O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou, na Horta, que a obra de construção do novo Matadouro do Faial é “extremamente importante”, salientando que “vai dar melhores condições do ponto de vista tecnológico, ambiental e sanitário para os abates e criar novas oportunidades para a economia ligada ao setor agrícola” nesta ilha.
João Ponte falava no final de uma visita às obras em curso do novo Matadouro do Faial, destinado ao abate de gado e à preparação de carcaças e miudezas, que terá uma sala de desmancha anexa.
As obras, que estão a decorrer num terreno cedido por permuta com a Câmara Municipal da Horta, estão orçadas em cerca de cinco milhões de euros, incluindo o fornecimento e a instalação dos equipamentos frigoríficos, estando a sua conclusão prevista para outubro.
A consignação da empreitada de construção do Matadouro do Faial teve lugar a 15 de abril de 2016, com um prazo de execução de 540 dias, estando os trabalhos a decorrer conforme previsto.
A nova unidade de abate é um matadouro de média dimensão, polivalente, contemplando todos os requisitos para que se cumpram integralmente as exigências tecnológicas, higiosanitárias e ambientais legalmente impostas, salvaguardando-se assim a qualidade da carne e a saúde dos consumidores e do público em geral.
O novo Matadouro do Faial dispõe também de uma estação de tratamento de águas residuais industriais e de uma unidade de preparação e acondicionamento de subprodutos e despojos gerados no âmbito do processo de abate, preparação e desmancha.
O edifício é constituído por uma nave de abate com capacidade instalada de 15 a 20 bovinos/hora e de 40 suínos/hora, uma abegoaria com capacidade para 37 bovinos em parques individuais e 56 suínos ou 14 bovinos ou ainda 66 ovinos/caprinos em parques coletivos, um bloco de frio com capacidade de refrigeração de 145 carcaças e uma sala de desmancha com capacidade para 10 carcaças de bovino/dia ou 20 carcaças de suínos/dia.
No novo Matadouro do Faial será construída ainda uma Unidade de Acondicionamento de Subprodutos, onde serão armazenados em contentores de frio para depois serem encaminhados para a Central de Valorização Energética da Ilha Terceira.
O setor da carne bovina tem registado um crescimento assinalável no Faial, tendo o número de animais abatidos crescido mais de 40% de 2015 para 2016, enquanto a exportação de animais em carcaça aumentou 175% no mesmo período.
Nos últimos anos tem-se vindo a verificar um aumento sistemático no número de animais abatidos nos matadouros da Região e expedidos para comercialização no exterior, com maior valorização do produto e com vantagens para a economia açoriana e para os produtores de gado de carne.
A grande modernização da rede regional de abate, que está em curso nesta legislatura abrange construções de raiz, melhorias e beneficiações, representando um investimento global superior a 15 milhões de euros nos matadouros do Faial, São Miguel, Graciosa e Terceira.