O Auditório Infante D. Henrique, da APDL, em Leça da Palmeira, foi palco do debate sobre os “Desafios da Segurança Interna para o Distrito do Porto”, promovido pela Distrital do Porto do PSD, que contou com a presença de elementos dos sindicatos da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), Hugo Costeira, presidente do Observatório da Segurança Interna, e Paulo Cunha, vice-presidente da Nacional do PSD.
Na ocasião, Sérgio Humberto, presidente da Distrital do Porto do PSD, asseverou que o distrito “assiste ao desmantelamento das forças de segurança”, nomeadamente da PSP e GNR, garantindo que o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, “não faz nada, não tem poder político, não tem poder de persuasão, não tem poder de influência, mas, sobretudo, não tem coragem para tomar medidas”.
Denunciando a falta de medidas por parte do Governo, o dirigente social-democrata ressaltou que há um aumento da perceção de insegurança no Porto. “Temos menos pessoas e as pessoas que temos ou estão a fazer serviços administrativos, ou estão de baixa por questões de saúde mental. Não existe um apoio efetivo daquilo que é o Estado central às forças de segurança”, reiterou.
Por conseguinte, o presidente da Distrital do Porto do PSD acusou, ainda, o Governo, de “assobiar para o lado neste tema, não querem saber. Isto é uma infelicidade para Portugal”, evidenciando a falta de condições e de equipamentos com que as forças policiais se deparam no dia a dia.
Segundo Sérgio Humberto, os projetos de resolução consequentes deste debate serão, posteriormente, apresentados à Assembleia da República, pelos deputados social-democratas, eleitos pelo círculo do Porto, porque “urge recompensar os agentes de segurança pública, tanto a nível remuneratório, como do ponto de vista de condições de trabalho”.