A tomada de posse dos órgãos sociais do Orfeão de Valadares para o biénio 2023/2024 teve lugar na sede da coletividade, no passado dia 5 de janeiro. Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, foi uma das muitas presenças na simbólica cerimónia e deixou, no ar, o compromisso da autarquia em adquirir um terreno adjacente ao edifício da coletividade, para construir um equipamento de fruição pública.
A cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais do Orfeão de Valadares para o biénio 2023/2024 decorreu no passado dia 5 de janeiro, na sede da coletividade. Valentina Ricon Peres, mais conhecida por Tilú, vai continuar a liderar os destinos da instituição nos próximos dois anos e garantiu às forças políticas presentes que vai continuar a pedir mais e melhor para o Orfeão.
A sessão contou com a presença de diversas individualidades, entre as quais, Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Paula Carvalhal, vereadora da mesma autarquia, Alcino Lopes, presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares, Joaquim Rocha, presidente da Assembleia das freguesias em questão, Paulo Rodrigues, presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, entre inúmeros representantes civis e militares.
Teresa Lopes, reeleita presidente da Mesa da Assembleia do Orfeão de Valadares, foi quem inaugurou as intervenções, lembrando que já pertence aos órgãos sociais da coletividade há 20 anos. “Este é, talvez, o ano em que mais tenho prazer e gosto de estar a dar posse a estes órgãos sociais, porque foi um ano bastante conturbado, mas como já tive oportunidade de dizer «os cães ladram e a caravana passa», portanto, nós temos de pensar sempre em algo maior, que é a nossa vontade de servir, de ser solidário e de fazer algo que fique, depois, na nossa história”, referiu, sobre o quase afastamento de Tilú. “Não somos uma associação grande, mas somos uma grande associação, somos gente de bem”, terminou afirmando que são “verdadeiramente, uma família”.
Por sua vez, a reeleita presidente da Direção, referiu que estava de “coração cheio, porque acho que tenho a sala cheia de amigos”. “Quando estamos em algo que é uma entrega voluntária e desnegada de tudo, somos bastante criticados, por fazer, por não fazer, somos criticados só porque sim e isto, ao fim de um certo tempo, cria alguma mazela e cheguei a um ponto em que estava quase a sair, mas pronto, realmente, temos de mostrar que fazemos o que gostamos, da forma como sabemos fazer, (…) fazemos o melhor que podemos por esta coletividade”, disse, em desabafo, Tilú Ricon Peres.
Além disso, aproveitou também para agradecer a presença de tantas associações vizinhas. “Quanto mais unidos estivermos, mais fortes somos, portanto, agradeço a relação que se tem construído”, aludiu. Ao presidente da União de freguesias agradeceu o apoio e os ensinamentos, brincando, inclusive, que metade do piano do Orfeão é dele. “Pode ter uma certeza: neste biénio, eu vou continuar a pedir”, brincou, dirigindo-se ao autarca.
A líder dos destinos da coletividade ainda enalteceu o papel da autarquia, nas pessoas dos vereadores Paula Carvalhal e Elísio Pinto, “que mesmo não podendo estar presente, fez questão de me ligar hoje”, referindo, também, Eduardo Vítor Rodrigues, lembrando que “nunca tive um presidente da Câmara tão disponível, com uma entrega e com uma vontade de que as coisas se façam e que, realmente, realizasse sonhos”, lembrando que foi graças a ele que as obras no edifício aconteceram e que a outra metade do piano, é dele. Por fim, dirigiu-se, também a Patrocínio Azevedo, agradecendo o facto de “ser uma pessoa de proximidade, sempre disponível”, garantindo, também a ele, que vai continuar a pedir mais. “Há uma coisa que o Orfeão tem vindo a pedir à Câmara, que é o terreno aqui do lado, não na totalidade, mas uma parte”, recordando que a intenção é construir “um parque de estacionamento”, acrescentando que esse equipamento seria “sem dúvida, uma mais-valia para o Orfeão, é a cereja que nos falta”.
