PORTUGAL NAÇÃO QUASE MILENAR

É bem provável que a maior parte dos cidadãos europeus, mesmo os mais elucidados, com os portugueses incluídos, não tenham a noção da situação real que o Mundo atravessa. Porém, com os pés bem assentes no solo, se nos dispusermos a raciocinar um pouco, não teremos dificuldade em concluir que o Mundo dos nossos dias, tal como hoje o conhecemos, está em franca agonia”; em agonia lenta, nos mais diversos sectores da civilização e Portugal, na sua condição de nação quase milenar, deve ter a noção exacta da perigosa realidade da extinção da espécie humana, que se um dia ocorrer, será fruto da irracionalidade reinante, porque na hora da “verdade”, as maiores vítimas serão os orgulhosos e os irracionais, se algum escapar da hecatombe que se ameaça sobre a face da terra. Aliás, em boa verdade, os sucessos ou fiascos da humanidade estarão sempre ligados de perto a comportamentos que as “sociedades” mais evoluídas, quer económica, quer social ou militarmente ditarão, como se tem visto ultimamente, sobretudo da parte de certas correntes mais radicais. Por isso, uma vez aí chegados, o bom senso sucumbirá e jamais serão os iluministas a ditar as “leis” (leis de Concórdia), se ainda houver o mínimo de discernimento entre o bem da diplomacia e o mal das chacinas sistemáticas que corporizam o argumento que alimenta a lei dos mais fortes e dos “seres desprezíveis também”.

Um quadro de altos e baixos numa história multissecular !

Mas antes de falar do mundo actual e do estado bélico e calamitoso a que se chegou, por via do irracionalismo de certos ditadores que negam aos seus súbditos os mais legítimos direitos sociais, torna-se imperioso abordar um pouco do Portugal próspero que fomos, quer no plano doméstico, quer no cenário além-fronteiras, mediante a conquista de novas possessões territoriais, quer em África (Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Principe), quer no Extremo Oriente (Timor Lorosae), tal como havia sucedido anteriormente na América do Sul com a afirmação de um Brasil imenso, onde ainda hoje estamos bem presentes, através de uma língua pujante, que é falada por milhões de seres humanos. Por isso mesmo, ultrapassado o fracasso inicial da Coroa Portuguesa no início do terceiro quartel do Século XVI, com o infortúnio pela perda do monarca de então (D. Sebastião) em Alcácer Quibir, o Português é hoje uma Língua Universal, que se pode ouvir nos mais diversos pontos do globo terrestre, onde até seria impensável. Todavia, como se afigura normal, todos os sucessos colectivos transportam consigo vícios e incertezas que o ser humano nem sempre consegue controlar. Assim sendo, actualmente, a rota das especiarias e a rota da seda, a par de outros empreendimentos que outrora nos projectaram como nação além-fronteiras, apenas fazem parte das nossas memórias individuais, que importa proteger como memória colectiva de todo um Povo, que devemos registar perenemente, para que essa Língua Universal, que outrora deu Novos Mundos ao Mundo possa manter-se viva e pujante, para que possamos outorgá-la com absoluta salubridade aos compatriotas linguísticos que geração após geração, nos vão sucedendo alimentando” a “portugalidade camoniana” nos mais diversos pontos do globo onde ainda é possível ouvir falar a Língua Portuguesa! 

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