“EXISTEM ALGUNS DESAFIOS PARA QUAIS NÓS, ESCOLAS, DEVEMOS ESTAR PREPARADOS”

A Escola Profissional da Ribeira Grande (EPRG) assinalou, no passado dia 5 de fevereiro, o seu 26º aniversário. A celebração decorreu nas instalações deste estabelecimento de ensino e contou com a participação dos funcionários e da comunidade escolar. Na ocasião, João Dâmaso Moniz, presidente d’A Ponte Norte – Cooperativa de Ensino e Desenvolvimento da Ribeira Grande, fez um enquadramento acerca dos desafios e das perspetivas futuras, que passam por reforçar as parcerias e “trabalhar com quem tem o conhecimento, o know-how e a experiência”.

Fundada a 5 de fevereiro de 1998, com o intuito de promover a cultura e o ensino profissional, a Escola Profissional da Ribeira Grande (EPRG) tem atraído cada vez mais formandos, assumindo-se, na região, como uma das que detém mais alunos na sua orgânica.

Segundo afirmou João Dâmaso Moniz, diretor-geral da EPRG, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA, este ano, a valência d’A Ponte Norte – Cooperativa de Ensino e Desenvolvimento da Ribeira Grande assinalou o seu 26º aniversário junto da comunidade escolar, com “os nossos formandos, formadores, colaboradores e funcionários que, de certa forma, entregam parte de si, diariamente, para fazer crescer a nossa escola”.

Na ocasião, o também presidente d’A Ponte Norte – Cooperativa de Ensino e Desenvolvimento da Ribeira Grande fez um enquadramento acerca dos desafios e perspetivas futuras do ensino profissional. “Um aniversário é sempre um momento de reflexão sobre o passado, mas também relativamente ao futuro, perspetivando aqueles que poderão ser os próximos anos, numa altura em que o ensino profissional passa por algumas dificuldades, uma vez que estamos a fazer a transição entre quadros comunitários e de alguma indefinição relativamente às políticas que irão nortear o ensino profissional nos próximos anos”, ressaltou João Dâmaso Moniz, sublinhando que “existem desafios para os quais nós, escolas, devemos estar preparados”.

Relativamente à questão pedagógica, o diretor-geral da Escola Profissional da Ribeira Grande revelou, ainda, que “há uma situação que nos atinge há algum tempo, e que já partilhamos junto de muitas entidades competentes nessa área, que tem a ver com o Catálogo Nacional de Qualificações, que já existe há muitos anos, mas está completamente desatualizado e necessita de ser adaptado para os novos tempos. Quando cada vez mais se fala da escola digital e da necessidade de integrar as novas tecnologias, estas questões devem estar refletidas neste documento, o que, atualmente, não acontece e esta é outra das preocupações que temos tentado transparecer e que precisamos que, a curto prazo, seja solucionada”.

Assegurando que o estabelecimento de novas parcerias é uma prioridade, João Dâmaso Moniz enalteceu que “nós não pretendemos ser uma escola fechada sobre si própria, nós queremos ter um envolvimento contínuo e permanente com a comunidade que nos rodeia, não apenas no concelho da Ribeira Grande e na Ilha de São Miguel, mas também se surgirem oportunidades no Arquipélago dos Açores e fora deste, aliás nós voltamos a apresentar uma candidatura ao Programa Erasmus, onde pretendemos, à semelhança do que temos feito no passado, levar alunos a vários países da Europa, onde possam também ter alguma experiência profissional e contacto com outras realidades, distintas da nossa e que nós entendemos que é uma enorme mais-valia para a sua formação. Estas parcerias, como referi, são para continuar, não há margem para dúvida. Queremos, obviamente, ampliá-las e chegar a outros setores e isto tem de ser conjugado com aquilo que é a nossa oferta letiva, que já estamos a preparar para o próximo ano”.

Radiante e a pensar no futuro, o presidente d’A Ponte Norte – Cooperativa de Ensino e Desenvolvimento da Ribeira Grande frisou que “eu não posso levantar o véu, nem falar sobre aquela que será a próxima oferta letiva, mas, para já, tivemos uma procura muito elevada por um curso muito específico, ligado à aviação civil e que irá, eventualmente, necessitar que exista uma parceria com uma entidade que tenha mais experiência e conhecimento nessa matéria, porque só assim é que podemos, também, dar uma formação de maior qualidade, indo ao encontro daquilo que são as expectativas de quem nos procura, por isso nós queremos trabalhar com quem tem o conhecimento, o know-how e a experiência”.