A Festa em honra do Senhor da Pedra decorreu de 25 a 28 de maio, na Alameda. No último dia do evento, uma multidão assistiu à tradicional procissão, um reflexo do interesse da população em reviver, num momento de fé e religiosidade, um passado cheio de tradições. Promovida pela Confraria do Senhor da Pedra, esta romaria contou com a presença de Alcino Lopes, presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares, e Dário Silva, vereador da Câmara Municipal de Gaia, entre representantes de entidades civis e militares.
A Romaria do Senhor da Pedra foi organizada pela Confraria do Senhor da Pedra, em parceria com a União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares e a Câmara Municipal de Gaia e começou no dia 25 de maio, com a atuação do Rancho Regional de Gulpilhares, seguindo-se a performance do DJ Piridelmar e o espetáculo de fogo de artifício.
As rusgas ao Senhor da Pedra, que se assumem como sendo a epígrafe desta romaria, aconteceram no dia 26 de maio e contaram com a presença de Elísio Pinto, vereador da Câmara Municipal de Gaia, e Joaquim Rocha, presidente da Assembleia da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares. Assim, entre danças de roda e moda, cravos e camarinhas, inúmeros grupos participaram nesta tradição, que é secular e recriou, ao longo da manhã, um passado cheio de costumes. Posteriormente, decorreu a missa solene, contudo a festa continuou com a Banda Altamente, seguindo-se as atuações de Rosinha e do DJ André Neiva.
Já, no dia 27 de maio, o palco foi inaugurado pelo DJ Matrix, que antecedeu as atuações de José Malhoa e de Sérgio Rossi, que encerrou a noite.
Por outro lado, no último dia da romaria, aconteceu a eucaristia na Capela do Senhor da Pedra às 11 horas, seguindo-se a procissão em honra do padroeiro, que se realizou às 17 horas e contou com a presença de Alcino Lopes, presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares, e Dário Silva, vereador da Câmara Municipal de Gaia, entre inúmeros representantes de entidades civis e militares.
Neste seguimento, Alcino Lopes fez questão de ressaltar, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, que “trata-se de uma tradição muito antiga, portanto, não foi uma festa de ocasião. É uma festa com história e que tem gente que tem de fazer de tudo para que ela não acabe e eu acho que nunca acabará, porque a Capela do Senhor da Pedra, quer queiramos, quer não, é visitada e procurada por muita gente. Este espaço é belíssimo, é quase único e esteve durante muitos anos abandonado, mas a Câmara teve a ousadia de o arranjar e, portanto, este lugar é muito importante para a freguesia. Temos, atualmente, uma Confraria do Senhor da Pedra ativa, empreendedora e dinâmica e isso é uma certeza de que as coisas vão continuar”.
Garantindo que o balanço é extremamente positivo, o presidente da União de Freguesias de Gulpilhares e Valadares sublinhou que “contamos com uma enchente fantástica. Foi dos anos em que esteve mais gente e é bom sinal que assim seja”.
Na ocasião, o autarca apelou, ainda, à população que “não deixem que venham outros para aqui destruir aquilo que custou muito a fazer”.
Também o vereador da Câmara Municipal de Gaia, Dário Silva, testemunhou esta romaria, vivenciando este costume secular e afirmou ao AUDIÊNCIA que “as memórias e as tradições fazem a identidade de um povo e esta em particular e mais um conjunto alargado de outras romaria que temos no concelho são, efetivamente, o património identitário do concelho de Vila Nova de Gaia e são fundamentais para preservar aquilo que os nossos antepassados deixaram, sobretudo também por uma questão de quem acredita, da fé e da religiosidade, ou na sua componente de dinamismo económico que normalmente este tipo de festas acolhe. Também acho que é importante esta continuidade da passagem da mensagem para as gerações futuras, não deixando cair aquilo que são tradições muito importantes para a vida do concelho”.
Frisando que “é extraordinário”, o edil reforçou que “é de louvar que num dia de semana e de trabalho estejam aqui reunidas tantas pessoas, numa forma de devoção ao Senhor da Pedra e também por este lugar mágico do concelho”.
Esta festa, que é uma das mais cantadas do país, mobilizou milhares de pessoas, que assistiram aos momentos musicais, às rusgas e à procissão, que termina sempre na Capela do Senhor da Pedra, no areal, bem junto ao mar, revivendo a história e eternizando os usos e costumes desta localidade.