Orçada em cerca de seis milhões de euros e com uma comparticipação de fundos comunitários, a Praça do Município da Trofa, situada na envolvência do edifício dos Paços do Concelho, foi inaugurada no passado dia 28 de julho. Em causa está um espaço que potencia uma relação de continuidade com os Parques de Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, da Alameda da Estação, da Ciclovia Norte e Distribuidora XXI, entroncando no Parque das Azenhas.
Edificada a partir da reabilitação e regeneração de toda a envolvência dos Paços do Concelho, a Praça do Município da Trofa foi inaugurada no passado dia 28 de julho. Esta data foi assinalada com uma cerimónia solene, que contou com a presença de António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), de José Carlos Portugal, arquiteto responsável pelo projeto, dos vereadores da autarquia, Lina Ramos e Sérgio Araújo, assim como de representantes de entidades civis, militares e religiosas.
A Banda de Música da Trofa marcou a abertura da sessão e, mais tarde, o padre Luciano Lagoa, da paróquia de São Martinho de Bougado, procedeu à bênção deste novo espaço, que potencia uma relação de continuidade com os Parques de Nossa Senhora das Dores e Dr. Lima Carneiro, da Alameda da Estação, da Ciclovia Norte e Distribuidora XXI, entroncando no Parque das Azenhas. Seguidamente, Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, e António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), descerraram a placa inaugurativa.
Centenas de pessoas estiveram presentes nesta noite, que representou mais um momento histórico para o município da Trofa e assinalou o início das comemorações do 25º aniversário do concelho, que é festejado a 19 de novembro.
“Esta celebração representa a força, a energia e o dinamismo do concelho da Trofa”, começou por afirmar António Cunha, durante a sua intervenção, referindo que as comemorações dessa pujança “começaram com o edifício dos Paços do Concelho, imponente, atrás de nós. Hoje, segue, com este espaço, que dá todo um contexto e uma harmonia em torno daquilo que será, a partir de agora, a grande sala de visitas da Trofa e, portanto, estou certo de que as celebrações no final do ano serão ainda maiores”.
Evidenciando que os munícipes e autarcas trofenses sentem um desejo muito grande de construir o futuro, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte ressaltou que “é a partir desta perspetiva que se percebe, com naturalidade, que a Trofa é também um local onde são e devem ser aplicados fundos europeus, dado o grande desempenho e capacidade que o município tem evidenciado, mas também os privados”.
Por conseguinte, António Cunha terminou a sua intervenção com um agradecimento “à Trofa, com a certeza de que o futuro da região Norte vai, certamente, passar por aqui”.
Foi ao lado dos vereadores Lina Ramos e Sérgio Araújo e dos colaboradores da autarquia Amélia Moreira, Carlos Guimarães e Manuel Pereira que Sérgio Humberto assinalou a edificação desta que se assume como sendo uma “Praça para Todos”.
Agradecendo a todas as empresas que trabalharam para concretizar este projeto, assim como ao arquiteto José Carlos Portugal, autor da Praça do Município da Trofa, e a toda a sua equipa, o edil trofense frisou que “identificaram a nossa verdadeira causa de construir uma praça diferenciadora e marcante, onde se destaca a simplicidade e a sobriedade, o respeito pela nossa ancestralidade, a reutilização de materiais, a preocupação com a sustentabilidade e com a escolha de árvores autóctones”.
Com 25 mil metros quadrados, este espaço foi construído, durante 18 meses, com um investimento de mais de seis milhões de euros, que contou com uma comparticipação de fundos comunitários. Utilizando materiais que restaram das cinco casas que foram demolidas para que este equipamento nascesse, a Praça do Município da Trofa contempla terraços intermédios, que estabelecem, entre si, uma relação física, assente em escadarias curtas e rampas suaves, com muros de xisto pousado, característicos da região. O projeto integrou, também, o alargamento das esteiras funcionais existentes e a criação de espaços de estadia pedonais, proporcionando novas possibilidades de circulação e fruição do espaço público e da natureza, em pleno coração da cidade. “Neste espaço, foram plantadas cerca de 115 árvores e cada pedra de xisto, tradicional desta zona, foi colocada com muita esperança. Cada centímetro deste pavimento foi construído, na sua maioria, com a reutilização de materiais, em harmonia com o ambiente e de acordo com as diretrizes mundiais da desejada neutralidade carbónica. O projeto de execução perseguiu um objetivo de contenção da pegada ecológica”, sublinhou o autarca.
Assegurando que “esta é uma praça verdadeiramente para todos”, o presidente da Câmara Municipal da Trofa revelou que “é 100% acessível a cidadãos com mobilidade reduzida e preparada para a circulação autónoma de cidadãos invisuais, com marcadores no pavimento, que assinalam os percursos e obstáculos, como por exemplo as escadas. (…) É uma praça viva para ser usada e apropriada por cada e por muitos trofenses”.
Aproveitando a presença de António Cunha, Sérgio Humberto usufruiu do momento para enfatizar que “a Trofa está a preparar-se, verdadeiramente, para ser a capital da região Norte do país”, afirmando que o presidente da CCDR-N “tem sido incansável no apoio aos nossos investimentos. (…) A maturidade dos nossos projetos garante confiança, responsabilidade e execução e, mais uma vez, obrigado pela sua disponibilidade, por aquilo que tem feito à Trofa. Esta praça começou com uma taxa de comparticipação de fundos comunitários de 300 mil euros e foi com o trabalho da Câmara e do presidente da CCDR-N que nós conseguimos ampliar, largamente, este investimento, muito obrigado”.
Na ocasião, o edil trofense fez questão de referir os moradores e comerciantes daquela zona, “que foram afetados, diretamente, pelas obras”, agradecendo, igualmente, “aos antigos proprietários das casas que estavam neste local, no Bairro da Serração, que foram demolidas, os que venderam o seu património e os que foram expropriados, a favor de um bem comum, que são os protagonistas das histórias que estas ruas guardaram e das vidas que este lugar tocou. (…) Acreditem que ao construir esta praça, não apagamos o vosso passado, construímos, sim, uma ponte para o futuro, honrando o vosso legado e criando novas oportunidades para todos”.
Afiançando que a Praça do Município é muito mais do que um espaço físico, o autarca salientou que “representa a Trofa e complementa, engrandece os nossos Paços do Concelho e será um ponto de partida para novos objetivos e novas histórias futuras”.
Assim, a pensar nos trofenses, Sérgio Humberto atestou que “vamos apostar na expansão das nossas áreas de acolhimento empresarial, criando melhores condições e melhores acessibilidades. Vamos continuar a reivindicar o metro, porque apesar de alguns não acreditarem que é possível, nós ainda não desistimos, nós não baixamos nem cruzamos os braços, porque tem de vir até ao centro do concelho da Trofa e é isso o que nós vamos conseguir. (…) Também estamos a trabalhar para construir um auditório, com uma área museológica, espaços artísticos, uma black box e residências artísticas, ao qual vamos chamar «Palácio da Cultura», que será, verdadeiramente, um edifício único na região. A extensão do Parque das Azenhas já está no terreno e a reconstrução da ponte pênsil será uma realidade”.
A cerimónia encerrou com um espetáculo piromusical, que aliou o som dos instrumentos da Banda de Música da Trofa aos efeitos pirotécnicos, repletos de cor e luz, tendo como pano de fundo o edifício dos Paços do Concelho. Posteriormente, a população teve a oportunidade de visitar a nova “Praça para Todos”.