JOAQUIM FERREIRA LEITE, DIRETOR DO JORNAL AUDIÊNCIA

“Como ainda não tinha falado hoje, aproveito esta oportunidade e a oportunidade de estar aqui o senhor presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia e todos distinguidos, todos os leitores do AUDIÊNCIA, as 124 instituições que confirmaram presença e também porque estamos em período pré-eleitoral para as autárquicas, eu gosto de salientar estas coisas muito claras e quem me conhece, se não for assim, estou morto, já estive quase, mas agora ainda estou vivo e então oficialmente estão aqui representados os seguintes partidos políticos: Alternativa Democrática Nacional (ADN), Centro Democrático Social – Partido Popular (CDS-PP), Iniciativa Liberal (IL), Bloco de Esquerda (BE), Coligação Democrática Unitária (CDU), Partido Social Democrata (PSD) e pronto, acho que não está mais ninguém.

Eu digo isto porque muitas vezes é sempre princípio de que as más-línguas gostam de misturar, e especialmente no período em que vivemos, atitudes com personalidades, com movimentos e com situações. Reparem, eu sou militante de 5368 do PSD, Partido Social Democrata, para que conste e para que conste, eu não vou falar de política hoje. Mas, vou começar por agradecer a presença da Associação Portuguesa de Imprensa (API) e aos seus representantes, ao presidente da Associação Nacional de Imprensa Regional (ANIR), Eduardo Costa, que nos honrou com a sua presença. Estas são as duas principais associações de comunicação social.

E como falamos de comunicação social, eu quero me dirigir, olhos nos olhos, para o senhor presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, professor doutor Eduardo Vítor Rodrigues e aproveitando a presença dos candidatos, que já se perfilam para mais próximas autárquicas, e eu como disse não vou opinar sobre outras matérias, pois também tenho a minha opinião, porque isto de ser militante do PSD, não quer dizer que se vote às cegas, por isso é que o voto é secreto. Convenhamos. E quero dizer-lhe muito obrigado. O seu comportamento ao longo de 12 anos, 11 e uma vírgula, à frente deste município, na área da comunicação social é exemplar. Há muitos que criticam que o jornal O Gaiense recebe centenas de milhares de euros e que o AUDIÊNCIA recebe dezenas de milhares de euros, que há uma disparidade enorme entre O Gaiense e o AUDIÊNCIA. Mas, O Gaiense e o AUDIÊNCIA não são concorrentes e digo mais, quem lê O Gaiense faz muito bem, mas só fica com a informação completa, se ler o AUDIÊNCIA e vice-versa. Eu estou-me a referir a Vila Nova de Gaia, porque estamos em Vila Nova de Gaia. Não há nenhuma disparidade de verbas entre O Gaiense e o AUDIÊNCIA porquê?

Há oito anos atrás, o senhor presidente estabeleceu um protocolo plurianual de oito anos com a imprensa. Na altura, havia seis jornais, quer dizer, dois jornais e quatro pasquins, mas, no entanto, como alguns defendem, tudo o que está registado na ERC deve ser considerado órgão de comunicação social, o que não é verdade, porque para ser um órgão de comunicação social tem de ter profissionais devidamente encartados, que saibam escrever e que desenvolvam o seu trabalho de jornalistas, não sujeitos a pressões nem económicas, nem sociais, nem religiosas e muito menos políticas.

Portanto, o AUDIÊNCIA sabia há oito anos atrás, o que vai receber em 2025 e isto não é normal, nem acontece na maioria dos concelhos, para não dizer em quase todos os concelhos, porque isto é transparência absoluta, pois quando se assume um contrato a oito anos, não se sabe se o jornal A, B ou C vai dizer que o presidente da Câmara é um sacana daqui a uns dias? E um dos grandes problemas da comunicação social local é o estrangulamento e a submissão que os jornais têm ao poder instalado. Em Vila Nova de Gaia, isso não existe, existe transparência e o AUDIÊNCIA recebe aquilo que pede e O Gaiense, que convidei o Filipe Bastos para estar aqui presente, mas não está, porque está neste momento com uns problemas de saúde, contudo terei muito gosto em almoçar com ele brevemente. É prova evidente de que não há nenhuma rivalidade, nem pode haver. Quantos mais leitores tiver O Gaiense, mais leitores terá o AUDIÊNCIA.

E, portanto, quando um candidato, que hoje não está, cá me vem com a preocupação das verbas que O Gaiense recebe em detrimento do AUDIÊNCIA, eu disse-lhe, senhor candidato, esqueça isso. Não há nenhum problema de verbas. Isso é falar por falar. Aliás, a maioria dos políticos fala por falar, não tem conhecimento da realidade, não está no terreno, não está, apenas fala porque é permitido falar e vemos aquela vergonha na Assembleia da República, para já não falar noutros parlamentos onde falam porque têm boca, porque se não falarem ninguém lhes dá ouvidos e porque há muitos silêncios que falam por si.

Caro amigo e presidente, lembra-se que fomos rivais em Assembleias de Freguesia, mas nunca deixamos de terminar com uma francesinha no Offline, mesmo que me tenham apertado o pescoço, uma altura, à saída da Assembleia de Freguesia, porque lutamos sempre com unhas e dentes pelos nossos objetivos, mas local próprio. Uma coisa é lutar pelos nossos ideais, outra coisa é agredir as pessoas e o que está a acontecer em Portugal e em Vila Nova de Gaia, de uma forma desmensurada é o insulto, é o ultraje e isto não é respeitável. Quem põe a boca no trombone e fala desta maneira sem conhecimento da realidade, é um hipócrita, é um herege e, portanto, senhor presidente, e para todos que estão aqui presentes, o AUDIÊNCIA tem de estar grato a Eduardo Vítor Rodrigues e a todo o seu executivo, pelo que apelo aos candidatos, sejam da extrema-direita ou da direita mais radical ou da esquerda ou da extrema-esquerda, ou para a CDU ou para o PS, é que a comunicação social, conforme está em Vila Nova de Gaia neste momento, com esta transparência, deve ser mantido, não digo os valores, porque eu acho que o AUDIÊNCIA está numa fase de crescimento, de grande ascensão e de grande implantação, não só em Gaia, como no Grande Porto, como também nos Açores.

