ABÍLIO GUIMARÃES FEZ EXPOSIÇÃO EM OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Entre os dias 5 e 28 de janeiro, a Galeria Municipal Tomás Costa, em Oliveira de Azeméis, recebeu a exposição “Memórias do nosso tempo”, de Abílio Guimarães. O pintor apresentou 63 obras, num evento que fez parte das comemorações 224º aniversário de elevação de Oliveira de Azeméis a concelho. Além disso, a exposição é um excerto de trabalhos de um livro, a ser publicado, sobre as 19 freguesias deste município, que conta com cerca de 150 pinturas do artista.

 

 

 

“Memórias do nosso tempo” é o nome da exposição de Abílio Guimarães que esteve patente na Galeria Municipal Tomás Costa, em Oliveira de Azeméis, entre os dias 5 e 28 de janeiro. A exposição esteve inserida nas comemorações do 224º aniversário de elevação de Oliveira de Azeméis a concelho e aconteceu, também, no âmbito de um projeto maior que o artista tem com a terra que o viu nascer. “Oliveira de Azeméis é composto por 19 freguesias e eu achei que, devido a este facto, se devia fazer um livro dedicado a estes territórios. Infelizmente, o livro não ficou pronto a tempo, devido a burocracias provenientes da participação da Câmara no mesmo, mas ele está feito, só falta ser impresso”, explicou o pintor que, atualmente, reside na Madalena, em Vila Nova de Gaia. Estiveram expostos 63 trabalhos, mas, na obra a ser publicada tem cerca de 150 reproduções, pintadas entre meados de 1980, até aos dias de hoje.

O livro contou com a participação de 21 pessoas, além de Abílio Guimarães. “Um escreveu sobre o meu currículo, outro escreveu sobre Oliveira de Azeméis e, depois, um sobre cada freguesia, que são, como já referi, 19 no total”, disse o artista, que também destacou que uma das razões que o levou a idealizar este projeto foi “tentar mostrar às pessoas, a afinidade e o carinho que tenho pela minha terra”. Apesar de se ter mudado aos quatro anos para o Porto e de, atualmente, viver em Vila Nova de Gaia, Abílio Guimarães recorda com afeto os tempos vividos, principalmente na sua infância, em Oliveira de Azeméis, em momentos como as férias de verão ou as Festas de La Salette. Além disso, na publicação será possível ver obras que, no momento, pertencem a coleções privadas e que seria muito difícil de, por exemplo, estarem expostas.

O título “Memórias do nosso tempo” foi escolhido, exatamente, pelas memórias que as obras trazem ao artista. Muitos dos quadros representam, inclusive, construções que já não existem na freguesia, ou que hoje estão em ruínas, mas que fazem parte do conjunto de memórias bonitas que o pintor tem sobre a sua terra natal. “O título tem a ver com o facto de serem memórias que guardo desde miúdo, que me marcaram. Por exemplo, há coisas que já desapareceram, nomeadamente imóveis”. Apesar de ter dito que muitas das pessoas com quem gostaria de partilhar os seus trabalhos sobre Oliveira de Azeméis e as suas freguesias, já não estão neste mundo, as pinturas de locais e infraestruturas que já não existem, pelo menos daquela forma, são uma ocasião para “partilhar memórias com pessoas da minha idade”, mas também são uma oportunidade, para que as novas e futuras gerações conheçam os locais e espaços de outrora.

Abílio Guimarães também não escondeu a vontade que tem de fazer algo em grande, em Vila Nova de Gaia, sendo que já deu o pontapé de saída, em 1999. “Fiz uma exposição dedicada a Gaia, levei uma exposição por cada freguesia, não foi uma coisa tão louca e tão gigantesca como esta, mas fiz”, contou, afirmando que, aproveitando esse material, é sua vontade fazer algo novo e melhor pela terra que o acolheu e que, hoje, chama de casa.