A Festa do Caneco voltou, no passado dia 6 de junho, ao Complexo Desportivo de Pedroso, local que foi palco deste evento até ao passado dia 11 de junho. Esta iniciativa, que foi idealizada pela União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, reuniu mais de 30 coletividades num evento, que aliou artistas locais e nacionais à boa gastronomia, com o intuito de promover e divulgar as instituições deste território, as tradições e as suas gentes.
O Complexo Desportivo de Pedroso voltou a ser palco da Festa do Caneco, uma iniciativa idealizada pela União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo que, entre os passados dias 6 e 11 de junho, voltou a atrair milhares de pessoas.
No dia de abertura do recinto, a população teve a oportunidade de assistir ao espetáculo musical da banda “Os Solitários”. Já, no dia 7 de junho, foi a vez de Bandaneia subir ao palco, depois da atuação da escola Let’s Dance, da Associação Musical de Pedroso.
No dia 8, a animação começou, pela manhã, com o Passeio de Carros Clássicos e Antigos, que antecedeu a abertura do recinto, continuando durante a tarde com o Torneio de Malha e Sueca e com o Encontro de Clubes de Kickboxing, tendo terminado à noite com o concerto do grupo Tekos. No dia seguinte, aconteceu a primeira edição da Noite Branca, que foi animada pelos DJ’s The Fucking Bastards e Miss Bliss.
Neste seguimento, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, a festa começou às 15 horas com a iniciativa “Pedroso a Mexer”, protagonizada pelo ginásio Madu Gym, prosseguindo, à noite, com uma aula de zumba com a professora Marta Sá, que antecedeu a atuação dos Instrumentos Musicais da Academia Sénior de Pedroso e Seixezelo. Posteriormente, foi a vez de Fernando Rocha subir ao palco e roubar gargalhadas à plateia, sucedendo-se o momento musical protagonizado pelo DJ Manassas.
O último dia do evento começou com a iniciativa “Cicloturismo Solidário”, continuando à tarde com a Final do Torneio de Malha e Sueca, o Concurso de Sobremesas, o espetáculo de hip-hop da ANSE e a performance do Grupo Coral da Academia Sénior de Pedroso e Seixezelo. Assim, a Festa do Caneco terminou com a atuação do artista José Pereira.
Os momentos culturais, musicais e dançantes animaram, durante seis dias, a plateia, porém as barraquinhas também foram um dos pontos altos desta iniciativa, uma vez que atraíram milhares de pessoas. “Este evento foi criado, em 2014, com o intuito de promover um encontro gastronómico, mas claramente priorizando as coletividades. Nós tivemos aqui cerca de 36 ou 37 barracas, das quais 30 serão, certamente, de instituições e foi com este objetivo que esta festa surgiu e é com esta visão que irá continuar até, pelo menos, 2025”, revelou Filipe Silva Lopes, presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, explicando que “a condição para os particulares estarem presentes é venderem produtos que as associações não disponibilizam. Ter barraquinhas é o que faz a diferença em qualquer festival e, depois, há o bairrismo, que faz com que o recinto esteja sempre cheio, o que é bastante bom para todos”.
Assim, a oitava edição da Festa do Caneco voltou a contar com a barraquinha permanente da Junta, onde estiveram presentes os membros do executivo e os funcionários da autarquia, assim como com a oferta do Caneco Bus, uma iniciativa criada pela edilidade, que à semelhança dos certames anteriores, teve muita adesão, uma vez que, segundo o autarca, permite que as pessoas se desloquem mais facilmente para o recinto, evitando, nomeadamente, os constrangimentos relacionados com a questão do estacionamento.
A grande novidade do certame foi a primeira edição da Noite Branca, uma iniciativa que se ia concretizar em 2020, mas, de acordo com o edil, “entretanto, surgiu a pandemia e foi impossível”. “2022 foi o ano de reatarmos todos os eventos e tínhamos de estar focados nisso, porque apesar de a máquina estar oleada e preparada para as iniciativas programadas, foram dois anos sem essa dinâmica e sentimos a necessidade nos concentrarmos nisso. Este ano, foi possível e a ideia era realizarmos a Noite Branca num evento autónomo, mas como tínhamos toda a estrutura montada e toda esta dinâmica, quisemos perceber a adesão das pessoas e se tinham a cultura deste evento e tiveram, por isso vamos pensar se, em 2024, voltamos a inserir o evento na Festa do Caneco, ou se tem pernas para andar sozinho e criar a sua própria dinâmica”, sublinhou Filipe Silva Lopes.
Assegurando que foi “uma tremenda edição”, o presidente da União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo fez um balanço muito positivo da iniciativa, ressaltando que “correu muitíssimo bem. Este ano, houve o risco do nosso padroeiro, São Pedro, não colaborar, mas, mais uma vez, eu diria que nos apoiou. Na terça-feira [6 de junho], choveu no final do dia, na quarta a mesma coisa, por isso, não condicionou muito as pessoas que estavam cá. Já, na quinta-feira [8 de junho] efetivamente choveu imenso, mas o facto de ter visto que, mesmo assim, as pessoas estavam bem-dispostas, a rir, a saltar e a dançar, demonstra que este evento foi um passo conquistado e ganho. É a festa da freguesia e isso viu-se pela moldura humana que esteve presente, o que foi brutal para nós, Junta de Freguesia, e para as coletividades, que trabalharam imenso nestes seis dias, para angariarem receitas para as despesas que têm durante o ano. Em alguns dias, contabilizamos 15 mil pessoas, por isso, no fundo, foi espetacular para todos nós vivenciar estes momentos”.
Radiante e a pensar no futuro, Filipe Silva Lopes não escondeu a ânsia de continuar a inovar. “Temos de pensar em fazer algo diferente, porque se, ano após ano, mantivermos a mesma dinâmica e o mesmo perfil, as coisas esgotam-se, porque esta é uma festa como tantas outras que se fazem em Vila Nova de Gaia e para termos esta adesão e todo este envolvimento, temos de oferecer algo diferenciador, que faça com que as pessoas queiram vir ao Caneco e acho que é isso o que temos conseguido, graças às coletividades, aos funcionários da Junta e ao meu executivo, mas também às empresas que, fruto da confiança que fomos demonstrando nestes quase 10 anos de trabalho à frente da Junta de Freguesia, financiam, praticamente, o cartaz e, depois, com o apoio da Câmara Municipal de Gaia conseguimos criar toda a moldura humana que se viu aqui”.