A Maia é uma das freguesias mais antigas do concelho da Ribeira Grande, tendo o seu povoamento se iniciado logo após o descobrimento da ilha de São Miguel, da qual fazem parte os lugares da Gorreana, Lombinha da Maia e Calços da Maia.
A igreja matriz, dedicada ao Espírito Santo, data de 1812, mas teve origem numa capela do século XVI, ampliada posteriormente. Os festejos do padroeiro acontecem no Domingo de Pentecostes, seguindo-se uma grande festa na segunda-feira, na qual é servida a tradicional Carne Guisada da Maia a mais de cinco mil pessoas.
A ermida de Nossa Senhora do Resgate, na Gorreana, e a ermida de Nossa Senhora das Dores, na Lombinha da Maia, também fazem parte do património edificado da Maia, assim como o grandioso Solar de Lalém, o Museu do Tabaco ou a Fábrica de Chá Gorreana. Por sua vez, no património natural surgem as piscinas naturais do Frade, a praia do Calhau e a Mata do Dr. Fraga.
Dizem os historiadores que o seu nome deriva da sua fundadora, Inês da Maia, fidalga que se acredita ter trazido do Norte de Portugal vários costumes e tradições que ainda se manifestam na freguesia.
A Maia é, ainda, uma das freguesias mais dinamizadas a nível cultural: a Noite das Pantas (tradição carnavelesca na qual as pessoas cobriam-se com lençóis brancos durante a noite e percorriam as ruas batendo às portas dos amigos e familiares), a Noite do Pão Quente, a festa do padroeiro Divino Espírito Santo, a partilha da Carne Guisada, a realização e exposição de maios no primeiro dia de maio, as romarias quaresmais e a Semana Cultural da Maia são as principais iniciativas de uma freguesia onde as tradições estão bem vincadas.