CULTURA E TRADIÇÃO EVIDENCIADAS NO ENCONTRO DE MÚSICA POPULAR PORTUGUESA

No dia 18 de setembro, o Grupo Dramático de Vilar do Paraíso organizou o IX Encontro de Música Popular Portuguesa, que se realizou no Salão Nobre da instituição. Além da atuação da prata da casa, o Grupo de Cavaquinhos “Os Amigos de Vilar”, de Vilar do Torno e Alentém, e o Grupo Coral da Associação de Amigos Aposentados de Leça da Palmeira animaram a tarde, que contou com a presença de Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e Jorge Pacheco, em representação da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso.

 

 

 

“É uma forma de divulgarmos a cultura portuguesa e, sobretudo, mantermos essa cultura, porque é muito nossa, é muito própria e eu acho que nós, coletividades, temos também essa obrigação”, afirmou Sara Magalhães, presidente do Grupo Dramático de Vilar do Paraíso, sobre a importância do IX Encontro de Música Popular Portuguesa da instituição, que se realizou no passado dia 18 de setembro, no Salão Nobre da coletividade.

No evento, além do ex-líbris da casa, o Grupo de Música Popular Portuguesa do Grupo Dramático de Vilar do Paraíso, participou, também, o Grupo de Cavaquinhos “Os Amigos de Vilar”, de Vilar do Torno e Alentém, e o Grupo Coral da Associação de Amigos Aposentados de Leça da Palmeira. Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, e Jorge Pacheco, em representação da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, fizeram questão de marcar presença neste encontro musical.

Tratando-se da 9ª edição da iniciativa, o Grupo Dramático já está calejado na organização, além disso, Sara Magalhães destacou o facto destes eventos se tratarem, no fundo, de um intercâmbio entre associações, uma vez que, “por exemplo, nós já fomos atuar aos locais destes dois grupos que aqui estão, de Lousada e de Leça, e agora vieram eles cá (…).Temos todo o gosto em levar aquilo que sabemos e, depois, em trazer cá aquilo que eles têm para partilhar connosco, o que é tremendamente importante”.

A plateia, essa, estava bem composta e a presidente do Grupo Dramático de Vilar do Paraíso esforça-se, diariamente, para trazer todas as faixas etárias até à coletividade, sendo que é mais fácil numas atividades do que noutras. “Temos, essencialmente, tentado dar uma oferta cultural variada. Por exemplo, ontem, tivemos cá bandas de garagem, que é radicalmente diferente de música popular portuguesa. Há uma semana atrás tivemos fados, tivemos e temos o encontro de teatro amador a decorrer, temos dança, ou seja, no fundo é dar a maior oferta possível para ver se os conseguimos trazer cá e depois acho que ainda temos a sorte de ter muitos que são familiares de associados e que se mantêm ligados à casa”, contou Sara Magalhães ao AUDIÊNCIA.  A direção heterógena também tem facilitado este fluir de novas ideias de captação da juventude. “Tentamos ao máximo que houvesse, na direção, várias idades, homens e mulheres, profissões diferentes, até porque tem de ser uma associação de várias ideias para conseguirmos trazer o máximo de pessoas cá”, referiu, destacando o facto de que também “temos uma abertura muito grande à comunidade, e isso é muito importante, não nos fecharmos só aos associados”.

Quanto ao Grupo de Música Popular Portuguesa do Grupo Dramático de Vilar do Paraíso, Sara Magalhães destacou que está “aberto a que venham novos elementos, quer ao nível da voz, quer mesmo ao nível dos instrumentos”. “Além deste, também temos o Melodias de Sempre, que é um outro grupo de música mais ligeira, que ensaia às terças e que também está aberto a novos membros, recebemos todos e são todos bem-vindos”, anunciou a presidente da associação.

Jorge Pacheco, em representação da União de Freguesias de Mafamude e Vilar do Paraíso, no início da iniciativa, já previa a “tarde animada, de convívio e excelente música” que acabou por ser. Além disso, o autarca também destacou a importância destas iniciativas no manter das tradições, afirmando que “o tecido associativo de Vilar do Paraíso é muito rico nisto”.

Quanto ao intercâmbio que se vive nesta e noutras atividades associativas, Jorge Pacheco acredita que são “uma forma de levar, também, mais longe o nome da freguesia e do concelho”.

“As associações de Mafamude e Vilar do Paraíso tiveram muita resiliência na forma como encararam o confinamento e a Junta de Freguesia também fez questão de não lhes faltar nessa altura, bem como na fase do desconfinamento, aliás, fizemos um roteiro do desconfinamento, onde fomos a todas as associações, coletividades e instituições da União de Freguesias”, aludiu o autarca, referindo o Encontro de Música Popular Portuguesa como um regresso da tão aguardada normalidade, que acredita ter sido atingida no seu pleno, até porque, nesse fim de semana, “a União de Freguesias representou-se em oito eventos, efetuados pelas associações e coletividades do território, o que demonstra a riqueza do nosso tecido”.