No passado dia 18 de abril, foi aprovada, por unanimidade, no parlamento açoriano, a elevação de São Mateus da Calheta, que é a localidade mais populosa do concelho de Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, a vila. Na ocasião, o deputado Paulo Gomes, também presidente da Junta de Freguesia deste território, garantiu que foi um momento histórico para toda a população.
Com origem numa iniciativa popular, a proposta para a elevação de São Mateus da Calheta, na Ilha Terceira, à categoria de vila foi aprovada, no passado dia 18 de abril, por unanimidade, no parlamento açoriano. “Foi um conjunto de cidadãos eleitores que dirigiu uma petição à Assembleia Legislativa nesse sentido. Ao longo de todo o processo, registaram-se igualmente manifestações individuais, de toda a ilha, que o apoiavam. As pessoas queriam, genuinamente, saber como estava e para quando se previa a sua conclusão”, recordou o deputado do PSD/Açores Paulo Gomes.
Na ocasião, o também presidente da Junta de Freguesia desta localidade, frisou que “foi muito importante a abrangência da proposta”, que considera de extrema importância social, cultural e económica, “já que São Mateus passará a ter outra responsabilidade e, naturalmente, um conjunto de outras ambições”.
Orgulhoso devido ao apoio de todos os grupos e representações parlamentares, Paulo Gomes ressaltou, ainda, o interesse e o significado para a própria localidade, “que se vê ainda mais valorizada”. “Fica, assim, salvaguardada a legitimidade do que era uma aspiração antiga da população local e que se fundamenta no facto de São Mateus da Calheta possuir um conjunto de equipamentos e instituições nos domínios cultural, económico, social e patrimonial que justificam a sua elevação à condição de vila”, enfatizou o autarca, evidenciando que esta freguesia é “a mais populosa do concelho de Angra do Heroísmo e tem registado um crescimento populacional contínuo”.
São Mateus da Calheta é uma freguesia costeira do concelho de Angra do Heroísmo, conhecida por ser uma localidade piscatória, assente no seu grande porto de pescas, o maior e mais importante foco de desenvolvimento económico da ilha, com uma orla bem enquadrada e de fácil acesso, embora mais de 50% da sua população esteja afeta aos sectores secundário e terciário. Quanto à sua riqueza histórica, o deputado social-democrata resumiu-a “em duas qualidades: por um lado, dos séculos XV e XVI, ter sido um importante baluarte militar e defensivo da costa sul da ilha. Por outro lado, desde o seu povoamento, e por via do acesso privilegiado ao mar pelas baías do Negrito e da Calheta que lhe dá nome, foi um rico entreposto cultural, pelo número de quintas e casas senhoriais, que ainda hoje existem”.