OZONO CLÍNICO AJUDA A TRATAR DOENÇAS DO PÉ

A Ozonoterapia Podal é uma técnica que utiliza o ozono clínico como agente terapêutico num grande número de doenças, nomeadamente podais. Esta é uma terapia totalmente natural que, sendo realizada corretamente por podologistas pós-graduados, e utilizando geradores de ozono fiáveis, apresenta resultados bastante positivos e poucas contraindicações ou efeitos secundários.

O ozono (O3) clínico é uma molécula instável e obtém-se através do O2 puro; uma mistura O2-O3 normalmente constituída por 98 por cento de O2 e somente 2 por cento de O3, esta molécula é composta por três átomos de oxigénio (O2), que se forma a partir de uma reação térmica induzida na molécula de oxigénio (O2), transformando-se numa molécula rica em energia que melhora o processo de oxigenação. Dada a sua instabilidade, o contacto com o corpo humano estimula a produção de defesas antioxidantes que eliminam radicais livres (moléculas produzidas no nosso organismo, e que em excesso podem ter efeitos tóxicos).

Perante este cenário, é possível perceber que a Ozonoterapia se apresenta como um tratamento útil, uma vez que modula as estruturas celulares desde a mitocôndria (componente de uma célula animal), promove maior capacidade funcional global, ajuda a eliminar o ácido úrico, elimina bactérias, fungos e vírus da circulação, restaurando a saúde do pé.

Como foram descobertas as propriedades do ozono?

Segundo Eurico Fermi, físico italiano galardoado com o Prémio Nobel da Física em 1938, “o ozono é a maior descoberta da Química Moderna”.

Historicamente o ozono foi descoberto em 1785 pelo físico holandês Martinus Van Marum, mas só em 1857 é que o físico Werner Von Siemens desenvolveu um gerador de alta frequência, onde efetuou as primeiras tentativas de destruição de microrganismos.

Já em 1870, o médico alemão C. Lender fez a primeira publicação sobre os efeitos biológicos práticos relativos à desinfeção da água Em Portugal, mais concretamente, o ozono foi inicialmente introduzido em processos industriais de purificação do ar e da água de consumo, à semelhança de vários países europeus.

Durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), médicos alemães e ingleses utilizaram o ozono para tratamento de feridas em soldados, conforme foi noticiado pela revista THE LANCET, nos anos 1916 e 1917.

Dr. Blass fundou em 1913 a primeira associação alemã de Ozonoterapia, e em 1915, Dr. Wolf, cirurgião-chefe dos serviços médicos do exército alemão, ampliou a aplicação de ozono no tratamento tópico de feridas infetadas, pé congelado, gangrena e úlceras de decúbito.

Erwin Payr, importante cirurgião austríaco e professor em Leipzig, testou em 1935 a aplicação e efeito de ozono em feridas e apresentou uma publicação de 290 páginas intitulada “O tratamento com ozono na cirurgia”.

Com o passar dos anos, novas pesquisas foram surgindo. Em Portugal, no ano de 2007, surgem as primeiras notícias sobre a Ozonoterapia utilizada em dor osteoarticular e dor crónica. Em 2008 são construídas as primeiras saunas de ozono, mas ainda hoje têm pouca expressão no país. Em 2009 começam a ser utilizados cremes ozonizados, sabonete ozonizado e é incrementada a divulgação da Ozonoterapia. Em 2011 é constituído o primeiro centro especializado unicamente em Ozonoterapia – Centro de Ozonoterapia. Já o aparecimento dos primeiros suplementos de ozono em microcápsulas data sensivelmente de 2012. Em 2013 a Ozonoterapia é reconhecida como tratamento na Portaria n.º 163/2013 de 24 de abril, a qual estabelece a tabela de preços a praticar pelo Serviço Nacional de Saúde.

Como se processa a Ozonoterapia Podal?

A aplicação de ozono no pé pode ser efetuada através de: hidrozonoterapia; bolsa de ozono; aplicação subcutânea de ozono; e aplicação tópica (de água e óleos ozonizados – activozone).

A produção de ozono destinada para esta terapia é feita através de um gerador de ozono (equipamento que transforma gás de oxigénio em gás de ozono), que ao ser infundido numa bolsa de ozono, entra em contacto com a pele, transformando-se e procurando oxidar células e tecidos mortos, fungos, bactérias, leveduras, vírus, resíduos metabólicos celulares e outros poluentes. Nos tratamentos tópicos observa-se a inativação de microrganismos por ação direta do ozono com rutura oxidativa das suas membranas.

De acordo com a minha experiência clínica, a Ozonoterapia Podal ostenta propriedades químicas ímpares, que lhe conferem a possibilidade de ser utilizada no tratamento de várias doenças podais, tais como: infeções da pele; micoses; úlcera nos membros inferiores; eczema; pé de atleta; tendinite e tendinose; dores musculares; artrite reumatoide e artrite gotosa; queimaduras; contusões; picadas de insetos; psoríase; gretas e fissuras; lesões articulares; tendinopatia do tendão de Aquiles; esporão ósseo e exostoses ósseas.