo que tenha estado menos acertiva na volta de encerramento (74), conseguiu vantagem suficiente para poder “sonhar”, embora fechando com a volta menos conseguida. Susana Ribeiro, que detinha aqui o estatuto de Campeã Nacional, não soube aproveitar e fechou com a sua pior marca (79) equivalente a sete acima. Já Leonor Bessa, com um “score” agregado de 210 pancadas (-6) acabaria vencedora com uma vantagem confortável de sete pancadas. O torneio feminino contou ainda com outra participante (Clara Teixeira), que logo na volta inicial perdeu todas as esperanças que pudesse alimentar, vindo a terminar com 22 pancadas acima do par, no conjunto das três voltas.