CASA DO POVO DA MAIA: AÇÕES DE FORMAÇÃO JÁ CERTIFICARAM MAIS DE 100 PESSOAS

O Centro Paroquial da Maia recebeu a cerimónia de entrega de cerca de 90 certificados de formação, ações estas desenvolvidas pela Euroconsult com a parceira do Governo Regional dos Açores e da Casa do Povo da Maia. Na ocasião, Jaime Rita voltou a referir a problemática da falta de transporte, o que impede alguns cidadãos de se deslocarem para trabalhar.

 

 

Na cerimónia de entrega de certificados de formação das derivadas ações desenvolvidas na Maia estiveram presentes a Diretora Regional do Emprego e Qualificação Profissional, Paula Andrade, o presidente da Casa do Povo da Maia, Jaime Rita, e ainda a diretora de formação da Euroconsult, Sandra Café.

De acordo com Paula Andrade, a qualificação e formação dos açorianos visa a melhoria das suas competências profissionais, com vista a potencias a sua empregabilidade e contribuir para a sustentabilidade e competitividade da economia dos Açores.

“O Governo dos Açores tem promovido e vai continuar a desenvolver políticas ativas de emprego e formação, prosseguindo, mesmo num contexto difícil como o que vivemos, com a formação de ativos atualmente empregados, com o objetivo de aumentar as suas qualificações e competências profissionais, que, no fundo, contribuem também a sua valorização pessoal e empregabilidade”, afirmou Paula Andrade na ocasião, tendo acrescentado que estas medidas promovidas pelo Governo dos Açores destinadas a ativos “têm contribuído para que os açorianos consigam manter e integrar o mercado de trabalho, cada vez mais exigente, competitivo e sujeito a impactos como os provocados pela pandemia de COVID-19 à escala mundial”.

No entanto, conforme disse a governante, a frequência nestas formações para aqueles que se encontram desempregados pode não ser sinónimo de encontrar emprego a curto prazo, mas é também através destas “estamos melhor preparados não só para ultrapassar as atuais adversidades, como também para vencer novos desafios”.

Na ocasião de entrega dos certificados, a detentora da pasta do emprego fez ainda questão de parabenizar os formandos, não apenas pela conclusão das ações,  mas também “pela coragem” que muitos tiveram ao serem capazes de frequentar as mesmas num horário pós-laboral.

Apesar dos esforços do Governo Regional dos Açores na qualificação dos cidadãos, para que cada vez haja mais gente formada, tendo em vista mais empregabilidade, há um fator que continua a ser um lapso no que toca à obtenção de emprego ou à manutenção dos postos de trabalho dos cidadãos, principalmente para aqueles que vivem na zona nascente da ilha de São Miguel. Não é a primeira vez que estes frequentam formações e que depois não podem fazer uso das mesmas pela falta de transportes públicos para se deslocarem até aos centros maiores da ilha, onde teriam emprego.

Jaime Rita, que é presidente da direção da Casa do Povo mas também da Junta de Freguesia da Maia, alertou para este facto: “temos vindo a insistir junto das entidades competentes para que resolvam o problema da mobilidade das pessoas nesta zona do concelho”, já que se esta existisse, “poderíamos ver mais negócio entre as freguesias da zona nascente da Ribeira Grande” e, consequentemente, mais poder económico.

Tudo isto acaba por ser um ciclo vicioso porque, como disse Jaime Rita, “se houvesse melhores transportes e se houvesse melhores acessibilidades, naturalmente teríamos aqui mais pessoas”.

Com “cursos diversificados e sempre atendendo às necessidades do mercado”, desta vez os certificados entregues correspondiam à formação em Técnicas de Socorrismo, Atendimento e Assistência a Clientes, a Técnicas de Atendimento, Informação a Clientes e ainda em Língua Inglesa – Informação Turística na Região.

Até à data, já foram certificadas pela Euroconsult 108 pessoas em sete ações de formação, todas elas a decorrer na Casa do Povo da Maia. Sandra Café, diretora de formação da empresa, explicou que tudo começou com a decisão de trazer para os Açores aquilo que já faziam no Continente. Com o sucesso das formações, outras foram aparecendo e “a partir daí as coisas não pararam”. Com uma adesão “fantástica”, o objetivo é “ficar cá e colaborar neste projeto e noutros”.