NADA NEM NINGUÉM APAGARÁ A HISTÓRIA

Vamos lá tratar os bois pelos nomes e se for preciso agarrá-los pelos cornos.    Cada vez se fala mais em racismo, xenofobia ,direitos destes e direitos daqueles, mas afinal com estas polémicas onde vamos parar.

Não aprendemos desde sempre, no seio da família, da escola e até na igreja a respeitar o nosso semelhante? Não há leis para cumprir?

Vamos lá pôr em prática, tão só e apenas o que aprendemos no seio da nossa família desde pequeninos e cumprir com a lei Portuguesa respeitando a Lei mundial direitos humanos, dos animais e da natureza, que traduzido á letra é a lei que nos protege a todos como seres humanos, e, proporciona o equilíbrio deste planeta azul.

Mas também aqui, nos direitos humanos temos o seu quê de interrogação: há os direitos humanos dos presos por assassinato, mas esquecemo-nos com facilidade dos direitos humanos dos assassinados, daqueles que às mão de um qualquer ser, morreram.

Destroem-se estátuas, vandalizam-se sepulturas, queimam-se livros de pessoas que ao longo dos séculos e na sua época estiveram, bem ou mal ligados à história. Mudam-se nomes de Ruas, Pontes, Navios etc. Fazem-se petições para derrubar o monumento aos descobrimentos, as estátuas de Baden Powell, Cristóvão Colombo e tantos por esse mundo fora, já agora creio que estão a copiar passo a passo o que os talibãs fizeram no Afeganistão com as estátuas gigantes património da humanidade.

A parte animalesca do ser humano é capaz de tudo, do melhor e do pior, mas será que mesmo assim se escrevem ou se apagam páginas da história?

Não se pode negar as atrocidades ao longo dos séculos e muito mais recente, do século passado, da 1ª e 2ª guerra mundial, não se pode passar uma esponja o que se passou em Tiananmen, também conhecida como praça celestial na China, nem sobre o que se passa actualmente em Myanmar, em Moçambique, na Líbia, no Sudão e tantos, tantos países por esse mundo fora.       Podemos aprender com os erros, corrigir o passado mas na minha modesta opinião não nos servirmos deles para apagar a história, como se isso fosse possível!

A história, são páginas do livro da vida do ser humano que nunca se poderão apagar. Foram tempos em que as cruzadas, servindo-se da religião escravizavam e matavam. Hoje é o reverso são os extremistas islâmicos, a matar servindo-se do nome de Deus. Noutros tempos eram os brancos a colonizar, tantas vezes escravizar e matar por esse mundo fora, hoje são os africanos, nos seus próprios países a massacrar brancos e outras etnias. Mas será que algum, dia o deus de cada um, disse para matar em seu nome? Ou será que o ser humano tal como outrora, hoje é mais animalesco que os próprios animais?

Na pré-história o ser humano e animal, matavam para sobreviver, na idade média já se matava por matar, nos dias de hoje, mata-se sem olhar a meios o que importa é atingir os fins.

A história, são também as páginas do livro da vida de cada País, ainda Portugal era simplesmente condado portucalense e o nosso rei D. Afonso Henriques começou a expandir o território português, ao longo dos séculos os nossos reis conquistaram metade do mundo, cometendo atrocidades, escravizando, o que podemos chamar a isto? O que podemos dizer dos nossos reis, dos nossos governos, dos nossos políticos que bem ou mal governaram a seu belo prazer?

Será que vandalizando as estátuas, mudando as ruas de nomes, pondo pomposamente outros nomes que em nada contribuíram para a sua construção e como tal desenvolvimento de Portugal na altura, vão apagar a história?

Honra seja feita ao povo de Idanha, que mantém o nome da sua barragem com o seu nome original, por muito que vandalizem as placas.

Será que o 25 de Abril, veio trazer apenas coisas boas?

Repare-se no que se passa actualmente nas ex-colónias, Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde e todos os outros territórios que não eram nossos, foi apenas a ganância de encher os cofres do estado novo e os bolsos de alguns, mas não podia ou devia a descolonização ser feita de outra forma?

Se calhar, era isso que aqueles povos que hoje sofrem, quereriam?

São apenas perguntas, que ficarão para a história que, quer se queira quer não, nunca nem ninguém poderá apagar. D. Afonso Henriques, será sempre o primeiro rei de Portugal, fomos governados e maltratados durante 60 anos pelos espanhóis, fomos governados ao longo dos séculos por reis que se serviam do ser humano como escravos. Fomos invadidos pelos Franceses, Sofremos diversos golpes de estado. Fomos governados pelo Fascismo durante 40 anos, mas que também nos colocaram fora da 2 guerra mundial, diga-se. É a nossa história é o livro da vida de um país.

Temos à quase 50 anos, uma democracia, que quer queiramos quer não, está cheia de corrupção, dá guarida a burlões e em algumas situações ao longo dos anos apoiou em a algumas situações a mentira (as armas químicas no Iraque, que nunca existiram).      Temos à quase 50 anos uma democracia, que trata os portugueses diferenciando-os como que, por escalões, Portugueses de 1ª, de 2ª e às vezes até refugo. Os nossos políticos da democracia pós 25 de Abril, apenas se lembra dos sem abrigos no inverno, apenas se lembra do serviço nacional de saúde (empregados, enfermeiros e médicos), em tempo de pandemia enfim, quando lhes convém.

Somos um país com uma história, que apenas é lembrada quando convém, por isso é quase sempre esquecida. É muitas vezes lembrada quando fazem as promessas eleitorais, mas esquecida quando são eleitos.

Quer queiramos quer não, somos um país com 10 séculos de história, às vezes de glória outras vezes nem tanto, mas é e será sempre a nossa história, que nada nem ninguém poderá apagar, é a história de um povo, é a história de Portugal é a história da humanidade e não a história de um ou outro iluminado, que por um minuto quer apenas protagonismo.