LIBERDADE… A QUANTO OBRIGAS?!

Esperando que as vossas festas natalícias tenho corrido pelo melhor, tal como prometido, volto hoje ao vosso encontro, com a devida benevolência do Diretor deste prestigiado jornal. No nosso último contacto apresentei-vos, em linhas gerais, os motivos que me levaram a aceitar liderar a candidatura da Iniciativa Liberal, pelo círculo eleitoral dos Açores, às eleições Legislativas de 30 de janeiro. Comprometi-me a voltar. Cá estou eu!

Na Iniciativa Liberal entendemos a liberdade individual como expoente máximo da concretização dos sonhos e objetivos de cada um, na senda de contribuir decisivamente para o bem comum. Mas a liberdade de cada qual não pode estar sujeita, constantemente, aos atropelos que os sucessivos governos portugueses têm vindo a perpetrar.

Os governos, na ótica liberal, não devem ser mais do que (bons) gestores do dinheiro dos nossos impostos, meros reguladores do funcionamento da sociedade/economia, nunca prestadores de serviços (exceção às questões de soberania, segurança e justiça… todos os outros podem e devem ser praticados por privados… sim, até a educação e a saúde).

Infelizmente, em Portugal, nos últimos 45 anos, tudo isto tem falhado. Tanto PS, como PSD, não têm sabido gerir bem os impostos dos contribuintes (antes pelo contrário!), intrometem-se em tudo o que mexe (não fazem bem e não deixam os outros fazer!), acabando assim por se substituir, perniciosamente, à iniciativa privada que, agrilhoada a este viciado e vicioso sistema, opta por emigrar em busca de sociedades mais livres e mais prósperas. E quando a geração mais qualificada de sempre de portugueses não encontra portas abertas na sua terra e busca um futuro melhor além-fronteiras lusas, significa que a política falhou, que os políticos foram incompetentes. E sucessivamente tem sido assim!

Mas atenção! Nos últimos 6 anos, o socialismo não governou sozinho. À esquerda do PS, bloquistas e comunistas olearam a engrenagem e meteram em funcionamento a geringonça. Nos últimos 6 anos, PS, BE e PCP destruíram e revogaram medidas que tinham sido impostas a Portugal por ordem dos credores internacionais (duras medidas, é certo, particularmente as que “foram para além da Troika”), mas necessárias para tentar voltar a colocar o País nos carris das contas certas, na pista do crescimento económico, na autoestrada do progresso e desenvolvimento. Porém, a geringonça foi incapaz de inverter o rumo das governações de esquerda. Nos últimos 6 anos, com as esquerdas unidas, Portugal voltou a aumentar a dívida, carregaram-nos com a maior carga fiscal de sempre, nivelaram por baixo o nível de rendimento da geração mais qualificada de sempre, não combateram a desertificação e o envelhecimento da população, antes foram decisivos para a tal sangria desenfreada de jovens talentos portugueses… Dúvida que sempre me assolou: Será que a esquerda não consegue perceber que os portugueses são bons em qualquer parte do Mundo, menos no seu País???

Como é óbvio, antes de avançar com algumas das nossas propostas muito concretas, importa fazer este enquadramento, porque a história não pode ser olvidada, sob pena de nos acontecer no futuro o que nos acaba de suceder com a governação das esquerdas. Não há tafulho! E não vale ao BE e ao PCP dizerem que estão preocupados com o País, porque são corresponsáveis pelas políticas impostas nos últimos 6 anos aos portugueses. BE e PCP foram peças da geringonça que enferrujou e apodreceu, mesmo quando o Orçamento de Estado era o mais à esquerda de todos os tempos.

Assim, a 30 de janeiro, existe uma escolha importantíssima que os eleitores Açorianos têm de fazer:

  1. Ou manterem o socialismo que, ciclicamente, tem empobrecido os portugueses e endividado brutalmente as próximas gerações, taxando-nos com a maior carga fiscal de sempre;
  2. Ou enveredarem por uma pseudo-alternância de poder, sabendo-se que o PSD prefere governar com os socialistas, seguindo as políticas de esquerda que mais têm massacrado os contribuintes deste País;
  3. Ou libertarem-se das amarras dos mesmos partidos de sempre que, em 45 anos, já deram provas de não serem capazes de nos proporcionar um futuro melhor.

Com esta gente isto só lá vai a toque de cunhas, amizades e compadrios…

Vamo-nos libertar!

Vamos dar a possibilidade de a Iniciativa Liberal contribuir para uma mudança de paradigma. Sim! Isto obriga “a abanar a barraca”, a varrer maus velhos hábitos, a atirar fora aqueles que só estão no sistema por meros interesses pessoais ou corporativos. E existem famílias, na política portuguesa, que mais parecem sindicatos!

Só a Iniciativa Liberal será capaz de cortar estas amarras. Pensem no assunto…

Até à nossa próxima conversa!

 

*Cabeça de Lista Iniciativa Liberal pelos Açores nas Legislativas de 30 de janeiro