“AJUDAR A TRANSFORMAR A ESCOLA QUE TEMOS HOJE, NUM NOVO PARADIGMA”

A cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Federação das Associações de Pais do concelho de Gaia (Fedapagaia) decorreu no passado dia 19 de janeiro, no Auditório da Assembleia Municipal de Gaia, na sequência das eleições realizadas a 14 de dezembro, que tiveram como vencedora a única lista candidata, liderada por António Cunha Pereira, que sucedeu, assim, a José Cardoso. O novo presidente do Conselho Executivo desta instituição vai liderar os destinos da Fedapagaia, até 2024, com o intuito de trabalhar em prol da melhoria do ensino e da educação, no concelho.

 

A cerimónia de tomada de posse dos novos corpos sociais da Federação das Associações de Pais do concelho de Gaia (Fedapagaia) decorreu no passado dia 19 de janeiro, no Auditório da Assembleia Municipal de Gaia, na sequência das eleições concretizadas a 14 de dezembro, que tiveram como vencedora a única lista candidata, liderada por António Cunha Pereira, que sucedeu, assim, a José Cardoso e vai encabeçar os destinos da Fedapagaia até 2024, com o objetivo de trabalhar em prol do ensino e da educação, no concelho.

A sessão foi inaugurada com um momento musical protagonizado pelo Ensemble Per Anima, da Escola de Música de Perosinho, e contou com a presença de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, Albino Almeida, presidente da Assembleia Municipal de Gaia, Mariana Carvalho, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Paulo Mota, em representação da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, vereadores da autarquia gaiense e presidentes de Junta, entre inúmeros dirigentes associativos, assim como representantes de entidades civis e militares.

As intervenções foram iniciadas por Carlos Gonçalves, reeleito presidente da Mesa da Assembleia Geral da Fedapagaia, que fez questão de enfatizar a importância do movimento associativo, da sua gênese e das pessoas que se dedicaram a esta causa, referindo que “as minhas primeiras palavras são para o José Cardoso, presidente cessante que, nos últimos quatro anos, deu o melhor de si, e foi muito, em prol dos associados desta federação e do desenvolvimento do movimento associativo parental”.

Assegurando a necessidade que a instituição tem de agir e evoluir de forma sustentada, centrada apenas na felicidade e no sucesso educativo das crianças e jovens, o reeleito afirmou que “o sucesso da comunidade educativa de hoje, será o sucesso de todo o país no futuro. Acredito, no entanto, que a força desta nossa comunidade saberá vencer estes difíceis desafios que temos, no imediato, pela frente e nós temos um papel determinante, para garantir o futuro educativo dos nossos jovens alunos, hoje, e futuros cidadãos, com responsabilidades profissionais e sociais, amanhã”.

Seguidamente, foi José Cardoso, presidente cessante do Conselho Executivo da Fedapagaia, quem tomou a palavra, aproveitando a ocasião para recordar aquilo que foram os quatro anos da sua liderança à frente dos destinos desta instituição, assim como o impacto que a proliferação da Covid-19 teve no movimento associativo parental. “Foi uma experiência difícil liderar uma instituição, nestes tempos, e manter unido um grupo, sem poder privar com ele. (…) Outros desafios virão e esta nova equipa que hoje toma posse, liderada por um homem capaz, com experiência e qualidades demonstradas por onde passou, estará à altura de os enfrentar, tal qual fizeram todos quantos por aqui passaram e irão passar”, destacou o presidente cessante.

Assumindo que existe, em Gaia, um forte e ativo movimento associativo parental, José Cardoso dirigiu-se ao executivo municipal, ressaltando que “espero que a federação continue a merecer a vossa confiança. Sei que o António será, verdadeiramente, merecedor da mesma deferência com que me trataram sempre”, e lançando o repto para que “possa incluir uma rubrica de apoio direto ao financiamento de recursos técnicos especializados, (…) que permitam a tantas crianças de Gaia poderem aceder a terapias nas escolas que frequentam, em horários que não perturbem a componente letiva”.

