“CARNAVAL DE MIRAMAR” DECIDIDO NOS PORMENORES

A afluência não foi grande em relação à prática habitual dos associados do Golfe de Miramar, a que actualmente preside o “histórico” associado José Miguel Mendes Ribeiro. No entanto, o entusiasmo e a determinação dos praticantes que se inscreveram para o Torneio de Carnaval e se apresentaram no “tee” de saída, criou um ambiente tal como se estivéssemos perante as provas de maior dimensão de que o percurso miramarense tem sido palco ao longo do seu historial quase centenário.

Na classificação de “stroke play”, fórmula que é utilizada no controlo de “scores” na alta competição, o apuramento do vencedor foi empolgante, já que nada menos do que três concorrentes – Fernando Almeida Cardoso, Carlos Letra Afonso e Miguel Ferreira – concluíram os nove buracos convencionados com resultado idêntico, 47 pancadas. Por isso, teve de recorrer-se à performance dos últimos buracos. Nesse confronto, Miguel Ferreira descolou logo nos últimos dois e só os últimos quatro deram vantagem a Fernando Cardoso, com 21 pancadas, contra as 23 de Letra Afonso. Um par no seis (4) foi decisivo para estabelecer a diferença mínima e atribuir o triunfo a Fernando Almeida Cardoso. Já na modalidade bonificada não houve necessidade de recorrer as quaisquer regras extra e aqui o factor “handicap” foi decisivo para decidir a classificação. Miguel Ferreira, a jogar com 10 pancadas de bonificação, foi o primeiro com 37 pancadas, seguido de Letra Afonso (“handicap” 8) com 39, e de Fernando Cardoso (“handicap” 7), com 40. E para fechar o “top-five” Eduardo Teixeira (41) e Gilbert Meyer (42), com os dois últimos a alinhar com 12 de “handicap”. Além destes, houve alguns concorrentes que, desapontados com a sua própria performance, optaram por não entregar o cartão.

Mota e Castelo conquistam “Pousio do Fojo”

No percurso canidelense da Quinta do Fojo, o antigo campeão do clube, Paulo Castelo, em “gross” (score real) e o também amador António Mota (em “net”), venceram a edição 2020 da Taça Pousio, uma marca que ao longo do ano se vem destacando em diversas provas do clube, com o torneio em questão a ser disputado na modalidade “stableford” com e sem bonificação (“gross”) e perante cerca de quatro dezenas de participantes, o triunfo de Paulo Castelo foi confortável, uma vez que ao rubricar o “scorecard” de 35 pontos obteve também uma superioridade clara sobre o segundo classificado, Gabriel Sardo, que se ficou pelos 30, “score” também obtido por Diogo Pinto Rocha e pelo próprio António Mota, que foi primeiro na modalidade da qual usufruiu de um beneficio de 12 pancadas, com que se apresentou no “tee” de saída. Nesta classificação que se designa por “stableford-net”, António Mota foi o primeiro e venceu com 42 pontos, enquanto a dupla António Ribeiro (hdcp. 14) e José Mário Alves (hdcp. 21) ficaram logo a seguir com menos um (41). Já Pedro JS Cardoso e Paulo Castelo ficaram-se pelos 39, mas o ex-campeão apresentou-se no “tee” de saída com o “handicap” mais credenciado de todos (3) os competidores, ou seja, o que menos benefício tirou do seu nível de jogo.

Luísa Cruz e Inês Lousan brilham no Torneio da Mulher do Fojo

Se recuarmos cerca de uma década, o golfe feminino da Quinta do Fojo figurava no “top” das formações nacionais, tendo conquistando o título nacional de clubes, em 2006, pela mão da profissional Patrícia Brito e Cunha. E, com a intensificação dos torneios femininos no seu calendário, a Quinta do Fojo reaparece em busca de uma posição que lhe já lhe pertenceu, realidade a que não é alheia a excelente localização deste percurso gaiense em termos de acessibilidades. O Torneio da Mulher, competição tornada possível pelo apoio da Castebel e da Parfois, foi um dos eventos mais recentes que se realizaram na infra-estrutura dirigida por Filomena Rito e com um número de aderentes que tem vindo a crescer. O torneio em causa teve duas vencedoras distintas, em função da fórmula classificativa, uma na classificação “net” (Ana Luísa Cruz) e outra na modalidade de “gross” (“score real”), onde se impôs a miramarense Inês Lousan. No primeiro caso, Ana Luísa Cruz, por sinal a vice-campeã interna do clube, teve que suar para submeter a sua opositora. Isto porque, Eugénia Magalhães, do Clube Nortada, alcançou o mesmo número global de pontos (37), tendo o desempate sido feito através do melhor “score” da segunda volta. Por isso, a excelente a performance da jogadora do Fojo nos segundos nove (somou 20 pontos aos 17 iniciais) foi determinante para superar os apenas 15 conseguidos por Magalhães, que teve a consolação de registar a melhor marca dos primeiros nove (22). Já Francisca Osório, apesar de estar em desvantagem na bonificação em relação a Ana Luísa, também teve uma boa prestação. Com a segunda melhor marca dos primeiros e dos segundos nove, Francisca rubricou uma performance interessante, com três “birdies”, onze pares e três “bogeys”, que lhe permitiram ficar isolada no terceiro lugar, a três pontos das primeiras, mas à frente de Emmanuelle Godart (33) e Paula Marques (32). Já na classificação “gross”, Inês Lousan (“hdcp”.8), autora do “drive” mais longo, averbou isolada o primeiro lugar, com 24 pontos, seguida de Eugénia Magalhães (22), Ana Luísa Cruz (15), Francisca Osório (13) e Maria Miguel de Pinho (11), que arrebatou o prémio para a bola mais perto da bandeira.