GENTLEMEN PREFER BLONDES

Gentlemen Prefer Blondes é o título original do filme que entre nós ficou conhecido como Os Homens Preferem as Loiras, pelicula musical norte-americana de 1953, realizada por Howards Hawks e interpretado por Marilyn Monroe e Jane Russel (duas grandes estrelas da época!).

A famosa frase que dá o título ao filme poderia ser comparada àquela que em Portugal é muito famosa e que se encontra no oposto; “é dos carecas que elas gostam mais ” motivo para chacota da música popular, pimba e de marchas populares! Se citei o título original foi para lembrar que o realizador aqui já muitas vezes citado Alfred Joseph Hitchcock, gostava das loiras senão vejamos; Tippi Hedren, duas vezes protagonista em Os Pássaros (1963) e Marnie (1964), Julie Andrews em Cortina Rasgada (1966).

E lembremos a relação muito especial com a actriz Grace Kelly. Era o ano de 1962 e Grace Kelly já não era a atriz famosa de Hollywood. Nesse momento da sua vida, governava o Principado de Mônaco com seu marido, o Príncipe Rainier III , já tinha dois filhos e outro vinha a caminho; a última coisa em sua mente era voltar a fazer outro filme. Até que seu velho amigo apareceu. Alfred Hitchcock se aproximou para discutir um guião que eventualmente se tornaria mais tarde no filme já citado Marnie; o filme acabaria por ser interpretado por Tippi Hedren e Sean Connery (o famoso agente 007), mas isso não significava que a Hedren era a escolha preferida. Hitchcock tinha grandes esperanças de voltar a trabalhar com Grace.

Infelizmente, devido ao facto de que ela administrava um pequeno país, o povo de Mônaco não queria particularmente que sua princesa interpretasse um novo filme policial. Foram três os filmes em que eles colaboraram: A Chamada para a Morte (1954), A Janela Indiscreta (1954) e Como Atrapar a um Ladrão (1955). Estes filmes foram inspiradores de muitos espectadores e críticos e acabaram por ficar enraizados no tecido do cinema americano.

Também Ingrid Bergman, loira e sueca interpretou para o realizador em Notorius (1946) e A Casa Encantada (Spellbound) de 1945, Joan Fontaine seria a famosa Rebecca junto a Laurence Olivier em 1940, e Janet Leigh passou maus bocados para filmar a famosa cena do chuveiro em Psicose (1960). Foi em 1956 que Doris Day se encontrou com o realizador no filme O Homem que sabia demais era um remake (nova versão de um outro realizado por ele em Inglaterra no ano de 1934).

Em entrevista para o livro Hitchcock/Truffaut (1967), em resposta à afirmação do cineasta francês François Truffaut de que certos aspectos do remake eram de longe superiores ao original, Hitchcock respondeu: “Vamos dizer que a primeira versão é o trabalho de um talentoso amador e a segunda foi feita por um profissional.” O filme ganharia apenas um único premio Óscar, para a canção original cantada por Doris Day que ficou conhecida como “Que será será” (no original Whatever, Will be, Will be) A canção era cantada duas vezes, a primeira para ser conhecida pelo protagonista e mais tarde para ajudar a salvar ao menino raptado. (aquilo que em teoria pode ser entendido como reconhecimento) Doris Day, morreu loira como sempre, há poucos dias, 13 de Maio de 2019 a idade de 91 anos. “When I was just a little girl/I asked my mother, what will I be/Will I be pretty/Will I be rich/Here’s what she said to me/Que será, será/Whatever will be, will be/The future’s not ours to see/Que será, será/What will be, will be.