Segundo a Câmara Municipal de Montalegre, a primeira “Sexta 13” do ano superou o receio atmosférico e ofereceu, ao muito público presente, um espetáculo que surpreendeu e agradou.
A zona histórica da capital do Barroso voltou a ser inundada por “bruxas”, “demónios”, “figuras do além” e “duendes”, que rumaram, num corrupio de boa disposição, a um evento que se assinala desde 2002, que se tornou numa das maiores festas do país, e que vai voltar a ser celebrado no próximo dia 13 de julho.
Orlando Alves, presidente da Câmara Municipal de Montalegre, revelou que “o balanço é extremamente positivo” e que “vemos uma multidão de gente jovem com vontade de passar uma noite de convívio e de festa em ambiente rural, para a celebração da vida. Este é o segredo da ‘Sexta 13’ que é tão bem planeada e estruturada que até o São Pedro se alia a nós comtemplando-nos com uma noite magnífica. O espetáculo surpreendeu-me. Agradou-me muito. Com muita tecnologia, muita digitalização e vanguardismo. Senti que há minha volta toda a gente gostou. Quando assim acontece, só tenho que ficar satisfeito porque o investimento foi bem aplicado”.
David Teixeira, vice-presidente da Câmara de Montalegre, afirmou, neste contexto, que “foi mais uma ‘Sexta 13’ imaginada e concebida. O sentimento é de objetivos conseguidos. Havia um grande receio devido às condições climatéricas. Poderíamos não ter esta moldura humana que acabou por se criar. Acho que o espetáculo rompeu com tudo o que tínhamos apresentado nos últimos anos. Questionou os elementos fundamentais da vida, as origens e o rumo a seguir. A ‘Sexta 13’ tem esta magia: tão depressa estamos a ouvir um grupo de música popular como estamos a pensar nos valores essenciais da vida”.
Neste seguimento, Padre Fontes referiu que a noite foi maravilhosa e que via “uma enorme alegria nestes rostos pelo prazer de se sentirem atraídos por Montalegre, mas, também, pelo espetáculo, pela vida, pela cor e musicalidade desta festa”.
Para Carlos Miguel, Secretário de Estado das Autarquias Locais, “esta é uma bandeira de Montalegre. É algo que é muito difícil de conseguir. Fizeram-no com trabalho, esforço e sabedoria. O que assistimos é mais uma manifestação dessa sabedoria. Ligaram a crença com a festa, envolvendo muita gente. É ótimo para o território e para a economia”.
Miguel João de Freitas, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, disse, aquando da celebração, que a “Sexta 13” “dá um contributo enorme a esta região, mas, também, ao país que precisa de aprender com o Barroso naquilo que pode ser feito, para que estes territórios de baixa densidade as pessoas possam encontrar as raízes de um povo. É uma festa cheia de fantasia, mas com muita verdade sobre esta gente e as suas tradições”.