Na Gala dos 110 anos da Associação de Futebol do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa foi anunciado como vencedor do Prémio Ouro e Mérito. Devido à sua ausência nesta cerimónia, foi marcado um momento simbólico na sede da AFP para a entrega do galardão, que aconteceu no dia 28 de setembro. O líder dos dragões mostrou-se honrado com a distinção, surpreendido com a presença de tantas individualidades e ainda recordou a primeira reunião como presidente do FCP, há 40 anos.
Jorge Nuno Pinto da Costa foi o premiado com o galardão Ouro e Mérito da Associação de Futebol do Porto (AFP), na Gala dos 110 anos da instituição, que se realizou no passado dia 10 de setembro. No entanto, devido à agenda de jogos do Futebol Clube do Porto (FCP), o líder dos dragões não conseguiu estar presente, pelo que o prémio foi entregue, posteriormente, numa pequena cerimónia que teve lugar na sede da AFP e que aconteceu no dia 28 de setembro, data em que o FCP festejava, também, o seu 129º aniversário. Este momento singelo contou com a presença de Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, José Couceiro, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Vítor Dias, presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude, bem como de outros elementos da SAD do FC Porto. Os autarcas Eduardo Vítor Rodrigues, de Vila Nova de Gaia, Marco Martins, de Gondomar, e Luísa Salgueiro, de Matosinhos, também marcaram presença, assim como diversos vereadores do desporto, entre outras personalidades.
José Neves, presidente Associação de Futebol do Porto, tomou a palavra e, depois de parabenizar o Futebol Clube do Porto pelo seu aniversário, à semelhança do seu discurso na Gala dos 110 anos da instituição, falou sobre o mais recente sonho a AFP, a Academia de futebol e destacou, ainda, a aposta no futebol e futsal feminino e a necessidade do poder autárquico continuar a apoiar o desporto. “O futuro é inovação, o futuro é a Academia, a aposta no feminino, na diversidade, na formação, no digital, na comunicação e na digitalização”, destacou.
Sobre o premiado da noite, José Neves, não poupou nos elogios. “Na longa historia do FCP, há um antes e um depois. Um antes e um depois da liderança e presidência de Jorge Nuno Pinto da Costa. Antes víamos um clube digno e com potencial, depois passamos a ver um clube apostado em vencer, um FCP com cultura de vitória, um FCP que se tornou uma das principais marcas da cidade, do Norte e do país, um clube respeitado na Europa e admirado no mundo”, referiu o presidente da AFP, salientando ainda que “estamos aqui, hoje, para homenagear o mérito de Jorge Nuno Pinto da Costa nos 40 anos de presidência do FCP (…). Um exemplo de excelência do dirigismo e uma referência mundial. Em Portugal, na Europa e no mundo, nenhum presidente está ligado a tantos títulos como Jorge Nuno Pinto da Costa e nós temos a honra de poder dizer que ele é parte integrante da família da nossa associação”.
“Caro presidente, há homenagens que honram mais quem as faz do que quem as recebe, há reconhecimentos que marcam mais quem os faz do que quem os recebe. Como presidente da AFP é uma honra e um privilégio entregar-lhe o mais alto galardão da nossa associação, pelo que fez e faz pelo FCP, clube nosso fundador, pelo que fez e faz pelo futebol em Portugal, pelo exemplo de competência, mérito e visão”, terminou José Neves.
Por sua vez, o presidente do Futebol Clube do Porto, lembrou os seus primeiros dias como dirigente, e o quanto visitava a antiga sede da AFP, num tempo em que tudo se tratava pessoalmente e não haviam, ainda, emails nem telemóveis. “É difícil expressar o que me vai na alma (…), mas queria agradecer, profundamente, este galardão que irá ter um lugar muito especial no meu gabinete, mas queria, também, ter uma palavra de felicitações para a associação, porque só o prestígio desta associação, a maior do país, com números impressionantes como nos referiu há pouco, conseguia ter, nesta plateia, para uma simples entrega de um troféu a um dirigente, aqui, tão ilustres pessoas, a nata do nosso futebol, a nata do poder autárquico”, agradeceu Pinto da Costa, mostrando-se feliz pelas caras familiares na audiência.
“É muito difícil ser presidente durante 40 anos. Eu acho que quando tomei posse, a 23 de abril de 1982, se me dissessem que eu ia estar, hoje, aqui, a receber um troféu pelos meus 40 anos de presidência, o mínimo que eu chamaria a quem o dissesse, era louco”, brincou o líder dos dragões, recordando que “na primeira reunião que tivemos de direção, e reuníamo-nos todos os dias perante as dificuldades que tínhamos, eu assumi, e está aqui um indivíduo que estava presente, o compromisso, e todos assumiram o compromisso, de dedicar tudo ao FCP, de tomar as decisões que fossem necessárias e que pensássemos justas para o FCP e que no dia em que tivéssemos medo de tomar a atitude que achávamos ser correta, nos viríamos embora. Passados 40 anos, ainda cá estou, sinal de que, tendo feito coisas boas, outras menos boas, quiçá algumas más, nunca agi ou deixei de agir com medo seja do que for, em prol do FCP”. Jorge Nuno Pinto da Costa terminou agradecendo aos colegas que o acompanharam, afirmando que “tudo aquilo que eu pude ajudar o FCP a conquistar, sem ter a retaguarda das minhas direções e das minhas administrações, não era possível ter sido feito. Um abraço para todos, os antigos e os atuais”.