Aliás, há muita gente que não sabe que o AUDIÊNCIA Ribeira Grande, brevemente só AUDIÊNCIA é o jornal de maior tiragem no arquipélago dos Açores. Há muita gente que desconhece isso e desconhece por uma razão muito simples também, mas isto é um à parte, é porque eu também não vou comer à prata, à mesa dos subsídios, não vou, sou contra, porque eu sou a favor do apoio a atividades concretas e Vila Nova de Gaia é um exemplo transparente. Vila Nova de Gaia está de parabéns. Peço aos municípios que estão aqui presentes de uma forma exemplar, Trofa, Montalegre, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, que se revejam nesta posição do município de Vila Nova de Gaia.

O AUDIÊNCIA só está vivo neste momento, porque tem um presidente de Câmara chamado Eduardo Vítor Rodrigues, doa a quem doer. Já, agora, o município de Vila Nova de Gaia apoiou esta iniciativa com 20 mil euros. Há quem diga que é um disparate, porque a seguir O Gaiense se vai levar 40 ou 50 mil, mas eu quero lá saber! O AUDIÊNCIA pediu 20 e chega, se O Gaiense pede 50 ou 90 é porque precisa e se a Câmara dá, não tem problema nenhum! Eu não tenho inveja do que os outros ganham. O problema que está nos cidadãos cada vez mais é inveja.

A inveja por eu ter trocado de fato antes de vir para o palco. Portanto, há problemas desses. Meus amigos, nós somos cidadãos acima de tudo, não somos laranjas, não somos cor-de-rosa, não somos vermelhos, não somos azuis. Nós somos cidadãos e a coisa mais importante que há é o respeito. Nós podemos ter divergências, mas devemo-nos respeitar, não nos devemos maltratar. Repare, ser político e ser autarca, hoje em dia, é uma missão muito ingrata. São vistos de lado e tudo o que fazem é corrupção, é clientela aos amigos e depois têm outro problema, que é o reverso, quando não fazem aquilo que os amigos querem, criam inimigos e não há pior inimigo do que os amigos falsos.

Caro Professor Doutor Eduardo Vítor Rodrigues, obrigado. Tenho de agradecer profundamente, eu e a minha equipa, Tânia Durães, Joana Vasconcelos, António Moreira Domingues, colaborador Álvaro Bastos. A Tânia Durães e a Joana Vasconcelos são as duas profissionais encartadas, para além dos colaboradores que temos em grande quantidade que trabalham voluntariamente, não são profissionais falsificadas e a grande diferença entre um jornal e um pasquim é aquele que cria e paga a taxa na ERC e se candidata aos subsídios municipais, ou do Estado, etc. e não tem lá um único profissional, tem alguns espertos. Esta é a minha equipa, que já foi grande, mas agora é muito pequenina. Mas, é uma equipa que faz dois jornais por semana, um para o Grande Porto e outro para os Açores.

É evidente que eu também faço parte da equipa e também lá estou, porque senão não era possível escrever 64 páginas de jornal, manter as redes sociais, responder a e-mails, aturar, enfim, várias vezes ao dia e estarmos junto das associações. Senhor presidente, nunca é demais agradecer e nunca se arrependa pela transparência com que executou esta tarefa. O resto eu não falo, porque não é a minha missão. A minha missão é manter-me neutral, agora quanto à comunicação social, senhores candidatos não venham ter comigo, perguntar o que está mal. Se perguntam o que está mal é porque não conhecem a realidade de Gaia, é porque não conhecem o que se passa e quando não conhecem o que se passa na comunicação social, também não sabem do resto do concelho. Esqueçam.

É por isso que estamos cheios de autarcas que só aparecem para a fotografia. Só estamos cheios de deputados que nunca falam na Assembleia e quando falam é para dizer asneiras e há outros que trabalham e quando trabalham provocam dor de cotovelo aos restantes, que logo arranjam maneira de haver uma empregada que um dia partiu uma unha do pé, quando estava na casa de banho do senhor deputado ou não sei e se for o presidente da Câmara é um traidor, é um malvado. Senhores presidentes Câmara de Montalegre, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, obrigado pelo vosso compromisso com a sociedade, sigam sempre isentos, quer como autarcas, quer como pessoas humanas, que todos nós somos e contem comigo para tudo o que quiserem. Às 124 associações aqui presentes, quero dizer que o jornal é vosso. Nenhum artigo será bloqueado, desde que respeite a pessoa humana.

Obrigado, Tânia, Joana, António Moreira Domingues e às apresentadoras também Maria dos Anjos Avelar, que vem dos Ginetes, de Ponta Delgada, e Manuela Bulcão, que embora preste serviço social em Malta, em Vila do Conde, é da freguesia da Matriz, no concelho da Horta. Como eu disse há pouco, nós estamos em crescendo nos Açores e, portanto, quero deixar uma palavra final à Sandra Garcia, porque o então AUDIÊNCIA Açores nasceu em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira, e foi ela quem assistiu ao parto. Muito obrigado a todos, pela vossa presença”.

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