O PCP NO PARLAMENTO EUROPEU

Em campanha para as próximas eleições europeias nada melhor do que conhecer um pouco a actividade dos parlamentares portugueses neste areópago europeu para atenuarmos uma certa indiferença em relação ao que lá se passa.

Há iniciativas partidárias por todo o País, jornais e revistas apresentam artigos e na televisão são realizados debates com os representantes dos partidos concorrentes, no entanto nestes debates quantas vezes os deputados, nem todos, confrontados com perguntas directas sobre a sua actuação, presenteiam o adversário com extrapolações e provocações relativas à sua ideologia, acabando por não esclarecer o eleitorado sobre o que realmente concerne ao Parlamento Europeu, caso por exemplo do representante do CDS que sistematicamente foge às perguntas que interessam ao eleitorado.

Os deputados ao Parlamento Europeu são os representantes eleitos do povo na UE, pois representam os seus interesses e os das respectivas cidades ou regiões na Europa, ouvem as pessoas com preocupações locais e nacionais, os grupos de interesses e as empresas, sendo legisladores da UE, mas também podendo questionar a Comissão e o Conselho de Ministros. Os deputados ao Parlamento Europeu desempenham um papel importante nas grandes questões do nosso tempo, como as alterações climáticas, as migrações, os direitos humanos no mundo, a forma como regulamos os nossos mercados financeiros, a coesão social e o desenvolvimento económico.

Nesse sentido, tem todo o cabimento apresentarem um balanço da sua actividade ao eleitorado como fez o PCP que agora mostra o trabalho dos seus deputados na legislatura de 2014 a Maio 2019.

O presente balanço síntese constitui uma oportunidade e um instrumento para prestar contas ao povo português, ainda que de forma resumida, daquela que foi a actividade dos deputados do PCP no Parlamento Europeu ao longo da referida legislatura, levada a cabo pelos deputados João Ferreira, Miguel Viegas, Inês Zuber e João Pimenta Lopes, este em substituição de Inês Zuber desde 1 de Fevereiro de 2016, e alicerçada na intervenção de um amplo colectivo.

Uma intervenção confiante e determinada em defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores e do País, para assegurar avanços, para combater retrocessos, para romper com o rumo de desigualdade, dependência e abdicação nacional, para enfrentar a submissão ao Euro e as imposições e condicionalismos da União Europeia, para recuperar os instrumentos necessários à resolução dos problemas do povo e do País e ao seu desenvolvimento soberano.

Uma intervenção que não desperdiçou nenhuma oportunidade para defender os trabalhadores e o povo, para apresentar propostas e soluções para os problemas, para combater e romper com a política de direita e denunciar os seus responsáveis e executores, PS, PSD e CDS, uma intervenção norteada pelos eixos centrais da política alternativa de valorização do trabalho e dos trabalhadores, dos direitos, salários, reformas e pensões, de defesa e promoção da produção nacional e dos sectores produtivos, de garantia do controlo público da Banca e do conjunto dos sectores básicos e estratégicos da economia, de apoio às micro, pequenas e médias empresas e ao sector cooperativo, de garantia de uma administração e serviços públicos ao serviço do povo e do País, de justiça fiscal, de defesa do regime democrático e do cumprimento da Constituição da República Portuguesa, de combate à corrupção e de uma justiça acessível a todos, objectivos indissociáveis da afirmação e defesa da soberania nacional e da renegociação da dívida pública.