FUNDAÇÃO DA JUVENTUDE E CIÊNCIA VIVA ELEGE OS MELHORES PROJETOS JUVENIS

Durante três dias, foram mais de 70 professores e investigadores que estiveram reunidos no Centro de Congressos da Alfândega do Porto para avaliar os 100 melhores projetos de investigação Juvenil em competição na XI Mostra Nacional de Ciência.

Mais de 300 jovens coordenados deram a conhecer os projetos que arrecadaram prémios no valor de 6.000€ e foram apurados para participarem em duas das mais importantes competições internacionais de Ciência: a Final Europeia de Ciência e a Intel ISEF – Feira Internacional de Ciência e Engenharia.

O 1º lugar desta foi para o projeto Easypark que segue, também, para a Final Europeia de Ciência que se realiza de 22 a 27 de setembro, na Estónia.

Desenvolvido na Escola Secundária de Oliveira do Bairro por Beatriz Bastião, Luís Pinto e Olavo Saraiva, o projeto aposta na redução de desigualdades sociais,melhorando a qualidade de vida das pessoas com deficiência física.

O 2º prémio foi atribuído em ex-áqueo ao projeto “ShealS – Sea Heals Soil” e ao “Compósito antisséptico do extrato da planta Celidónia Magnus”. Desenvolvido no Colégio Luso-Francês do Porto, o projeto “ShealS – Sea Heals Soil”, foi idealizado por Eduardo Nogueira, Francisca Martins e Gabriel Silva que estarão também em Setembro a competir na Final Europeia de Ciência. O projeto consiste numa solução ecológica baseada num fungicida natural à base de extratos de algas da costa portuguesa.

Em 2º lugar encontra-se também um projeto cujos autores definem como “Compósito antisséptico do extrato da planta Celidónia Magnus”. Desenvolvido na Eptoliva, na Tábua, por Bruno Paulino, Carlos Quintino e Catarina Costa, o projeto procura determinar as atividades antibacteriana, de diferentes extratos alcoólicos obtidos a partir da planta Celidónia Magus a fim de produzir uma solução desinfetante, isenta de iodo e capaz de substituir soluções as existentes no mercado.

Foi para os jovens estudantes da Escola Portuguesa de Moçambique – CELP, Maputo, que participaram a convite da Fundação da Juventude, que seguiu o 3º prémio, cujo trabalho incide sobre Bioplástico produzidos a partir de amido de Mandioca. Beatriz Amado, Francisco Aguiar e Rushali Sacarlal provaram conseguir produzir bioplástico a partir do amido da mandioca.

Na área das ciências sociais a Escola Profissional Gustave Eiffel, do Entroncamento, apresentou um projeto que acabou por se destacar com o 4º lugar. “Cultura cabisbaixa” ou as novas sociedades juvenis?” foi o título atribuído ao estudo desenvolvido por Ana Catarina Ambrósio e Filipe Marinho que avaliaram o papel da rede digital no enfraquecimento dos laços sociais, do espírito de solidariedade e da própria proximidade humana.

Com o 5º prémio destacou-se o projeto “Halobactérias: uma bomba anti-sal” que acabou também por se apurar para a Intel ISEF, a Feira Internacional de Ciência e Engenharia que se disputa em maio de 2018, em Pittsburgh, na Pensilvânia. Alunos da Escola Secundária Júlio Dinis, em Ovar, Catarina Barata, Maria João Lopes e Raquel Silva, estudaram a influência das halobactérias no desenvolvimento e germinação da alface.

A 11ª edição da Mostra Nacional de Ciência foi o culminar do 25º Concurso para Jovens Cientistas, no qual participaram, este ano, 116 projetos de diferentes áreas científicas, envolvendo 309 alunos e 73 professores de 56 escolas de todo o país. Segundo Ricardo Carvalho, Presidente Executivo da Fundação da Juventude «ao longo dos últimos 25 anos, e através do Concurso para Jovens Cientistas, a Fundação da Juventude tem premiado o mérito e a investigação científica, sendo este um esforço reconhecido pela crescente participação da comunidade escolar».

Destaca-se, ainda, e pela segunda vez neste certame, a participação, a convite, de 4 projetos internacionais oriundos do Brasil, de Espanha e de Moçambique, num esforço de promoção da cooperação internacional na área da Ciência e da Tecnologia entre instituições e participantes, proporcionando, em especial aos jovens, uma oportunidade de partilha de conhecimento e de contacto com diferentes comunidades e culturas científicas.