PPM CRITICA FEDERAÇÃO DAS PESCAS DOS AÇORES E EXIGE ESCLARECIMENTOS AO GOVERNO REGIONAL

O Partido Popular Monárquico (PPM) lançou, no passado dia 28 de março, duras críticas à Federação das Pescas dos Açores (FPA), acusando a entidade de rejeitar o escrutínio público, agir com incoerência e desrespeitar a democracia. Em comunicado, assinado por Paulo Margato, coordenador do partido na Ilha do Corvo, o PPM respondeu às declarações da Federação emitidas no dia 27 de março, classificando-as como “ataques pessoais” e “vitimismo institucional”.

Segundo o PPM, a Federação tem demonstrado um comportamento cada vez mais distante da sua missão de representar os pescadores açorianos, transformando-se num “braço político de conveniência”. O partido aponta ainda o que considera ser uma contradição flagrante por parte da direção atual da FPA: criticar a gestão passada do setor das pescas, quando o atual presidente da Federação integrava a mesma estrutura enquanto vice-presidente.

O comunicado do PPM vai além da crítica política e institucional, levantando uma série de questões formais ao Governo Regional dos Açores. Em requerimento parlamentar já entregue, o partido solicita esclarecimentos sobre os montantes recebidos pela Federação nos últimos dez anos, os critérios de atribuição desses apoios, os mecanismos de controlo financeiro, a estrutura remuneratória da direção e os contributos efetivos da FPA para a melhoria da gestão das pescas na região.

No documento, o partido acusou ainda a Federação de tentar silenciar a crítica legítima de um deputado regional do partido, tratando-o com “linguagem inadequada” e tentando intimidar o seu trabalho parlamentar. “A facilidade com que ignora o decoro institucional (…) diz mais sobre a Federação do que sobre o deputado em causa”, sublinhou o texto.

Segundo Paulo Margato, o PPM reafirma o seu compromisso com todos os pescadores das nove ilhas, defendendo igualdade de oportunidades e maior transparência na representação do setor. “Nos Açores, não pode haver intocáveis. Nem na política, nem nas pescas”, concluiu o coordenador do partido na Ilha do Corvo.

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