PAULA ANDRADE ELOGIA EMPRESAS AÇORIANAS NA LABUTA “CONTRA” A COVID-19

A Diretora Regional do Emprego e Qualificação Profissional, Paula Andrade, visitou a Garcez e Santos – Fábrica de Iogurtes Yoçor, para “verificar ‘in loco’ o resultado das medidas criadas pelo Governo dos Açores” no contexto da pandemia.

 

 

A Yoçor foi uma das empresas que se candidatou às medidas criadas pelo Governo dos Açores, consequência da COVID-19. Numa primeira instância, a fábrica de iogurtes ribeiragrandense beneficiou do ‘layoff’ e, depois, aderiu ao Incentivo Regional à Normalização da atividade Empresarial (IRNAE).

“Viemos verificar ‘in loco’ o resultado das medidas criadas pelo Governo dos Açores” nesta empresa em particular, tendo verificado que “é uma empresa que está em fase de crescimento e que, efetivamente, aproveitou este contexto de crise para se reorganizar, reestruturar e inovar”, disse Paula Andrade, em declarações ao AUDIÊNCIA no final da visita, algo que o diretor da empresa, Hugo Garcez Coelho, confirmou: “a pandemia afetou-nos, mas acho que nos aproveitámos desta situação para repensar a nossa atuação em termos de organização e também na forma como apresentamos alguns artigos”.

As medidas criadas pelo Governo Regional dos Açores têm como objetivo ajudar as empresas na manutenção de emprego, o que contribui para o “desenvolvimento económico da Região”, sendo este uma das principais preocupações do Governo “principalmente neste contexto”.

“Como saiu recentemente nos dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), continuamos a ser a única região no país a descer em termos de desemprego, e isto deve-se a empresários como o caso aqui presente e outros da Região que têm acreditado nas medidas do Governo dos Açores”, sublinhou a governante.

Os dados divulgados pelo IEFP relativos a julho colocam os Açores como única região do país a registar uma descida do desemprego face ao período homólogo. De acordo com estes dados, os Açores registaram uma redução do desemprego de menos 1,4% em julho de 2020 relativamente ao mesmo mês de 2019, o que representa menos 101 desempregados.

A Diretora Regional frisou que “as medidas extraordinárias têm demonstrado um resultado: estão a convergir não só para manter-se o nível de desemprego baixo, mas também para manter estabilidade económica e social da Região” e para tal, “o Governo dos Açores está sempre atento e a tentar criar todas as medidas que venham promover a competitividade das empresas e a garantir a sua estabilidade económica e, como é óbvio, por consequência o emprego”, realçou Paula Andrade.

 

 A realidade da Yoçor na atualidade

Houve empresas que souberam aproveitar o lado negativo do confinamento e da pandemia para se reinventarem ou explorarem outro lado do negócio que, por falta de tempo, não teria sido explorado.

“Quando o trabalho era bastante significativo em esforço da parte dos nossos recursos humanos, tínhamos de estar a esforçar-nos para o crescimento da empresa. Quando a pandemia surge há algum abrandamento por algumas razões: pela redução do consumo em algumas áreas específicas tanto geográficas como de atuação, como é o caso da hotelaria e da restauração.”, explicou ao AUDIÊNCIA Hugo Garcez Coelho.

Ainda que a empresa tenha recorrido ao ‘layoff’ durante um mês nas “áreas de serviços”, toda a equipa soube readaptar-se. O facto, segundo disse o diretor da empresa, é que se pelo lado negativo os recursos humanos foram reduzidos, por outro foram também usados em “investigação e desenvolvimento”. Assim, “os nossos departamentos técnicos acabaram por conseguir melhorar o produto em si e melhorar em termos de organização na departamentação da empresa no nosso crescimento” o que vai surgir “sem qualquer dúvida”.

Segundo Hugo Garcez Coelho, “mesmo que surja uma crise, a realidade é que temos a perspetiva de um crescimento sustentado, até porque temos a plena noção temos capacidade para crescer porque é um produto de primeira necessidade”.

Ainda que para algumas empresas açorianas o futuro não seja o mais promissor, o diretor da Yoçor mostra-se confiante no futuro, afirmando que “voltámos em força” e que não contam voltar a utilizar o ‘layoff’ nos próximos tempos e “esperemos que nunca”.