“O ROTARY, AO ADMITIR MULHERES, TORNOU-SE MELHOR”

Manuela Rocha foi a convidada de honra do jantar-palestra organizado pelo Rotary Club Gaia-Sul, que aconteceu no passado dia 8 de março, no El Corte Inglés Gaia-Porto, com o tema “O papel da mulher em Rotary”. Na data em que se assinalou o Dia Internacional da Mulher, aquela que se assume como sendo uma das primeiras companheiras a ingressar no movimento, falou sobre vários momentos marcantes, que foram protagonizados por mulheres na história e nesta rede global, que tem como principal objetivo “servir para transformar vidas”.

 

 

“O papel da mulher em Rotary” foi o mote do último jantar-palestra promovido pelo Rotary Club Gaia-Sul, que decorreu no passado dia 8 de março, no El Corte Inglés Gaia-Porto, e teve como convidada de honra a companheira Manuela Rocha.

Neste âmbito, a presidente em exercício do Rotary Club Gaia-Sul, Margarida Marques, sublinhou, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, que “hoje é o Dia Internacional da Mulher e esta palestra visa dar empoderamento feminino, acima de tudo, também às meninas. Só há muito pouco tempo é que as mulheres foram admitidas em Rotary, apesar de, claramente, estarem a alavancar os maridos. Porém, cada vez mais, o número de mulheres em Rotary está a aumentar, o que não quer dizer que deixemos de ser mães, pessoas com carreira, mas há a parte da solidariedade, a parte de estarmos inseridas num meio, que precisa desse pedacinho de nós e que nos faz sentir mais completas. E esta palestra, hoje, não é só por ser o Dia da Mulher, mas é, também, para nós percebermos o nosso percurso, das mulheres, no Movimento Rotário e sabermos que não é só por causa de um pin e de sermos membros efetivos do movimento, que somos mulheres do Rotary, pois há muitas de nós, que não são membros efetivos, que não pagam quotas, mas são voluntárias, estão no campo e acompanham os maridos”.

Assim, na data em que se assinalou o Dia Internacional da Mulher, Manuela Rocha conduziu uma palestra, na qual falou sobre a história e a importância da mulher no Rotary e na sociedade.

Germano Rocha, cofundador do Rotary Club Gaia-Sul e marido da palestrante, afirmou que “mulher em Rotary tem, de facto, a importância de ter a mulher, não por quotas, mas por mérito e ela [Manuela Rocha] tem mérito para aqui estar, efetivamente, e porque também é mulher, obviamente, e talvez por isso seja uma das pessoas mais indicadas, para nos falar sobre o papel da mulher em Rotary”, apresentando a esposa como sendo “mulher, mãe e companheira, com qualidades muito maiores do que ela”.

Manuela Rocha assume-se como sendo uma das primeiras mulheres a entrar no Rotary Club Gaia-Sul e fez questão de partilhar com os companheiros presentes algumas pesquisas e opiniões pessoais sobre a história da mulher em Rotary. “Hoje é o Dia da Mulher, mas temos de nos lembrar que o dia 11 de fevereiro foi uma data, que é capaz de ter sido mais importante do que a de hoje, porque foi nesse dia, em 2015, que a ONU estabeleceu como sendo Dia Internacional das Mulheres e das Meninas na Ciência. Para mim, e eu penso que será para todos, a ciência e o saber são essenciais, porque se nós não tivermos conhecimento, não tivermos formação, não avançamos. Portanto, é essencial todos termos acesso ao ensino”.

Neste seguimento, a palestrante destacou alguns tópicos relevantes relacionados com a história dos direitos e da admissão das mulheres no Rotary.

Sublinhando, também, que “a mulher é diferente do homem, a anatomia é diferente, mas é muito mais harmoniosa, é muito mais bonita (…). As mulheres têm uma visão diferente do mundo, têm uma sensibilidade diferente e resolvem as coisas de uma maneira distinta do homem. Ora, toda esta diversidade enriquece o mundo e enriquece o movimento, daí, o Rotary, ao admitir mulheres, tornou-se melhor, não só com mais pessoas a trabalhar para a paz, mas porque tem maior diversidade e tornou-se um movimento mais rico”, Manuela Rocha adiantou, ainda, que “as mulheres continuam a lutar pelos mesmos direitos e as mesmas oportunidades. As mulheres não querem passar por cima dos homens, as mulheres não querem passar à frente dos homens, querem é ter a hipótese de terem as mesmas oportunidades, os mesmos trabalhos, as mesmas coisas, desde que sejam qualificadas. Isso é uma questão essencial”.

O jantar-palestra terminou com uma salva de palmas em homenagem a todas as mulheres e um momento no qual Margarida Marques agraciou as companheiras presentes com uma pequena lembrança, que representa “o meu maior agradecimento às mulheres, pela força e coragem com que fazem girar o mundo. Este é um reconhecimento sincero pelo trabalho e desempenho de todas, e de cada uma de vós, no movimento, seja como membro efetivo, quer por como cônjuge, ou até como voluntária no serviço. Este pedacinho de prata, no qual as mulheres estão a dançar sobre o mundo é isso mesmo, um reconhecimento pelo trabalho das mulheres no movimento e um desafio, para fazerem sempre mais e melhor. Um agradecimento por acreditarem em Rotary. (…) Mulheres de coragem, mulheres amigas, mulheres companheiras, mulheres que carregando o mundo nos ombros, continuam a espalhar sorrisos e alegria. Obrigada”.