“RECICLE MAIS, PAGUE MENOS” FOI O MOTE LANÇADO PELA MAIAMBIENTE

O Auditório do Tecmaia foi palco da 1ª Conferência “Recicle Mais, Pague Menos”, promovida pela Maiambiente, que decorreu no passado dia 4 de maio e contou com a presença de António Silva Tiago, presidente da Câmara Municipal da Maia, e de um painel conceituado de especialistas nacionais e internacionais, assim como uma plateia de mais de 200 técnicos e decisores do setor da gestão de resíduos.

Durante a manhã, foi apresentado, com detalhe, o caso da Maia e debatidos diferentes exemplos de implementação de sistemas Pay-As-You-Throw, que fundamentam o preço na porção de resíduos produzidos por cada cidadão e visam promover e incentivar a separação correta e a redução da produção de resíduos. Para encerrar os trabalhos, Jean Benoit, representante da ACR+, apresentou os fundamentos e constrangimentos na aplicação de soluções PAYT, assim como os principais casos de sucesso na europa.

Por conseguinte, a sessão da tarde iniciou-se com a partilha de Josep Maria Tost, ex-diretor da Agència de Residus de Catalunya, que salientou o caso da região, reforçando a importância de existir, também, financiamento e aposta na literacia ambiental, pois “só assim se terá bons resultados”.

A conferência terminou com uma sessão que levou ao palco representantes da Lipor, ECOSERVIÇOS, APA, ERSAR, CCDRn e Sociedade Ponto Verde, para debaterem o futuro do setor. Neste painel, ficou evidente que os objetivos e metas previstos no PERSU 2030 – Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos, são um enorme desafio, num país com grandes diferenças e fragilidades.

Marta Peneda, presidente do Conselho de Administração da Maiambiente, encerrou a conferência afirmando que “implementar o «Recicle Mais, Pague Menos», não foi fácil. Além da imprescindível coragem política, custou trabalho, conhecimento, tecnologia, tempo e muito dinheiro. E é este modelo que quisemos com todos partilhar e discutir, sobretudo pela diferença que aporta em relação a outros que, também, aqui foram apresentados. Nem melhores, nem piores que o nosso. Porventura, e com certeza, diferentes, como são diferentes as realidades de cada concelho, de cada geografia e de cada comunidade. (…) Entendemos por bem discutir o futuro do setor, numa iniciativa que não é muito comum, em Portugal”.