Mesmo com dois ex-socialistas na corrida, que coloraram dúvidas sobre o que aconteceria no concelho deixado por Guilherme Pinto, o PS venceu as eleições do passado dia 1 de outubro em Matosinhos.
Apesar de não ter conseguido a maioria absoluta, a candidatura de Luísa Salgueiro, obteve 36,36% dos votos e conquistou as quatro freguesias do concelho, ficando assim com cinco mandatos na autarquia.
Num território marcado pelas divergências internas do PS, a candidatura independente do ex-socialista Narciso Miranda, que já presidiu a autarquia, obteve o segundo lugar, com 16,19% dos votos, conseguindo dois mandatos, os mesmos que o SIM de António Parada, outro ex-socialista e antigo presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, que obteve 15,13% dos votos.
Já o PSD de Jorge Magalhães manteve um deputado, com 11,85% dos votos, assim como o PCP-PEV de João Pedro Rodrigues que obteve 6,71% das escolhas eleitorais.
Embora o PS tenha vencido em todas as freguesias, os movimentos independentes de Narciso Miranda e António Parada foram alternando nas escolhas dos eleitores.
Na União de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo e na União de Matosinhos e Leça da Palmeira o SIM de António Parada ficou em segundo lugar nas escolhas, enquanto na União de freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões e na União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora foi a candidatura de Narciso Miranda que ficou em segundo lugar.
Desta forma, a autarquia matosinhense será, pela primeira vez, presidida por uma mulher e “volta” a ser um bastião do PS, considerando que, apesar de dois independentes, três dos candidatos acabam por estar do mesmo lado partidário, dando uma “maioria absoluta” em termos ideológicos no concelho.
