Com um novo ano, abre-se a “caixa de correio” para a receção dos textos dos potenciais candidatos aos prémios em disputa no concurso de contos “Um Caso Policial em Gaia” que já tenham os seus originais concluídos. Entretanto, prossegue o torneio de decifração “Solução à Vista!”, com a solução oficial da prova nº. 6 e as pontuações alcançadas pelos nossos “detetives”:
TORNEIO “SOLUÇÃO À VISTA!”
Solução da Prova nº. 6
“Crime Leaks”, de Daniel Falcão
Na opinião de Gustavo Santos, estava-se perante um crime passional. Mais um casal desavindo cuja relação teria terminado, com Alexandre Miguel Duarte a assassinar Manuel José Carvalho.
Possivelmente, tudo teria começado com mais uma discussão, com ameaças mútuas, em que o homicida ao ser ameaçado pelo companheiro com a espátula que ele segurava na mão, poderia ter agarrado no pisa-papéis e desferido o golpe fatal. Ou, talvez, quem sabe, com o homicida a agarrar no pisa-papéis para ameaçar o companheiro, este tenha pegado na espátula para se defender, mas infrutiferamente.
Seja como for, o resultado estava à vista: Manuel José Carvalho morrera em resultado do golpe que apresentava na cabeça. Mas ainda viria a recuperar a consciência. O tempo suficiente para, aproveitando a espátula que ainda segurava na mão, deixar uma mensagem para os investigadores policiais, acusando o companheiro.
O homicida, por seu lado, ao ver o companheiro inanimado no chão e parecendo-lhe que este estava sem pulsação, apressou-se para sair, como se nada tivesse acontecido, ao encontro dos amigos que o esperavam. Seria este o seu álibi.
Pouco passava da meia-noite quando Alexandre Miguel Duarte regressou a casa. Assim que entrou em casa, dirigiu-se ao escritório. Lá estava Manuel José Carvalho, no mesmo local onde caíra horas antes. Aproximou-se e viu os rabiscos no soalho. Parecia ser um número com três algarismos: 942. Pensou um pouco e, inteligente como era, percebeu que se tratava de algo que o incriminava.
O que fazer? Deve ter pensado. Lembrou-se então de percorrer o arquivo de clientes, onde encontrou o nome de dois clientes que o podiam ajudar a, pelo menos, confundir os investigadores: Francisco João Sá e Isidro Diogo Baganha. Tudo iria depender de como seria interpretado aquele 942.
Se, por um lado, 942 fosse interpretado como o número de letras de cada nome do homicida, as suspeitas recairiam sobre Francisco João Sá: Francisco = 9 letras, João = 4 letras e Sá = 2 letras.
Por outro, se 942 fosse interpretado como a posição no alfabeto da primeira letra de cada nome do homicida, as suspeitas recairiam sobre Isidro Diogo Baganha: Isidro = I na 9ª posição, Diogo = D na 4ª posição e Baganha = B na 2ª posição.
A esperança de Alexandre Miguel Duarte era que os investigadores, perante estas duas possibilidades, não se lembrassem das notícias que, quase diariamente, surgiam nos meios de comunicação social: o protesto dos professores com o slogan 942 = 9 anos, 4 meses e 2 dias; o tempo de serviço que pretendiam recuperar.
Pois, se tal acontecesse, perceberiam que o 942 significava o número de anos, de meses e de dias, e que as primeiras letras de cada uma destas palavras correspondiam às primeiras letras de cada um dos seus nomes: Alexandre = A de anos, Miguel = M de meses e Duarte = D de dias.
Pontuação/Classificação (após a 6ª. Prova)
Eram três as interpretações possíveis dos algarismos (942) deixados pela vítima no soalho do escritório, mas a esmagadora maioria dos nossos “detetives” apenas indicou uma ou duas e não descortinou o autor do homicídio. Os mais atentos, ou menos apressados na leitura, foram mais além e resolveram com sucesso o enigma assinado por Daniel Falcão. E assim vai a classificação geral:
1ºs. Búfalos Associados (61+13) e Detetive Jeremias (62+12): 74 pontos;
3ºs. Inspetor Moscardo (52+10) e Tempicos & Tempicas (51+11): 62 pontos;
5º. Ego (51+9): 60 pontos;
6ºs. Rigor Mortis (50+9) e Zé de Mafamude (49+10): 59 pontos;
8º. Ma(r)ta Hari (48+9): 57 pontos;
9ºs. Donanfer II (48+8) e Inspetor Mucaba (48+8): 56 pontos;
11ºs. Bernie Leceiro (46+8) e Carlota Joaquina (46+8): 54 pontos;
13ºs. Bota Abaixo (43+8), Detetive Bruno (42+9), Holmes (44+7), Mancha Negra (44+7), Mosca (43+8), Necas (42+9) e Pena Cova (43+8): 51 pontos;
20ºs. Chico da Afurada (42+8), Detetive Vasoff (42+8), Dragão de Santo Ovídio (41+9), Haka Crimes (42+8), Mascarilha (43+7) e Príncipe da Madalena (42+8): 50 pontos;
26ºs. Charadista (43+6), Faina do Mar (42+7), Inspetor Guimarães (41+8), Inspetor Madeira (42+7), Martelo (43+6) e Talismã (42+7): 49 pontos;
32ºs. Beira Rio (40+8), Inspetor Mostarda (41+7) e Tó Fadista (41+7): 48 pontos;
35ºs. Amiga Rola (40+7), Broa de Avintes (40+7) e Vitinho (39+8): 47 pontos;
38ºs. Arc. Anjo (40+6), Santinho da Ladeira (38+8) e Solidário (39+6): 46 pontos;
41ºs. Agata Cristas (39+6), Pequeno Simão (39+6): 45 pontos;
43ºs. Abrótea (40+0) e O Madeirense (30+10): 40 pontos;
45ºs. Moura Encantada (28+9) e Oluap Snitram (28+9): 37 pontos;
47º. Airam Semog (26+0): 26 pontos.
CONCURSO “MÃOS À ESCRITA!”
As avaliações feitas pelos solucionistas em prova e pelo orientador da secção ao enigma “…E Também não é uma Cebola” de Búfalos Associados, resultaram na seguinte pontuação média final: 8,30 pontos. Desta forma, quando ainda são apenas conhecidas as pontuações atribuídas a cinco dos nove enigmas a concurso, a tabela classificativa está assim ordenada:
1º. “Whisky Fatal”, de Rigor Mortis: 8,40 pontos;
2º. “…E Também não é uma Cebola”, de Búfalos Associados: 8,30 pontos;
3º. “O Caso do Capitão Venâncio”, de A. Raposo: 8,20;
4º. “O Estranho Caso da Falsa Mobilidade”, de Bigode: 7,60 pontos;
5º. “Abílio Vai à Bola”, de Daniel Gomes: 6,20 pontos.