“FOI UMA REUNIÃO DE TRABALHO MUITO FRANCA, PRODUTIVA E ESPECIAL”

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, reuniram-se, no passado dia 12 de setembro, com Sérgio Humberto, presidente da Câmara Municipal da Trofa, na atual sede da edilidade. No encontro, foram debatidos vários temas, relacionados com o ponto de situação de execução das candidaturas do Portugal 2020, os investimentos realizados no futuro edifício dos Paços do Concelho, na requalificação das instalações da Escola Básica Professor Napoleão Sousa Marques e na futura Praça do Município, assim como os projetos a apresentar, no âmbito do Portugal 2030. No final da reunião, decorreu uma visita ao novo edifício-sede da autarquia, que será inaugurado no próximo dia 5 de novembro.

 

Depois de se ter reunido, em Lisboa, com Sérgio Humberto, presidente da autarquia trofense, a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, deslocou-se até à Trofa, juntamente com António Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), no passado dia 12 de setembro, tendo em vista ficar a conhecer as atuais instalações da edilidade, o futuro edifício dos Paços do Concelho e fazer um balanço da execução dos projetos, por parte deste município. “Esta era uma visita que já tínhamos adiado mais do que uma vez. O senhor presidente da Câmara queria mostrar-me as instalações, para perceber, de facto, a carência que têm, assim como as outras instalações, que serão inauguradas em breve, com o intuito de sensibilizar o Governo para alguns apoios, nomeadamente para aquele que será um edifício que, para além de albergar os serviços municipais, terá outras componentes de apoio à população”, explicou a ministra, em entrevista exclusiva ao AUDIÊNCIA.

Durante o encontro, o presidente da Câmara Municipal da Trofa demonstrou as suas preocupações e ambições futuras, salientando que “temos tudo executado, o que é do PT 2020. Portanto, o que queremos é ir buscar mais verbas e, obviamente, estamos preparados para isso”.

Garantindo que o município da Trofa tem “uma situação de excelente execução no Portugal 2020”, Ana Abrunhosa revelou que “estivemos a fazer um ponto de situação da execução dos projetos do município e estivemos, portanto, a verificar, analisar e ver as possibilidades de algum reforço no financiamento de algumas obras, que têm uma taxa de cofinanciamento baixa, porque, de facto, a autarquia mesmo com taxas de cofinanciamento baixas, tem as obras todas executadas. No final do quadro comunitário, é normal fazermos este trabalho. No fundo, há projetos que não se executam e que libertam verbas e, depois, temos de canalizar estas verbas, para aqueles projetos que foram executados e que até tinham uma taxa de comparticipação reduzida, como é o caso de importantes intervenções que o município da Trofa fez, com um grande esforço e, portanto, eu queria, aqui, saudar o extraordinário trabalho que o município, o senhor presidente e o seu executivo têm realizado”.

Relativamente ao próximo quadro comunitário, a ministra da Coesão Territorial revelou que “estivemos a ouvir os projetos que o senhor presidente e a sua equipa estão a desenhar, para poderem ter enquadramento no Portugal 2030. Também estivemos a falar de coisas concretas, como o facto da nova legislação ser mais desafiante em termos ambientais, mas a Trofa está muito bem preparada e sabe aquilo que são os desafios do futuro”. Neste âmbito, Sérgio Humberto adiantou que, apesar de ainda não ter saído qualquer aviso, “estamos a falar do Auditório/Museu, que é uma carência no município da Trofa, de espaços verdes, de uma Biblioteca Municipal, pois ainda não temos e da reconstrução da Ponte Pênsil, em parceria com a Câmara Municipal de Famalicão, entre muitos outros projetos, que têm características que lhes permite serem enquadrados no próximo quadro comunitário de apoio, PT 2030, no qual o município já está a trabalhar e alguns deles a executar, neste momento”.

Ressaltando a importância de projetos com biodiversidade, que melhorem a qualidade de vida, intermunicipais, empreendedorismo, que melhorem as condições de instalação de empresas, que aprimorem a mobilidade, Ana Abrunhosa enalteceu que “foi uma reunião de trabalho muito franca, produtiva e, para mim, muito especial, porque foi, aqui, neste edifício, nesta vivenda, à qual a Câmara Municipal dirá adeus em breve. Eu queria deixar, aqui, uma palavra de grande reconhecimento ao senhor presidente da Câmara Municipal, mas também ao senhor presidente da CCDR-N, pela sensibilidade que tem e pelo trabalho próximo que faz no território, umas vezes dizendo sim, outras dizendo que temos de refletir, mas é mesmo esse o trabalho, a responsabilidade e a autonomia da CCDR. Aqui, vimos projetos que vão ao encontro daquilo que são os desafios de futuro, tornar as ruas pedonais, circunscrever o tráfego a certas vias, melhorar a qualidade de vida das pessoas na vivência da cidade, criar condições atrativas para as empresas se implantarem e o senhor presidente está também envolvido na estratégia local de habitação, que é financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência, que é muito importante não só para os bairros sociais, mas também para a habitação a custos acessíveis e pronto, quando nos perguntam onde é que andam as verbas dos fundos europeus, nós encontramos muitos e bons exemplos, aqui, na Trofa, quer do Portugal 2020, quer do Plano de Recuperação e Resiliência e o senhor presidente e a sua equipa estão a fazer tudo, para trazerem ainda mais verbas desses pacotes financeiros”.

No final da reunião, o presidente da Câmara da Trofa, a ministra da Coesão Territorial e o presidente da CCDR-N deslocaram-se até ao futuro edifício dos Paços do Concelho, que será inaugurado no próximo dia 5 de novembro. “A senhora ministra já confirmou a sua presença, em representação do Governo, assim como o Presidente da República. A receção aos convidados realizar-se-á pelas 10h30 e a inauguração do edifício às 11 horas. Posteriormente, desenvolver-se-ão várias atividades comemorativas ao longo do dia e obviamente que, aqui, as expectativas começam a ser mais positivas, relativamente ao financiamento desta obra, porque em mais de 10 milhões de euros, tínhamos recebido 1,5 milhões de fundos comunitários. Hoje, tivemos uma boa notícia, fora dos fundos comunitários, uma comparticipação de 800 mil de ajuda do Orçamento de Estado e, agora, vamos trabalhar com a CCDR-N e estar preparados para irmos buscar mais dinheiro, se for libertado noutras candidaturas, para os casos da Praça, da Escola Professor Napoleão Sousa Marques e dos Paços do Concelho, que pode ser financiado com fundos comunitários em 1,5 milhões de euros, assim o presidente da CCDR-N também o queira, que é esse o intuito. Esta reunião de trabalho foi muito produtiva, agora é preciso concretizarmos o objetivo”, sublinhou Sérgio Humberto.