Posteriormente, António Cunha Pereira, eleito presidente do Conselho Executivo da Fedapagaia, foi convidado a dirigir algumas palavras aos presentes e usufruiu do momento para agradecer a todos os que terminaram funções, por honrarem a instituição.

“É com grande orgulho, sentido de missão e um forte sentimento de participação cívica que, hoje, iniciamos o nosso mandato”, afiançou o líder dos destinos da Federação das Associações de Pais de Gaia, prometendo a José Cardoso “que darei o melhor para me aproximar o mais possível deste referencial, por ti deixado”.

Garantindo que o principal objetivo da instituição passa por “remar pela melhoria do ensino e da educação em Vila Nova de Gaia”, António Cunha Pereira sublinhou a importância do trabalho em rede, não só com as instituições do concelho, mas também intermunicipais e nacionais”.

Por conseguinte, o presidente da Fedapagaia reforçou que “bater-nos-emos por ajudar a transformar a escola que temos hoje, num novo paradigma: uma escola do século XXI, para alunos do século XXI”, revelando que os principais focos da atenção da instituição prendem-se com a descentralização de competências da educação, a semestralidade, a capacidade que a escola deve ter para responder às necessidades dos alunos e suas famílias, a inclusão e a capacitação parental e associativa.

Também Mariana Carvalho, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), interveio, destacando que “vamos ver se é desta que conseguimos, efetivamente, ter uma melhor escola, junto dos nossos filhos, que são o nosso futuro. (…) Vamos todos, em conjunto, em comunidade e em parceria, lutar por uma educação melhor”.

Por outro lado, Albino Almeida, presidente da Assembleia Municipal de Gaia, salientou que “nestas funções é preciso ter resiliência, é preciso saber que o dia de hoje não é mais importante do que todos os outros que passaram e, seguramente, há de ser referência para o dia de amanhã, que trará mais desafios”.

Asseverando que todos contam, Albino Almeida frisou que “o que eu peço às escolas e aos pais é que dialoguem, respeitando a idiossincrasia e os interesses de cada um e, neste momento, o diálogo tem de ser feito, olhando para as crianças e superando as dificuldades”.

Neste seguimento, Paulo Mota, em representação de Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, mencionou que “o movimento parental pode ter uma certeza, é que todos estamos juntos”, evidenciando que “é preciso que os pais nos ajudem a cumprir o valor fundamental de ser pontual, naquilo que são os nossos compromissos e aquilo que é importante é que todos nós façamos este esforço. (…) Acredito que o amanhã vai ser, seguramente, melhor, porque se todos trabalharmos numa verdadeira parceria, juntos seremos mais fortes”.

Por fim, foi Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, quem encerrou os discursos declarando que “é um orgulho ver a Fedapagaia com grande pujança”.

Realçando que o município sempre olhou para a educação, com a tranquilidade de quem tem convicções ideológicas, o edil gaiense elevou que é uma certeza “acreditar na escola pública, não querer um cheque-ensino, valorizar o múltiplo espectro de inclusão que a escola pública pode trazer, seja na área da deficiência, ou na área da multiculturalidade a que nós vamos assistindo, cada vez mais, no nosso concelho e em tantos outros. Isto é ideológico, não é partidário”.

Sustentando que é de mãos dadas que temos mais força, Eduardo Vítor Rodrigues certificou que, da parte do município, “respeitamos a autonomia dos pais, mas acreditamos que ainda há muito a fazer, para que tenham uma relação mais direta com a escola. Os professores e as escolas contarão sempre com a nossa enorme disponibilidade”.

Assim, o presidente da Câmara Municipal de Gaia concluiu a sessão desejando “boa sorte à Fedapagaia, continuem a fazer o vosso trabalho, pois tem sido extraordinário”, e atestando que “o município faz aquilo que lhe compete, que é operacionalizar respostas que permitam que a escola se salvaguarde”.