TAP, A HISTÓRIA DE UMA COMPANHIA AÉREA FALIDA

Deveria chegar a uma altura em que notícias semelhantes às da imagem acima gerariam revolta. Mas não, não há revolta popular, apenas shoppings cheios e consciências adormecidas.

O dinheiro é um recurso gerado pela população geral. Este recurso (na minha opinião) deve ser gerido com conta, peso e medida; mas acima de tudo — Respeito por todos os contribuintes.

Não há mal nenhum em injetar capital em empresas público-privadas que por um percalço ou fator externo incontrolável, como um desastre natural por exemplo, vejam a sua rentabilidade reduzida. Porém este não é o caso da TAP. A TAP entre 2008 e 2018 acumulou prejuízos de 800M €. Em 2019 foram 106M€. Convém realçar ainda que durante estes longos períodos de prejuízos a TAP ainda pagou prémios a vários colaboradores. Algo contranatura.

Estes números evidenciam (novamente na minha opinião) indícios claros de que a empresa não é rentável e cuja única forma de sobrevivência chega através de capital público, sem reestruturação profunda à vista.

Habituem-se a ler estas notícias, porque sem mudanças profundas irão continuar, mas deixem-me avisá-los desde já que não são, de todo, economicamente normais. Esta é apenas uma “liberdade” tomada pela classe política para resolver este tipo de problemas. Método esse que foi aprimorado durante a grave crise de 2008 em que foram utilizados recursos públicos para resgatar bancos falidos.

Urge encontrar uma solução rápida para a TAP, mas a solução de usar o dinheiro dos contribuintes deve ser riscada logo à partida.