Alcino Lopes, presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares, também se manifestou. Recordou os tempos de juventude, passados pela zona do Orfeão e quando “nem todos entravam aqui”, felicitando as diferentes direções que a transformaram no que é. “Agora esta sala é de todos, na altura era de meia dúzia”, sublinhou. Relembrou, com carinho, a história do piano e de como, quando disse a Eduardo Vítor Rodrigues que ia oferecê-lo ao Orfeão, ele se prontificou a pagar metade, por saber o que isso significava, em termos de investimento, para a Junta.
Seguidamente, Joaquim Rocha, presidente da Assembleia da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares, também deixou os seus cumprimentos e desejou “continuação de sucessos” ao Orfeão.
Por sua vez, Patrocínio Azevedo, deu uma palavra de alento aos novos órgãos sociais, felicitando a capacidade que Valadares e as suas instituições têm de trabalhar em rede e recordando que o investimento da Câmara no edifício foi um sinal para a comunidade. “Em vez de fazermos uma rua, preferimos fazer uma obra destas, para promover a cultura, as artes, para promover o bem-estar das pessoas e para dar um sinal de que estas coletividades não podem morrer”, esclareceu.
Mas, do seu discurso, salientou-se, sem dúvida, o compromisso da Câmara para o futuro. “O Orfeão está num sítio estratégico, muito perto do Cineteatro Eduardo Brazão, muito perto da estação e é, aqui, um elemento fundamental para aquilo que nós queremos, como um processo de reabilitação de toda esta zona”, afirmou, comunicando que o processo de aquisição de parte do terreno, referido por Tilú, há muito tinha começado, mas, agora, mudou de cenário, uma vez que a Câmara decidiu ter a sua aquisição total, numa proposta de 250 mil euros. “Vamos construir, não um parque de estacionamento, mas um espaço de lazer e de fruição pública, que pode ter carros. Não é um estacionamento que pode ter pessoas, é uma praça para pessoas, que pode ter carros, com pilares automáticos para, em horas que não são de espetáculo ou entrada e saída, estarem fechados, para não ser transformado num parque, para quem vai para o comboio”, explicou, lembrando que estes processos passam por muitas burocracias e, por isso, às vezes demoram mais do que toda a gente gostaria.
Terminou o seu discurso deixando uma palavra a Paulo Rodrigues, presidente da Federação das Coletividades de Vila Nova de Gaia, porque “faz um trabalho fantástico, que, às vezes, não é valorizado devidamente, que é esta ligação, da rede, de todas as coletividades e instituições de Gaia, e fá-lo de forma notória”.
Por fim, foi Paula Carvalhal quem falou, sublinhando que “Vila Nova de Gaia tem mais de 300 instituições culturais, recreativas e desportivas, por isso, imaginem a força do movimento associativo e deste trabalho de rede”. No entanto, o discurso da vereadora responsável pelo pelouro da Cultura centrou-se na questão do acesso à mesma e do seu incentivo, desde a juventude, salientando que a Câmara trabalha para isso, uma vez que incluiu “no Gaia Aprende +, um conjunto de atividades culturais, desde teatrais, artes plásticas, música”. Para finalizar a sua intervenção, recordou o papel de instituições como o Orfeão, que “são a génese de grandes artistas que, hoje, têm nome, não só a nível nacional, como internacional”.
Órgãos Sociais para o biénio 2023/2024
Mesa da Assembleia Geral
Presidente – Teresa Lopes
Vice-presidente – Carlos Moreira
1º Secretário – Manuel Moreira
2º Secretário – António da Silva
Conselho Fiscal
Presidente – Joaquim Flores
Secretário – Edgar Rei
Relator – José Rocha
Direção
Presidente – Valentina Ricon Peres
Vice-presidente – Sofia Ramos
1º Secretário – Ramiro Conde
2º Secretário – Joaquim Cardoso
Tesoureiro – João Branco
1º Vogal – António Sousa
2º Vogal – Manuel Valente