À falta de competição nas águas portuguesas, motivada pela longa paragem provocada pela Pandemia, a região da Comunidade Autónoma da Galiza tem assumido, ultimamente, o papel de refúgio preferencial do “laserista” Serafim Gonçalves, o velejador português que há cerca de duas décadas ininterruptas vem representando o Clube Naval Povoense (Póvoa de Varzim). Porém, na mais recente competição em que esteve envolvido – “Semana del Atlântico”, pontuável para o Campeonato de Espanha, que o Real Clube Náutico de Vigo levou a cabo nas águas de Baiona, na região de Vigo, não foi além do sétimo lugar. No entanto, no final do evento, o único velejador português em prova (já se tornou um hábito) foi algo de uma saudação especial, da parte dos restantes concorrentes (cerca de duas dezenas), por via da sua condição de aniversariante ocorrida nesse mesmo dia. Por via disso, Serafim Gonçalves, ligado à modalidade desde os nove anos, será enquadrado a partir do início de 2022, na categoria “Gran Masters”, cujo escalão etário engloba os praticantes a partir dos 55 anos de idade.
De salientar que, na presente época, o velejador nascido no Sport Clube do Porto, com secção instalada em Leça da Palmeira, tem competido somente na Galiza, sobretudo no período pós-pandemia, uma vez que entre nós, em termos competitivos, a modalidade tem estado inactiva. Por isso, o evento de Baiona, que teve como vencedor o anfitrião Nicolas Gomez, seguido de Roque Viejo (Clube Marítimo de Oza), Miguel Reboreda (Marítimo de Portosin) e José Rey, do Ferrol, foi interpretado por velejadores e dirigentes ligados à competição, como acontecimento pleno de anormalidade, em virtude do reduzido número de regatas que foi possível disputar, apenas uma, devido à inexistência de vento, que inviabilizou a realização das restantes cinco, originando um facto de que não há memória.
De salientar que, de 11 a 20 do próximo mês de Novembro, decorrerá em Barcelona, o Campeonato Mundial, para cujo evento Serafim Gonçalves tem já presença assegurada.