O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas afirmou, na Lagoa, em S. Miguel, que é necessário criar novas sinergias e imaginar políticas públicas de cooperação que permitam a todos contribuir para o projeto açoriano.
Rui Bettencourt, que falava, em representação do Presidente do Governo, na abertura do seminário ‘Perspetivas para um futuro do emigrante de ontem ou de hoje’, promovido pela Associação dos Emigrantes Açorianos (AEA), afirmou que este é o tempo de “defender o projeto açoriano e de cada Açoriano contribuir para ele em qualquer sítio do mundo”, sublinhando a importância de cativar os jovens para este objetivo.
“Temos que imaginar como é que podemos potenciar todo este mundo enorme de Açorianos que há no mundo, temos que imaginar como é que podemos tomar consciência e como é que cada um de nós pode participar neste projeto açoriano, temos que imaginar políticas públicas que façam isso”, frisou Rui Bettencourt, assumindo que o Governo dos Açores pretende assumir um papel de liderança no processo de criação de novas sinergias para envolver os jovens neste projeto.
“Se queremos manter a Açorianidade ao longo dos anos, temos que, em primeiro lugar, considerar que os açordescendentes são Açorianos, os filhos dos Açorianos que emigraram são Açorianos, tal como os netos”, frisou o Secretário Regional, defendendo a necessidade de imaginar novas maneiras de trabalhar à volta da integração dos jovens neste projeto para “continuar com um projeto da diáspora açoriana forte”.
Na sua intervenção, Rui Bettencourt salientou que “poucos povos têm essa dimensão mundial tão grande como os Açorianos”, acrescentando que isso permite aos Açores ter uma “dimensão geoestratégica mundial”.
O Secretário Regional realçou, a propósito, que existe no pensamento estratégico atual “uma nova centralidade para os Açores”, que é uma região ultraperiférica da União Europeia, mas uma “região central” no Atlântico.
“Há que integrar essa centralidade e essa importância de estarmos em todo o mundo”, afirmou, considerando que esta é “uma oportunidade para as políticas regionais e para os Açorianos”.
“Essa posição mundial da Açorianidade e essa dimensão mundial dos Açores leva a que cada um dos Açorianos de fora e do arquipélago tenha consciência de que este agora é o tempo de contribuir para o projeto açoriano, onde quer que se esteja, e é um tempo também do Governo dos Açores integrar no seu projeto os Açorianos que estão pelo mundo fora”, frisou.
Para o Secretário Regional, este é um projeto que “tem que ser feito com todos os Açorianos conscientes de que têm que participar”, num mundo que está em mudança e em que esta questão deve ser equacionada, quer no arquipélago, quer na diáspora, “defendendo e sendo Açores em qualquer sítio”.