Depois do natural triunfo que averbou na prova “Rainha” do seu clube de origem (a Regata Poveira de S. Pedro) o velejador matosinhense Serafim Gonçalves, há cerca de duas décadas ininterruptas a representar a centenária colectividade da Póvoa de Varzim, voltou a competir na Comunidade Autónoma da Galiza, conseguindo um excelente segundo lugar na tradicional Regata Rio do Ferrol (XIV), após excelente despique com o anfitrião Breogan Otero, que a competir em “casa”, não deu chances no evento organizado pelo Grupo Basan.
Com efeito, apesar do empenho dos concorrentes mais credenciados da antiga classe “Laser standard”, de entre os catorze velejadores envolvidos no evento, o velejador da “casa” não deixou os seus créditos por intenções alheias e acabou por se sagrar vencedor com todo o mérito e naturalidade, ainda que a impossibilidade do programa agendado não tenha sido totalmente cumprido, por via da tradicional falta de vento, talvez pudesse originar algumas diferenças, mas sem condicionar a postura dos velejadores mais credenciados. Assim sendo, o triunfo de Breogan Otero não sofre a menor discussão, já que o velejador anfitrião acabou por se impor categoricamente do principio ao fim (com 3 pontos), para terminar como vencedor claro, após ter imposto um ritmo vitorioso nas três regatas que foi possível concluir, de forma a terminar destacado no primeiro patamar do pódio com uma pontuação “imaculada”, ou seja, com domínio absoluto. Por outro lado, Serafim Gonçalves não esteve mal; foi segundo classificado na duas primeiras regatas e terceiro na do fecho, para ficar num confortável segundo lugar, numa não menos confortável posição em relação ao terceiro classificado, o galego Luís Inaraja, do Náutico de Castrelo Miño, que ficou a três pontos do velejador português (10 contra 7).
Mas à margem da Regata do Ferrol, Serafim Gonçalves já tem na agenda nova competição em águas galegas (melhor dito, luso-galegas), que envolverá o velejador do Naval Povoense cuja participação é dada como certa no próximo Cruzeiro do Rio Minho, cuja organização será da responsabilidade da colectividade galega Clube Alagua, com sede bem perto daquela zona “ribeirinha” do rio Minho, para voltar a competir logo no dia seguinte na Costa Nova, no Municipio de Ilhavo.